lynxpardinus’s Articles at Geocaching@PT http://geocaching-pt.net Sun, 06 Jul 2014 19:04:54 +0000 en-US hourly 1 https://wordpress.org/?v=5.3.18 A cachar de bicicleta por Haia http://geocaching-pt.net/a-cachar-de-bicicleta-por-haia http://geocaching-pt.net/a-cachar-de-bicicleta-por-haia#comments Sun, 06 Jul 2014 19:04:54 +0000 http://geocaching-pt.net/?p=3569 Dobrei a bicicleta. Coloquei-a no carro. Nos últimos dias tinha baixado 90 caches para o telefone. E, na noite anterior, após um pequeno ensaio perto de casa, tinha-me assegurado que tinha os mapas disponíveis mesmo quando não tinha dados. O objectivo era apenas um – este “enferrujado” geocacher queria ir fazer umas caches de bicicleta em Haia.

 fotografia 1

A ideia era simples – a minha cara metade estava fora este fim-de-semana e “então qual vai ser o programa de Domingo de manhã?” Pensei em Haia, que ainda conheço tão mal apesar de ficar a apenas 25 minutos de Roterdão. Pensei que se calhar podia tornar a coisa mais interessante se levasse a minha bicicleta, fazendo uso da sua portabilidade. E pensei que, como sempre, o geocaching seria um bom guia. E, depois de o pensar, decidi passar à prática!

 fotografia 1 (2)

Vamos ser sinceros – eu sou um geocacher que tem feito muito poucas caches. E o “bichinho” estava a morder-me… Foi por isso com um sorriso que desdobrei a bicicleta no centro de Haia, liguei a aplicação de geocaching no telefone e “segui a setinha” (mentira – olhei para o mapa e memorizei o percurso). E aqui surgiu a primeira dificuldade – a aplicação está bem melhor do que anteriormente! Só que eu não sabia, nem tinha olhado para as definições convenientemente – resultado: fiz uma volta aí de uns 2 quilómetros para chegar ao ponto 0 que ficava a uns 500 metros da partida. A sério – quando se olha para o mapa do meu percurso, dá mesmo para ver o círculo que fiz enquanto me procurava orientar. Enfim, uma vergonha.

 

fotografia 3Mas lá cheguei, a uma cache tradicional bem no centro de Haia, no Binnenhof, o centro de poder da Holanda. Confesso que fiquei um pouco surpreendido por perceber que a cache estava dentro do pátio aberto ao público, mas dentro de uma área bem vigiada. Ainda mais fiquei quando vi que o ponto zero era num pequeno quiosque verde. E “verde” fiquei eu quando, tentando ser o mais discreto possível, li a pista, que me dizia que tinha que cantar uma canção monárquica holandesa no ponto zero. Portanto, podem imaginar o ar deste fiél republicano, a cantar vivas à monarquia holandesa, num holandês terrível, no meio de uma praça pública! A sorte é que a dona do quiosque, e da cache, era extremamente simpática e, apesar de não me ter dito exactamente onde a cache estava (ah, já agora, não há aqui nenhum grande spoiler, têm mesmo que ir lá e descobrir a cache), deu para trocar dois bons dedos de conversa – e este foi o primeiro encontro geocachiano do dia.

 

O segundo foi na cache seguinte, depois de cruzar parte do centro de Haia e de ter colocado o cadeado da bicicleta à entrada de um bonito jardim público, bem verdejante. Enquanto estava à procura “da nossa amiga”, tentando ser o mais discreto possível, ouço um “já a encontraste?”. Não havia volta a dar, aquele turista de boné, máquina fotográfica em punho e filho bebé ao colo era um de nós. O geocaching vai ter sempre este fascínio de fazermos parte de uma “tribo secreta” e bem diversa, composta por uma miríade de pessoas por todo o Mundo. Ainda estivemos a bater um papo por uns minutos e, depois, “decidi” finalmente perceber onde estava a cache e logámo-la em conjunto. Limpinho! E com um sorriso por mais um improvável encontro geocachiano.

fotografia 2 (3)

A partir daí, não houve mais encontros memoráveis, mas houve mais boas memórias. As memórias de aproveitar a excelente infra-estrutura holandesa para bicicletas e percorrer os parques de Haia, sempre em direcção à praia, a Scheveningen ou no seu regresso), procurando aqui e ali por uma cache – muitas não encontrando ou mesmo decidindo não procurar. Algumas, convenhamos, não encontrei por falta de discernimento, como aquela cujo nome em holandês significa “Só de barco”… Mas também houve outras que decidi mesmo não procurar, porque, convenhamos, eram demasiado “urbanas” e expostas para o meu gosto. Mas, de certa forma, todas elas me permitiram fazer um percurso interessante, diferente, bem rico, que me permitiu descobrir uma cidade com outros olhos – e, afinal, não está aí também parte da essência do geocaching?

