Comments on: "From Heavens to Spiders Expedition" http://geocaching-pt.net/424 Sat, 21 Jun 2008 01:32:14 +0000 hourly 1 https://wordpress.org/?v=5.3.18 By: MAntunes http://geocaching-pt.net/424/comment-page-1#comment-7274 Tue, 28 Feb 2006 07:25:09 +0000 #comment-7274 Maaaaltaaa!!!

O clcortez já fez os logs da "Fenda"! Sim, leram bem, "logs"! E que logs ele fez!!!  🙂

Agora estou curioso por ler o das "Aranhas". 😉

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By: MAntunes http://geocaching-pt.net/424/comment-page-1#comment-7273 Fri, 28 Oct 2005 22:59:08 +0000 #comment-7273 Quê?! Tenho que voltar aqui, a escrever? Arranjaste-ma bonita, PH! 😉

Ok, a gente também não ficou lá… Voltámos para Lisboa.

Então, depois do Claudio simpatiamente lá foi buscar o cachemobil, enquanto eu fazia algum trashout na zona, o  PH recuperava o fôlego, trincava alguma coisa e nos oferecia o que ainda restava do chouriço dele (o que me levou a partilhar a última patanisca com o MCA), lá apareceu o Claudio e entrámos rapidamente, porque não se pode parar ali.

Arrumadas as tralhas, desta vez foi a vez do MCA ir conduzir. Ele estava já recomposto e começou a conduzir com "alma". Tanta que alguns kms depois o PH pediu para parar porque estava a ficar (ainda mais) tonto. Saiu-se, respirou-se ar puro, descontraiu-se um pouco e recomeçou-se a viagem, agora mais calmamente, em direcção à Vila do Gerês.

Passámos no Gerês mas nem parámos e ainda tive a oportunidade de apontar a casa abandonada onde está uma cache. Mas já tínhamos a nossa conta para o fds e estávamos ansiosos por chegar a casa e com muitos kms pela frente.

O cansaço era tanto que acho que até perto de Braga, o único acordado era o MCA e a "CoPilota". Não me apercebi da passagem por Póvoa de Lanhoso mas, se me tivesse dado conta, o resultado era o mesmo. Siga. Esta vai ficar "encalhada" mais uns tempos.

Ao passar por Braga ainda gritei mentalmente pelo Páscoa mas ele não me ouviu. Referi aos meus companheiros que o Páscoa devia morar por ali, naquele mar de luzes.

Entrámos na A3. Seja porque o MCA não conhecesse esta AE ou porque estava outra vez cheio de "alma", confesso que me assutei quando ele abordou diversas curvas, ao fundo de rectas, com o piso molhado e trânsito a circular ao nosso lado, nas faixas à direita, todos a mais de 120 kms/h. "Cuidado!" Gritei eu, quando um tipo a circular à nossa direita, perdeu momentaneamente o controlo da viatura e, durante alguns segundos, ziguezagueou ao nosso lado.  O MCA, então, começou a abordar essas curvas com mais calma e o resto correu bem. 🙂

Até a Mealhada não houve ocorrências dignas de registo.

Nesta AS, parámos para reabastecer o depósito do carro, despejar os nossos e, finalmente, abrir a garrafa de Porto Calém que tinha andado esquecida no porta-bagagens.

No parque de estacionamento desta AS, fizémos então um estendedal no chão, com a as nossas mochilas, cordas, e todas tralha que tínhamos para a organizarmos de modo a ser mais facil depois transferi-la para os outros carros, em Lisboa.

Depois, abrimos a garrafa, bebemos (alguns fingiram) e saúdamos ao sucesso do nosso fds, enquanto passavam por nós dois carros da BT e, nos postos de abastecimento da AS estava outra viatura da GNR que, depois de ter abastecido… sai da bomba em marcha trás (!).

Arrumado tudo novamente, é a vez do Claudio conduzir. Assim, foi e até Lisboa foi sempre a andar, sem incidentes e em bom ritmo.

Chegados a Lisboa, já depois das 23H00, dirigimo-nos ao local da partida e foi o momento de descarregarmos a tralha do meu carro e cada um rumar a casa.