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Rescaldo do Geo-Hangout – edição beta http://geocaching-pt.net/rescaldo-do-geo-hangout-edicao-beta http://geocaching-pt.net/rescaldo-do-geo-hangout-edicao-beta#respond Thu, 14 Feb 2013 14:30:23 +0000 http://geocaching-pt.net/?p=3075 [...] a conversa desenrolou-se facilmente – exactamente como num meetup. Palavra puxava conversa, e íamos saltando de uma para outra, abordando apenas ao de leve os temas que nos tínhamos proposto – mas acho que ninguém ficou desiludido por isso (até porque saíram boas ideias e opiniões![...]

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Confesso que não sabia muito bem o que me esperava! A equipa tinha falado sobre este evento, à procura da melhor forma de funcionar. Testámos a ferramenta, que nos ia permitir interagir com vários geocachers ao mesmo tempo, nas nossas reuniões internas. Mas sabíamos que esta era apenas uma edição de teste – para nos ajudar a perceber o que estava mal e como o corrigir. Mas, também, para responder a uma outra pergunta bem básica – os geocachers iam aderir ou não? Valeria a pena investir tempo num formato de geo-meetup virtual que nos permitisse ter geocachers de várias localizações, todos juntos no mesmo… écran?

E aderiram! Acho que tivemos um número bastante razoável de geocachers que apareceram, para dar dois dedos de conversa! Claro que ao início, ainda ficámos eu e os Rifkindisss a falar uns com os outros, mas, aos poucos, foram aparecendo o Acasim (prestes a preparar umas aulas para amanhã), o dmdias (aka “O Mestre Ribatejano dos Eventos com Assadores” – dizem! Não sei…), o HFilipe (sempre um prazer ter uma presença do “Berço da Nação”, e, ainda para mais, uma surpresa), o CLCortez (um prazer vê-lo, apesar de não ter trazido a Catarina Furtado), o FSena (que estava de pijama e não tinha ido à manicure, portanto, não o podíamos ver), a K!mpossible e a Bluma (que eu não cheguei a ver, mas, como parece que estava ao colo da K!mpossible, não deve ser assim muito grande – acho). E a conversa desenrolou-se facilmente – exactamente como num meetup. Palavra puxava conversa, e íamos saltando de uma para outra, abordando apenas ao de leve os temas que nos tínhamos proposto – mas acho que ninguém ficou desiludido por isso (até porque saíram boas ideias e opiniões! Muito obrigado!).

Claro que nem tudo foram rosas – até porque o dia dos namorados é só amanhã! E acho que os participantes estiveram muito bem a apontar algumas coisas que podiam ter funcionado melhor – nomeadamente, o convite do Google+ (temos que ver como é que fazemos isso mais “direitinho” da próxima vez), a ausência de marcação no calendário do Google+,… E houve geocachers que não chegaram sequer a conseguir participar por causa disso (desculpa, Rui!). Vamos tentar dissecar um pouco mais as opiniões sobre este evento virtual nos próximos dias…

Mas, acima de tudo, um muito obrigado a todos aqueles que participaram (ou que o tentaram fazer…)! Muito obrigado por terem decidido ser “cobaias” deste novo encontro! E esperamos que tenham gostado!

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Geocoinfest – O Rescaldo – Manuel Antunes http://geocaching-pt.net/geocoinfest-o-rescaldo-manuel-antunes http://geocaching-pt.net/geocoinfest-o-rescaldo-manuel-antunes#respond Sun, 26 Aug 2012 13:39:32 +0000 http://geocaching-pt.net/?p=2761 Vamos começar hoje a publicação de algumas entrevistas a geocachers presentes na GeocoinFest Lisboa 2012. O objectivo é ter diversas perspectivas de quem lá esteve, saber o que acharam, a que eventos foram, o que acharam das geocoins, da organização. Desde já um muito obrigado a quem acedeu a responder a estas perguntas!

E vamos “abrir” com as respostas do MAntunes!

Questão:  O que achaste de ver a geocoinfest em Portugal?

Resposta:  Um momento único e importante para a afirmação de Portugal no panorama geocacher internacional – Uma boa iniciativa do N. Veríssimo, tanto quanto me apercebi foi ele o mentor da inicaitiva do Geocoinfest. Foi pena depois quase ter lançado o nome do nosso País na lama. felizmente, apareceu uma equipa capaz e corajosa para salvar a situação.

 

Q: A que eventos do fim-de-semana foste?

R: Fomos à caminhada no Parque das Nações, Geo Night Walk, e no dia principal ao evento Geocoinfest.

 

Q: De todo o fim-de-semana, qual foi o teu momento preferido?

P: O Bruning foi bastante divertido e entusiasmante para todos. Ver os lackeys a atirarem-se para o chão ali mesmo ao pé de mim, foi engraçado.

 

Q: O que achaste das moedas que por lá andavam? Compraste alguma? Alguma razão em especial?

R: Não ligo a geocoins. Reconheço que algumas são verdadeiras obras de arte mas, para mim, geocaching não é numismática.

 

Q: O que achaste da organização?

R: Excelente. Corajosa. Esforçada, Brilhante. Sinto-me orgulhoso e envergonhado por não ter ajudado um pouquinho. Eles merecem todos os atributos enaltecedores do seu belo gesto.

 

Q: Já se sabe que a geocoinfest2013 vai ser em Praga. Contas estar presente?

R: Não. Não é a minha ‘praia’ as geocoins. Fui a este por ser um momento único e verdadeiramente importante para o nome de Portugal.

 

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Obrigado Alastair http://geocaching-pt.net/obrigado-alastair http://geocaching-pt.net/obrigado-alastair#comments Thu, 29 Dec 2011 11:45:27 +0000 http://geocaching-pt.net/?p=2334 lynx pardinus"Alastair passou 2011 a fazer coisas como… percorrer a pé toda a M25 (uma das circulares de Londres), nadar no Tamisa (nota – não experimentar no Tejo em Lisboa, ok?), dormiu ao ar livre numa falésia,… Coisas simples, pequenas viagens, coisas pequenas, mas que, sob todos os aspectos, foram diferentes e pequenas aventuras para este homem bem habituado a desafios consideravelmente maiores."

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Quando estava a olhar para a lista de nomeações para o prémio “Adventurer of the Year”, da National Geographic, houve um caso que me saltou à vista! O nome de Alastair Humphreys não me dizia nada – mas, ao ler a razão pela qual ele tinha sido nomeado, algo dentro de mim sussurrou-me que, se calhar, tínhamos alguns pontos de contacto. E que seria um contacto não apenas comigo, mas com milhares de pessoas em todo o Mundo.

 

Alastair (inglês, de gema) já deu a volta ao Mundo de bicicleta, atravessou os glaciares da Islândia a pé e está a preparar-se para uma viagem em autonomia pela Antárctida (em que é suposto ele ir só Polo Sul e voltar a pé, sem ajuda exterior). Mas não foi por isso que ele foi nomeado. Ele foi nomeado pelo conceito de micro-aventuras, a ideia de que não é necessário irmos até um destino longínquo e exótico para termos uma boa aventura em contacto com a natureza – muitas vezes, ela está bem próxima de casa, só precisamos de a ir procurar.

Alastair passou 2011 a fazer coisas como… percorrer a pé toda a M25 (uma das circulares de Londres), nadar no Tamisa (nota – não experimentar no Tejo em Lisboa, ok?), dormiu ao ar livre numa falésia,… Coisas simples, pequenas viagens, coisas pequenas, mas que, sob todos os aspectos, foram diferentes e pequenas aventuras para este homem bem habituado a desafios consideravelmente maiores. E, à medida que ia lendo o resumo (já agora, disponível em http://adventure.nationalgeographic.com/adventure/adventurers-of-the-year/2012/alastair-humphreys/ ), dei por mim a pensar que, no fundo, eu conhecia um grupo de pessoas que faz algo muito parecido. Que também vai atrás de pontos no mapa, não muito longínquos, para viver pequenas (às vezes grandes) aventuras, que quebram a rotina aceitando desafios, que conhecem novas pessoas, forjam laços de amizade, conquistam novos sorrisos. Quando eu penso nas micro-aventuras do Alastair, eu vejo as cachadas que cada geocacher faz. Nas caminhadas de quilómetros, nas subidas de árvores, nas descidas a grutas e algares, na escalada de uma qualquer parede ou falésia, no ar puro de uma montanha tão próxima como Sintra, nas surpresas que se escondem por Monsanto e que o geocaching me permitiu descobrir, nas fotografias que tiro (e nas excelentes fotografias que comigo partilham), no olhar para um edifício pelo qual passei tantas vezes e perceber que nunca tinha olhado para ele e é um palácio fabuloso, nos sorrisos de um almoço partilhado no alto de um rochedo no Gerês, nas lições que recebo a olhar para rochedos, no novo Mundo afinal tão perto que aprendi a conhecer.