Foi, sem dúvida o melhor fim de semana de Geocaching para mim! Visitámos alumas das caches mais atractivas caches que existem em Portugal! Vimos paisagens lindas e o facto de ter chovido nos dias anteriores, só veio embelezá-las ainda mais. Vivemos momentos únicos e divertimos-nos imenso. 🙂

Aos meus companheiros de aventura, o meu MUITO OBRIGADO! 🙂

A todos os que seguiram com interesse a nossa evolução e se preocuparam em saber se estávamos bem, o meu MUITO OBRIGADO!

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By: Pascoa http://geocaching-pt.net/424/comment-page-1#comment-7272 Fri, 28 Oct 2005 15:15:52 +0000 #comment-7272 O trilho é sempre igual ao da foto ?

Aí os meus joelhinhos.

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By: danieloliveira http://geocaching-pt.net/424/comment-page-1#comment-7271 Fri, 28 Oct 2005 13:57:42 +0000 #comment-7271 … Exageradinho! 🙂

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By: bargao_henriques http://geocaching-pt.net/424/comment-page-1#comment-7270 Fri, 28 Oct 2005 13:47:41 +0000 #comment-7270 Tens bom remédio… 😉

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By: walcarr http://geocaching-pt.net/424/comment-page-1#comment-7269 Fri, 28 Oct 2005 13:40:14 +0000 #comment-7269 Que inveja…

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By: bargao_henriques http://geocaching-pt.net/424/comment-page-1#comment-7268 Fri, 28 Oct 2005 13:31:41 +0000 #comment-7268 Antes de começar a história da caçada às Aranhas, vamos lá observar alguns dados sobre as 3 principais caches visitadas neste fim-de-semana:

Stairways To Heaven:
Cota de início -> 686m
Cota da cache -> 1045m
Desnível -> 359m
Percurso de ida -> 2,53Km
Percurso de regresso -> 2,58km
Distância total -> 5,11km


Fenda da Calcedónia (apenas até ao local da dormida):
Cota de início -> 777m
Cota da cache -> 869m
Desnível -> 90m
Percurso de ida -> 1,75Km
Percurso de regresso -> 1,37km
Distância total -> 3,12km


"Tou às Aranhas"
Cota de início -> 728m
Cota da cache -> 1539m (a altitude mais elevada que registei foi 1553m)
Desnível -> 825m
Percurso de ida -> 12,34Km
Percurso de regresso -> 11,64km
Distância total -> 23,98km


Podem sacar aqui um ficheiro ZIP com as tracks de ida e volta, gravadas durante esta nossa aventura…

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Agora sim, podemos passar à 4ª E ÚLTIMA PARTE!!! (há uma pequena sobreposição temporal com o relato do Cláudio, mas as coisas coincidem…)

Na manhã de Domingo, 23 de Outubro, acordámos pelas 6 e tal, com os barulhos que o MAntunes ia discretamente fazendo (do estilo: eu não vos quero acordar, mas… LEVANTEM-SE, PÁ!!!). Já estávamos com um atraso considerável em relação ao planeado…

Depois de arrumarmos tudo e comermos a primeira refeição do dia, rumámos em direcção à Portela do Homem, através da estrada que serpenteia a encosta marginal à Barragem de Vilarinho das Furnas, mais ou menos coincidente com a "Via Nova", a geira romana que fazia a ligação entre Bracara Augusta e Asturica Augusta (Fiquei com alguma curiosidade em conhecer a Augusta… Os Romanos gostavam muito dela! )

Chegados à ponte do Rio Homem, o MAntunes fez-nos o favor de ir deixar o carro ao antigo posto fronteiriço (o único local da região onde se pode parar o carro), regressando os 600m a correr, para não adiar mais a partida…

De novo reunidos, com as mochilas às costas e bastões afilados e, apesar de sabermos a distância que nos separava do objectivo, não hesitámos em nos lançarmos ao caminho, vale a cima, rumo à Mina dos Carris e depois à cache, nosso principal objectivo do fim de semana! Começamos a subida às 8:45.

O caminho ao longo da margem esquerda do Rio Homem, sempre verdejante e frequentemente cortado por linhas de água e cascatas, foi surgindo à nossa frente como uma contínua sucessão de pinturas lindíssimas mas que, afinal, não eram pinturas nem gravuras! Era mesmo a paisagem!

Com um ritmo relativamente constante, mas não elevado, lá fomos subindo o vale em direcção aos Carris, vencendo cada quilómetro como se de uma peregrinação se tratasse, apenas interrompida por frequentes pausas momentâneas, para tirar mais uma fotografia ou recarregar o cantil.