 

Confesso que, ainda é assim que eu penso no geocaching – um conjunto de micro-aventuras à espera de ser vividas. Daquelas que produzem boas recordações. Obrigado, Alastair, por mo relembrares.

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Geomeetup de Lisboa – 99ª edição http://geocaching-pt.net/geomeetup-de-lisboa-99%c2%aa-edicao http://geocaching-pt.net/geomeetup-de-lisboa-99%c2%aa-edicao#respond Tue, 27 Dec 2011 17:17:17 +0000 http://geocaching-pt.net/?p=2330 meetup"[...]acho que ainda dá para recordar que, pela primeira vez (foi, não foi?), tivemos participação à distância. Não, não estivemos a gritar para Guimarães para falar com o HFilipe (até porque, se assim fosse, a esta hora ainda estaríamos roucos) – usámos o “belo do” Gtalk, bem como um complexo sistema de computador-ligado-a-tablet-na-mão-de-uns-duendes para conseguir comunicar… Mas resultou![...]"

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Acho que a primeira coisa a dizer é que o Saldanha esteve a “arrebentar” de gente, tal foi a afluência a este meetup. Muita gente, muitos GPS, muita conversa sobre geocaching, cachadas e quejandos, bom ambiente, geocoins aqui e ali, umas pitadas de loucura, um grande encontro. É um prazer ver que (quando é que foi o primeiro meetup em que participei? Foi em 2005?) depois de tantos e tantos meetups, o espírito continua a ser exactamente o mesmo – um ponto de encontro de geocachers, para partilharem experiências, procurarem e receberem ajuda e darem dois dedos de conversa. Ou, resumindo, é uma galhofa!

 

Agora, isto de estar a escrever a acta de um encontro duas semanas e meia depois de ele ter acontecido, tem muito que se lhe diga – tenho aqui à minha frente um pedaço de papel cheio de nomes apontados e uma ou outra anotação. Na altura, tudo isto devia fazer muito sentido – neste momento, talvez nem por isso…

 

De qualquer modo, acho que ainda dá para recordar que, pela primeira vez (foi, não foi?), tivemos participação à distância. Não, não estivemos a gritar para Guimarães para falar com o HFilipe (até porque, se assim fosse, a esta hora ainda estaríamos roucos) – usámos o “belo do” Gtalk, bem como um complexo sistema de computador-ligado-a-tablet-na-mão-de-uns-duendes para conseguir comunicar… Mas resultou! (aliás, até resultou melhor que uma determinada fotografia que, afinal, só pode ser tirada “quando o segurança não estiver a ver”, nas palavras do próprio)

 

Deu também para ver alguns novatos nos meetups – caríssimos, desta vez, eu ofereci-me para escrever a acta, mas, desde já ficam sabendo que essa é uma tarefa que cabe aos caloiros. Ah, e que não escapam da próxima! (incluindo quem me tenha visto a tentar subir uma determinada chaminé num encontro BTC…)

 

Uma presença sempre regular é a do Acasim, que nos voltou a deslumbrar com parte da sua colecção de trackables! Ou a do Monho, que voltou a “aterrorizar-me” com a perspectiva de acordar às 5h da manhã para ir cachar (espera aí, eu também já fiz isso…), o que é capaz de explicar porque é que o moço encontra mais caches numa semana do que eu em 7 anos!

 

Mas, esteve lá muita gente! A GeoBumblebee (que eu associo sempre a geologia), o BTRodrigues (já não te via há muito tempo, foi uma boa surpresa!), os CPTeam (num dia em que metade da equipa não estava em Kuala Lumpur), o PaiDaInes (e não é que nem vi a miúda!), o Rui Guerreiro, a DakiDali (que eu acho que tenho sempre a sensação que é a primeira vez que a conheço), o Lufi69 (outro que é um prazer rever), o Cadete (gostei de te ver jogar no Benfica! Ou foi no Sporting?), o Beto Pinho, o Laurus Nobilis (outro habitué), o Monho Jr (pois, se o pai dele também lá esteve), o AllHappy (alguém que espalha sempre felicidade), a CityBiker (que subiu à tal chaminé que referi acima), a Ana&Paulo (directamente da Madeira, ou talvez não) e o “membro fundador do geomeetup” MAntunes.

 

Vemo-nos no 100º!!!!

 

Estiveram presentes:

 

Lynx Pardinus

Timearth (só com um “E”)

Rifkindisss (eram dois e saíram de lá com bombons)

Paidaines

Rui Guerreiro

Dakidali

Lufi69

Cadete

Beto Pinho

Geo Bumblebee

CP Team

HFilipe (directamente de Guimarães, com a ajuda do GTalk e do hardware que o Nuno Rifkind acartava)

Laurus Nobilis

Acasim

BTRodrigues (que depois foi ao cinema)

Monho

Monho Jr

AllHappy

CityBiker

Ana&Paulo (directamente da Madeira, mais ou menos)

MAntunes

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A banalidade do maravilhoso quotidiano http://geocaching-pt.net/a-banalidade-do-maravilhoso-quotidiano http://geocaching-pt.net/a-banalidade-do-maravilhoso-quotidiano#respond Wed, 13 Jul 2011 22:52:41 +0000 http://geocaching-pt.net/?p=1874 lynx pardinus

"Pessoalmente, acho que esta é uma das dimensões que o geocaching nos proporciona. Ao nos obrigar a olhar para cada pequena coisa, ao nos forçar a ir atrás deste ou daquele local, monumento, miradouro, igreja, incentiva-nos a contemplar as diferenças e a valorizar o que vemos. [...]"]]>
“É muito normal seguir na estrada acompanhado por enormes pássaros. Vejo tantos que, infelizmente, já me habituei. Nos primeiros tempos, era bem capaz de parar a mota e disparar maravilhado. Agora sinceramente já os vou ignorando. Não há como combater esta desvalorização do quotidiano. O momento da apreensão de uma novidade é inigualável e esse prazer é intrínseco ao facto de nos obrigar a trabalhar as estruturas de percepção, a adaptá-las a essa nova combinação de estímulos. Arrisco dizer que tenho desperdiçado alguns momentos e reconheço que há pouco a fazer sobre isso, como pouco podia eu fazer quando a caminho do emprego me sentia incapaz de saborear os inúmeros pormenores bons da rotina que levava, cheia de ex-novidades que em tempos me encantaram. Quando do outro lado do planeta uma águia esvoaça à minha frente e não me emociono, concluo que na raiz da felicidade vive a mudança e que dificilmente servirá para sempre uma qualquer fórmula absoluta.” – in Buena York, de Gonçalo Gil Mata

Pessoalmente, acho que esta é uma das dimensões que o geocaching nos proporciona. Ao nos obrigar a olhar para cada pequena coisa, ao nos forçar a ir atrás deste ou daquele local, monumento, miradouro, igreja, incentiva-nos a contemplar as diferenças e a valorizar o que vemos. Mesmo se já tivermos olhado para o Aqueduto das Águas Livres, para o Panteão Nacional, para a vista da Fenda da Calcedónia, para o Douro ao pôr-do-Sol, para as falésias do Sudoeste tantas vezes, que, para nós, já fazem parte da banalidade da paisagem, o geocaching obriga-nos a abrir de novo os olhos e a mente a vermos a extraordinária beleza que se esconde em cada coisa. Mesmo num “vulgar” desenho de calçada portuguesa numa qualquer praça lisboeta. É por isso que gosto deste jogo.

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Cachar em Buenos Aires http://geocaching-pt.net/cachar-em-buenos-aires http://geocaching-pt.net/cachar-em-buenos-aires#respond Tue, 17 May 2011 22:56:35 +0000 http://geocaching-pt.net/?p=1744 lynx pardinus"[...]percorrer os sub-bairros boémios de Palermo-Soho ou Palermo-Hollywood, jantar numa agradável e descontraída esplanada um “ojo de bife” ou um “bife chorizo” acompanhado de um bom tinto Malbec (e esta combinação explica os restantes quilos que ganho…), para rematar com um espectáculo de tango ou teatro na Avenida Corrientes [...]"

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fotografiaEu, apaixonado por Buenos Aires me confesso. Desde que visitei a cidade pela primeira vez há cerca de um ano atrás, que a combinação ordenadamente caótica entre a tradição europeia e a vibração latino-americano me atraíram irremediavelmente. E, além da boa comida, bom vinho, bons sítios para sair à noite, gente bonita, muitos sítios para ver e visitar, tango, esta cidade também tem caches.