Lá pelos 9 quilómetros atingimos, finalmente, a zona mais aplanada no cimo do monte, onde os verdes lameiros, constantemente pintalgados de dejectos de vaca e cavalo, talvez Garrano, faziam antever uma paisagem cheia de vida. No entanto, e para nossa admiração, para além da vida vegetal, pouco mais observámos do que uma águia, um passarouco pequeno e um bode, no alto do Altar dos Cabrões, como que a confirmar o nome atribuído ao local pelos que há muito nos antecederam.

Um pouco à frente deparámo-nos com os arruinados edifícios da extinta mina de Volfrâmio e Molibdénio que, hoje, não passam de fantasmas, lembrando as memórias dos tempos da guerra, em que a vida do local deveria ser frenética, na constante busca do minério que a muitos enriqueceu, e que a muitos mais tirou a vida…

Não pudémos evitar uma paragem prolongada no local, deambulando por entre as ruínas, as entradas das galerias, os vestígios da actividade mineira, fotografando pedras, janelas e, ao longe, toda a paisagem que teimosamente insistia em não caber na objectiva.

Por trás da mina, para norte, começavam-se já a erguer a Nevosa, domínio dos deuses locais ou apenas da nossa desejada cache… Depois de passada a barragem e atravessados os terrenos empapados, qual tundra periglaciar, começámos a descer em direcção à fronteira, com o peso na consciência, porque sabíamos que em breve teríamos de voltar a subir aquela encosta.

A fronteira, local sempre mágico e cheio de simbolismo, terra de ninguém e de todos, zona de divisão entre o "nosso" e o "deles" que, afinal, nestas serranias sempre foi de todos! Que o digam os lobos e os bodes, senhores da serra e dos precipícios, que muitas vezes se terão interrogado sobre a utilidade daquele baixo murito de pedras, ou dos marcos graníticos… Coitado de quem os carregou, porque nada lhe disseram sobre a inutilidade da sua função ou sobre a mesquinhice dos políticos que marcam fronteiras sobre um pedaço de papel, como se fossem donos do mundo.

Numa sátira sobre o tema, desafiando a vontade da vaca que obstinadamente decidiu evacuar essencialmente do lado espanhol do marco, o Cláudio ainda se deu ao luxo de aperfeiçoar o trabalho do nosso desaparecido amigo ruminante, alinhando mais uma ou duas "marcas de fronteira"… Haviam de ter visto!

Ao chegar ao alto do último obstáculo, depois de uma subida íngreme, o mesmo Cláudio gritou a má notícia do momento, para nossa tristeza. Afinal aquele apenas era a penúltima subida, aquela que teimosamente se interpôs entre nós e o destino final. Decisão sensata imediata: VAMOS COMER!

Com uma vista daquelas, até o almoço de improviso caiu melhor, parecendo um jantar faustoso. Bem, assim foi também por culpa do "chouriço do PH, curto e grosso", que bem soube naquela altura! Para a sobremesa ainda tivemos tempo para um texto de Miguel Torga, que eu levei preparado, evocando o passado daqueles montes.

A Partir daqui, já cerca das 14h, partimos na demanda final, de forma tresmalhada. Primeiro o MCA, eu a curta distância, e como a cache não resistiu nem um minuto, logo nos seguiu o Cláudio e depois o MAntunes. OBJECTIVO CONQUISTADO!!!

Apesar de os sacos que protegiam o tesouro se encontrarem ensopados, a cache pareceu sobreviver bem às alturas e às chuvadas dos dias anteriores.

Feitos os logs, trocada uma série de TBs, prendas e afins, começámos a descer, pela mesma ordem da subida, enquanto o MAntunes ficou para trás a trocar os sacos danificados e a mandar mais uma das muitas mensagens para este site ou para a família e amigos.

A partir deste momento, com satisfação de vencedores mas pernas já cansadas (bem, as do Cláudio talvez não…), empreendemos a jornada de regresso, agora com um espírito bem diferente e a passada mais rápida. Ainda assim tivemos tempo para nova passagem pela mina, dizendo adeus às serranias e às casas…

O caminho descendente decidiu não facilitar muito o nosso trabalho e, à medida que íamos progredindo, carregados de mochilas e sacos de trash-out, as dificuldades e as limitações pessoais começaram a emergir, ainda que em muito diferentes graus, à imagem da condição física de cada um.