Por força das circunstâncias, sempre que estive em Buenos Aires, acabei por ficar hospedado na zona de Puerto Puerto MaderoMadero e da Praça San Martin. Se a área da Praça é tipicamente do final do séxulo XIX e inícios do XX, com bonitos edifícios de 5, 6 andares de traça soberba e discreta, Puerto Madero corresponde um pouco às Docas lisboetas, com um cheirinho de Expo – é uma área em que os antigos armazéns portuários foram adaptados a bares e restaurantes, defronte de altos e esguios prédios de traça moderna, bordejando uma doca de quatro quilómetros de comprimento, pejada de embarcações de recreio e cruzada por pontes a ligar as duas margens. É uma zona óptima para correr de manhãzinha (até porque é bastante segura), e em que se pode encontrar uma cache urbana de 700 em 700 metros, votada a razões diferentes e específicas (um exemplo – Majo y Zou (BUE) Cache).

Se ignorarmos a cidade e olharmos para o rio (o gigantesco Rio da Prata, com os seus mais de 40 quilómetros de largura, até ao Uruguai, que não se chega a ver da cidade), neste sítio, encontramos uma pequena reserva natural, uma zona húmida, que se mantém mesmo junto da cidade. É uma área que está também aberta à população, para seu usufruto, por caminhos largos abertos entre a vegetação cerrada. Também aqui se encontra (pelo menos, apesar de ter sido um DNF para mim) uma cache (Into The Wild (BUE) Cache), diferente porque não urbana – uma apetecível variação do que se encontra quando voltarmos ao centro.

E, por falar em centro, porque não dar um salto à zona de Recoleta? Esta área deve o seu nome e é famosa pelo seu cemitério, em que a riqueza da arquitectura e desenhos dos jazigos reflecte a importância e fortuna de quem lá foi sepultado. Se ligarem o GPS lá dentro, podem aproveitar e procurar a micro que por lá se encontra (Recoleta Cemetery (BUE) Cache) – mas nem isso vos vai ajudar a navegar pela labiríntica rede de caminhos por entre os sepulcros. Depois, podem aproveitar e gozar os prazeres do regateio no mercado que todos os dias se abre em frente ao cemitério, no parque, ou beber um mate (espécie de chá argentino) e deglutir um alfajor (tipo de bolo tradicional, com chocolate e doce de leite, que explica parte dos quilos que ganho de cada vez que lá vou). Por perto, se quiserem, há também uma virtual (Buenos Aires Monumental Cache), a mais antiga cache de Buenos Aires, a que podem dar um salto, para apreciar uma bonita estátua (e mais não digo para que não seja spoiler).Praça Sant'elmo

Um bairro da cidade a não perder é Palermo, com a sua grandiosidade monumental, expressa em grandes avenidas boulevards ao estilo europeu, encimadas por magníficas estátuas e bonitos edíficios. Definitivamente obrigatório deveria ser dar um salto ao hipódromo de Palermo – um edifício muitíssimo bonito! É também nesta zona que se encontram os “Bosques de Palermo”, jardins refrescantes e muito frequentados ao fim-de-semana (nota: não ir lá de noite…), ideal para corridinha de final de tarde… ou uma cache rápida (Pedestrian Bridge (BUE) Cache ou Jardin Japones) para dar um gosto geocacheano a um dia turístico! Em seguida, uma boa possibilidade é percorrer os sub-bairros boémios de Palermo-Soho ou Palermo-Hollywood, jantar numa agradável e descontraída esplanada um “ojo de bife” ou um “bife chorizo” acompanhado de um bom tinto Malbec (e esta combinação explica os restantes quilos que ganho…), para rematar com um espectáculo de tango ou teatro na Avenida Corrientes.

Da próxima vez que visitar a cidade, tenho que ir um dos bairros mais carismáticos da cidade (que ainda não visitei…) – Boca! Esta zona da cidade (de onde é oriundo o famoso clube de futebol Boca Juniors, com o seu mítico estádio, “La Bombonera”, pelas semelhanças com uma caixa de bombons) é famosa pelo seu “Caminito”, uma rua estreita com bonitas e variadas casas de cores berrante – “very typical”!Porta das muralhas portuguesas - Colónia

 

Buenos Aires é uma cidade particularmente rica e agradável de visitar – para mim, estes adjectivos pecam por curtos, porque confesso-me “louco” pela cidade. Não é uma cidade cara em termos de alimentação e alojamento (o euro está forte, e isso ajuda muito). Falar (ou arranhar) o castelhano ajuda e muito (mas atenção ao sotaque argentino), porque o nível de inglês que vão encontrar nas ruas é muito reduzido. O tema da segurança é também algo sensível – eu nunca tive problemas na cidade, mas convém ter sempre alguma atenção, não dar nas vistas em termos de alguns pertences e perceber sempre em que local estamos e o que nos rodeia. Mas, é uma boa cidade para combinar geocaching urbano com uma estadia tipicamente turística!

P.S.– Ah! E, quem lá for, pode depois apanhar o “buquebus” (ferry) e atravessar o Rio da Prata para Colónia, uma pequena cidade defronte de Buenos Aires (acho que a travessia demora cerca de duas horas). Tem dois atractivos – para já, podem colocar mais uma bandeirinha no vosso mapa geocacheano (por exemplo, nesta, que é a mais próxima – El Castillo – ou nesta – Vineyard Cache – Wood and Wine ), pois Colónia é no Uruguai (nota: têm que alugar um carro para fazer as caches ou pedalar muito…); depois, Colónia não é mais que a Colónia de Sacramento, uma cidade portuguesa que foi fundada para contrabalançar o poderio espanhol na região, e que sucumbiu ao ataque de uma frota castelhana enviada de Buenos Aires. É património mundial da UNESCO e, apesar de muito destruída, acreditem que ainda se sente um ‘gostinho’ português.

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A minha primeira ida à Fenda da Calcedónia http://geocaching-pt.net/a-minha-primeira-ida-a-fenda-da-calcedonia http://geocaching-pt.net/a-minha-primeira-ida-a-fenda-da-calcedonia#comments Thu, 24 Mar 2011 04:25:13 +0000 http://geocaching-pt.net/?p=1540 lynx pardinus"Há algumas caches absolutamente míticas em Portugal. Daquelas que os que já lá foram falam sem cessar e outros sonham em ir lá, em experimentar o caminho, tentar procurá-la, encontrá-la. Significam sempre boas proezas contadas entre amigos, rodeados de imperiais, tremoços e gargalhadas, ou histórias que enchem uma noite de inverno recatada, com a família, com inconfidências sussurradas, olhares de admiração a crescerem à volta e sementes de novos sonhos a despontarem na cabeça de quem nos rodeia, um misto de vivência pelas palavras e emoção de quem conta e um abnegado “vou fazer o mesmo”."

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Dobrámos mais uma pedra grande e, de repente, a parede surgiu à nossa frente, bloqueando-nos a passagem para o cume, enquanto, no seu centro, estreita, enclausurada por dois portentosos rochedos, víamos a pequena passagem escura. O caminho da fenda começava ali.

Há algumas caches absolutamente míticas em Portugal. Daquelas que os que já lá foram falam sem cessar e outros sonham em ir lá, em experimentar o caminho, tentar procurá-la, encontrá-la. Significam sempre boas proezas contadas entre amigos, rodeados de imperiais, tremoços e gargalhadas, ou histórias que enchem uma noite de inverno recatada, com a família, com inconfidências sussurradas, olhares de admiração a crescerem à volta e sementes de novos sonhos a despontarem na cabeça de quem nos rodeia,
um misto de vivência pelas palavras e emoção de quem conta e um abnegado “vou fazer o mesmo”.

Se a “Tou às Aranhas” é uma delas, a “Fenda da Calcedónia” é, incontornavelmente, outra. Situa-se no Parque Natural da Peneda-Gerês, num cabeço enorme, de 1000 metros de altitude, uma visão assombrosa, crua, forte, inamovível, na paisagem. E com uma particularidade face a todos os outros cabeços em redor. Uma das vias para chegar ao cume, significa passar por dentro de uma fenda estreita pelo meio do maciço de granito, um autêntico buraco no meio do chão, pontuado por rochedos enormes que é preciso subir, contornar por baixo, trepar, para chegar lá acima, àquela estreita ranhura da qual se desprende alguma claridade, e que nos leva a meio caminho do topo do monte. Uma rota magnífica, da qual se emerge com uma força renovada para fazer os metros que faltam.