O caminho esse, impávido e sereno, jazia sobre os nossos pés como se nada fosse, fazendo as pedras rolarem, como se fosse essa a última esperança de nos segurar por mais algum tempo por aquelas paragens.

Mas não, nós estávamos decididos em voltar para casa, nem que para isso tivéssemos de acartar algumas dores serra abaixo (bem, falo por mim!)

O Trajecto foi feito quase todo em silêncio, poupando o fôlego e as forças, optimizando o tamanho e a velocidade da passade, tentando chegar o mais rapidamente ao ponto inicial, porque a noite avizinhava-se e o caminho até casa era longo.
No entanto, apesar de parecer que a Portela do homem "é já ali", depois de cada curva ou de cada árvore, parecia afinal que o caminho tinha aumentado novamente…

Isso não nos impediu de fazermos diversas pequenas paragens, para tirar as últimas fotografias, como se fosse possível que as imagens que trouxemos gravadas na memória se desvanecessem com o tempo. Ainda assim, tirámos mais umas poucas, para mostrar à família e aos amigos, e para fazer inveja aos colegas geocachers!

Foi às 18:15, 3 horas e meia desde que saíramos da Nevosa, que avistámos finalmente a trave que impede a passagem dos veículos, na entrada do caminho.

Com poucas palavras e bastante cansaço, lá houve uma alma caridosa que pediu ao Cláudio (mais caridoso ainda…) para ir buscar o carro, que distava 600m dali… Ele, imparável, lá foi rapidamente, como se de nada se tratasse.

Ao Pedro Cardoso, por ter colocado a cache, e aos colegas geocachers, sempre incansáveis na busca de notícias nossas e, principalmente, aos meus colegas de aventura, um MUITO OBRIGADO!

A história do caminho de regresso deixo-a novamente para o MAntunes, pois eu não estava em condições de apreciar tal acontecimento…

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By: clcortez http://geocaching-pt.net/424/comment-page-1#comment-7267 Fri, 28 Oct 2005 11:59:26 +0000 #comment-7267 "(e ClCortez), com neve é já a seguir! "
PCardoso : diz hora e local que estou lá! Conta comigo!:) E de certeza que conseguimos arranjar mais pessoal para subir à Nevosa com neve!
E grutas..idem!:)

"The Green Deep e Rocky River de bastão !?!?!?!  Vocês ainda conseguem encontrar caches sem bastões? "
Páscoa : que fique claro, eu não usei bastão, até porque não tenho. No entanto penso comprar pois acaba por ser útil nas mais diversas situações como já foi dito.:)

Mais comentários se seguirão!:)

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By: clcortez http://geocaching-pt.net/424/comment-page-1#comment-7266 Fri, 28 Oct 2005 11:37:39 +0000 #comment-7266 E pronto, vamos continuar!

Na expectativa de um banho quente e de uma cama confortável ainda perguntámos no Bosk se tinham quartos..mas não. Pronto, tínhamos mesmo que decidir qq coisa!

As negociações entre nós continuaram junto ao carro. A noite estava agora extraordinariamente limpa e agradável. Não estava frio e as estrelas eram as nossas companheiras. Inicialmente só eu e o MAntunes estávamos com a pica suficiente para ir para a fenda…depois já tínhamos chegado a outro acordo, subir à fenda e regressar para dormir. No fim, e após votações rinhidas e em sufrágio absoluto ficou decidido : vamos os 4 até à fenda, PH e MCA vão directos ao topo e eu e o MAntunes subimos a fenda. A dormida ia ser mesmo feita lá em cima!:)

Trocámos os mantimentos e roupa para a noite ainda debaixo do candeeiro junto ao restaurante. Arrancámos com o PH nos comandos da nave e "aterrámos" na base onde tem início a caminhada para a fenda. De salientar que eu era o único que ainda não tinha vindo a este local, nem tinha feito a cache, nem tinha subido a fenda. No entanto era a primeira vez que ali estávamos à noite!

Metido o carro bem escondidinho a alguns metros da estrada e optimizada a carga das mochilas arrancámos no meio de uma névoa seguida de um nascer da lua que nos fazia sentir tal qual um D.Sebastião a caminha da batalha..o cenário era espectacular e à medida que a lua subia e nos iluminava o caminho as nossas 4 lanternas iam sendo poupadas.

A meio do caminho atestámos as garrafas de uma água surpreendentemente fresca e seguimos até à bifurcação onde nos íamos separar : eu e o MAntunes para a direita, a caminho do início da Fenda e o MCA e PH  pela esquerda até ao topo. PMR´s ligados e seguimos os dois por um caminho sinuoso e cheio de àgua..era notório que já não passava ali ninguém à algum tempo. E deparámo-nos com outro problema, que nos acompanhou ao longo da noite : de noite todos os gatos são pardos e as pedras também, e mesmo para quem já tinha ido à fenda não era fácil no breu da noite encontrar os caminhos e as passagens à primeira! Mas claro que nunca nos perdemos!:)

Chegámos ao primeiro local possível para dormir, mas as chuvadas recentes tinham inundando por completo o chão do abrigo. Mas a esperança não morreu e toca de avisar os outros dois colegas que estavam do outro lado dos PMR´s que este local estava fora de questão e para eles procurarem outro.

Continuámos até à entrada da fenda. No meio da névoa e com a lua ainda baixa e duas lanternas fracas não estava a ser fácil dar com ela. A comunicação com os nossos colegas por PMR´s tinha morrido, no entanto já tínhamos ouvido um outro geocacher que chamava por nós mas que não nos ouvia! Ele esteve durante muito tempo a tentar mas nunca nos ouviu…curioso que ele não devia/podia estar muito longe, ou então tinha um emissor bastante potente. Não há vivalma num raio considerável o que leva a crer que ele ou estava muito perto de nós e não nos ouvia, ou estava mais longe e por ter um emissor mais potente que os nossos rádios o nosso sinal não chegava lá…a dúvida fica no ar.

O MAntunes estava decidido e meteu-se na primeira racha humida e escura que encontrámos…tínhamos entrado na fenda! O pouco alcance das nossas lanternas não deixava ver o fim da fenda e a sua imensa dimensão metia ainda mais respeito no meio da noite. As rochas estavam escorregadias o que dificultava a progressão, além disso além dos nossos corpos tínhamos que transpor as mochilas também!

Bom, começaram as dúvidas. O MAntunes estava a achar agora a fenda muito mais complicada de transpor do que antes…será que era por ser de noite? Seria já o cansaço? Não, o MAntunes tinha mesmo se enganado na Fenda!! Mas quem é que o manda meter-se na primeira racha humida e escura que encontrámos?!? Estranha cena esta…;)

Pois, a Fenda mesmo Fenda era 10m ao lado!! Ai a noite, a noite…e ai o vinho ao jantar!;) Bom, e com isto tudo perdemos mais de 20 minutos, pois como já tínhamos entrado um bocado na primeira fenda claro que depois tivémos as mesmo dificuldades para regressar cá para fora. É que esta fenda é muito mais difícil de traspor! Iniciámos então a subida na verdadeira fenda, bem mais apertadinha que a primeira…rapidamente chegámos ao meio e eis que começámos a receber chamadas ( rede dentro da fenda, imagine-se!:) ) primeiro do MCA que já estava preocupado de não aparecermos do outro lado da fenda e depois do Paulo Mateus que amávelmente ligou para saber como estava a correr. É a deixa e chega agora a minha hora de agradecer a todos os que de uma maneira ou de outra nos acompanharam sempre nesta expedição e se preocuparam connosco! Obrigado pelo vosso apoio e pela dedicação! É isto os verdadeiros amigos!:)

Continuando na fenda ( estávamos agora a meio ), faltava já pouco e rapidamente lá chegámos ao fim, e vimos novamente a luz…da noite! Amigos, e que luz! A paisagem era deslumbrante lá do alto, preenchida pela névoa que agora estava abaixo de nós num imenso manto branco. Acima de nós uma lua em quarto minguante que ainda assim iluminava o cenário recheado de enormes blocos graníticos.

Pesquisámos o local, tirámos umas fotos e o MAntunes procurava agora o local que nos levaria ao encontro dos outros dois e ao caminho para o topo do monte. Recuperámos também as comunicações através dos PMR´s.  O nosso "amigo" geocacher continuava a tentar contactar-nos mas não conseguíamos estabelecer ligação. Seguimos por uma reentrância que nos levou ao local onde iríamos pernoitar e onde começámos a ouvir os nossos colegas não só pelos PMR´s mas também directamente, querendo dizer que estavam perto de nós. Desloquei-me um pouco e avistei-os, mas um nível abaixo ( uns bons 15m, que neste local fazem muita diferença! ). Enquanto verificava o local encontrado para pernoitar e sua viabilidade para tal o MAntunes ajudava os nossos dois colegas a nos alcançarem.

Depois de estarmos todos juntos o MCA e PH rapidamente começaram a fazer os preparativos para dormir, enquanto eu e o MAntunes procurávamos o caminho para chegar ao topo e à cache.

O MAntunes ainda se recordava dos truques para chegar ao topo, quer os melhores locais para subir sem escorrergar, agora muito mais perigoso com a humidade, quer os locais para passar ao lado dos percipícios sem cair. E assim chegámos ao topo do monte!!:)

Fiz-me à cache que apareceu em poucos minutos. Enquanto fiz o log e a troca de presentes o MAntunes escrevia posts no @pt e respondia a sms´s. A vista lá de cima era magnífica, e durante largos minutos nos mantivémos lá. Ainda tentámos subir ao marco geodésico, mas a pouca aderência das rochas húmidas não nos ofereceu a segurança necessária para a subida, e descemos até junto dos nossos colegas para agora nos metermos nos sacos-cama e tentarmos dormir. E eles já dormiam!:)

É nestes momentos que tudo nos vem à cabeça e somos invadidos pelos mais diversos pensamentos. Tudo parece ficar mais claro e a vida parece maravilhosa. Parece e é, pois chegar ali e estar ali é algo simplesmente…maravilhoso!:)

Apesar de o cenário para quem não esteve lá parecer difícil acreditem que contribuiu para uma paz muito reconfortante…não fosse ter uma pingueira mesmo em cima dos pés no saco-cama a noite toda molhando-me os pés e ter um dos outros a ressonar quem nem um animal tinha sido uma noite daquelas!!:) Tínhamos iniciado a súbida por volta das 22h e eu e o MAntunes só fomos dormir à 1.30h.

A hora de acordar tinha sido definida em democracia por unanimidade pelo MAntunes;) para as 6h da manhã. Tão cedo? Pois é, tínhamos que começar a caminhada para as Aranhas bem cedo e ainda tínhamos que sair da fenda, chegar ao carro, tomar o pequeno almoço e chegar à Portela do Homem. Levantámo-nos às 6.20h, ainda era de noite. Custou, mas o objectivo merecia isso e muito mais! Arrumámos toda a tralha e iniciámos a descida até ao carro, e os muitos metros que nos separavam foram feitos em cerca de meia hora. Chegados ao carro, pequeno almoço tomado e quando estávamos de saída eis que chegam cerca de uma dezena de caçadores. Mesmo a tempo!

Seguimos em direcção à Portela do Homem, passando pelo Gerês, barragem de Vilarinho das Furnas e pelos marcos Miliares onde parámos para mais umas fotos. Chegámos ao ponto de partida para as Aranhas era 8.15h, descarregámos as mochilas e o MAntunes foi estacionar o cachemobile na fronteira.

Reunidos todos novamente começámos a caminhada em direcção às Aranhas era 8.45h. E a partir daqui deixo o relato com o PH!:)

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By: bargao_henriques http://geocaching-pt.net/424/comment-page-1#comment-7265 Thu, 27 Oct 2005 10:11:14 +0000 #comment-7265 O caminho da Mina das Sombras até à Mina dos Carris é infinitamente mais curto que o da Portela do Homem mas, há sempre um ou mais "mas":
1º É uma zona de acesso vedado, apenas permitido a moradores
2º Será possível pedir permissão de acesso à Secretaria do Ambiente da galiza, ou lá o que é, e, sinceramente, duvido que o permitam… Já estou mesmo a ouvi-los a perguntar: "Mas então, a ideia não é andar?! Andem!…" 😀
3º Ente as duas minas não existe propriamente uma estrada… Nos mapas antigos aparece um carreiro que, no mais recente, já não aparece. No entanto sei que, vários dos inúmeros grupos de montanheiros tugas e espanhóis que cruzam estas serras, fazem esse troço de ligação, porque depois se dirigem a Lovios ou à portela, pelo lado espanhol.

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