A caminho da fenda IITive a sorte de a fazer no Domingo, 5 de Outubro de 2008, com o resto do ‘grupo expedicionário’. Guiados por alguns de nós que já tinham estado (e um muito obrigado bem especial por terem querido repetir a experiência, privando-se de novos desafios), rapidamente, dobrámos mais uma pedra grande e ficámos frente a frente com o maciço granítico do topo do monte, impressionante pelo seu tamanho e, no qual, bem no meio, se abria a passagem para a fenda. Não foi uma progressão fácil, num ambiente semi-iluminado (não cheguei a precisar de ligar o frontal), em que trepávamos rochedos enormes que nos bloqueavam a passagem, erguendo
continuamente os pés acima da cintura, umas vezes elevando-os, outras arrastando-os, com as mãos tacteando firmes pontos de apoio, numa fissura estreita, em que as pesadas mochilas com o almoço que carregávamos nos tolhiam os movimentos. Acho que todos nós agradecemos a companhia uns dos outros, a mão sempre pronta a puxar-nos ou a empurrar-nos para a frente, as palavras de ânimo e de aconselhamento. Chegar ao final da fenda, atravessar aquele raio de luz vindo directamente do céu, se foi uma sensação de emersão de novo para o Mundo, foi também uma experiência colectiva, mais um “conseguimos!” do que um “consegui!”. E, também por isso, soube muito bem.Entalado, depois da fenda..Na fenda II

Mas a saída da fenda é apenas meio caminho – faltava ainda trepar mais uns quantos metros entre blocos enormes, umas vezes saltando sobre o vazio de alguns metros, outras admirando o verde do vale lá em baixo, qual paisagem do Google Earth, agarrados a um qualquer apoio, outras testando a aderência das nossas botas (fui o único que levou ténis de montanha, os meus omnipresentes Salomon X-Raid), mas subindo sempre.

Quando chegámos ao topo, e depois de uns minutos de deslumbramento com o local incontornável e magnífico em que estávamos (acreditem, apesar de excelentes, as fotos não fazem jus à paisagem e sensação de “topo doMundo” que sentíamos), seguiu-se a celebração. Um magnífico almoço, muito partilhado entre todos (fico sempre com a – real – sensação de que levo pouco para a partilha, tenho que tratar disso da próxima), com rissóis, chouriço, queijo e… Vinho do Porto (ah! Grande Silvana!), um momento de pausa e descontracção, de sensação de “estamos aqui todos e isto não podia ser melhor”!

No topo da Calcedónia II

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O Pirata de Cartagena de las Indias http://geocaching-pt.net/o-pirata-de-cartagena-de-las-indias http://geocaching-pt.net/o-pirata-de-cartagena-de-las-indias#respond Tue, 22 Feb 2011 00:27:29 +0000 http://geocaching-pt.net/?p=1483 O pirata[...] eram tão temerários que chegaram a atacar a cidade algumas vezes, obrigando à construção das muralhas que envolvem as cidades e dos fortes que garantem a entrada no porto. Se leram tanto Emilio Salgari (de certa maneira, também ele um pirata, que escreveu sobre o Mundo sem nunca ter ido além do Mediterrâneo) como eu, é impossível não se sentirem fascinados por esta cidade.

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Cartagena 3Aterrámos. Sexta-feira à noite. É uma viagem curta a partir de Bogotá. Uma hora. A porta abriu-se do avião e demos os primeiros passos. O ar quente e húmido das Caraíbas envolveu-nos um bafo aconchegante, para quem vinha do tempo nublado e elevado de Bogotá – a cidade que os colombianos dizem que é como Londres (e, realmente, o tempo está sempre cinzento e chove muito mais do que eu esperaria).

Cartagena de las Indias. Só o nome exótico é suficiente para fazer a nossa imaginação voar.
Somos automaticamente transportados para uma época distante, há alguns séculos, em que galeões carregados de ouro, e outros tesouros da América do Sul, tentavam chegar a Espanha, fugindo ou abrindo caminho por entre barcos de piratas desejos de deitar a mão a riquezas que lhes dariam outra Vida. Os piratas eram tão temerários que chegaram a atacar a cidade algumas vezes, obrigando à construção das muralhas que envolvem as cidades e dos fortes que garantem a entrada no porto. Se leram tanto Emilio Salgari (de certa maneira, também ele um pirata, que escreveu sobre o Mundo sem nunca ter ido além do Mediterrâneo) como eu, é impossível não se sentirem fascinados por esta cidade.

Cartagena 2

 

Lá dentro, das muralhas repletas de canhões, escondem-se praças largas, rodeadas de edifícios de 2, 3 andares, coloridos como uma palete de amarelos, azuis, ocres, laranjas, vermelhos e com bonitas varandas em madeira, que se desenvolvem por ruas estreitas e repletas de gente – uns, turistas, de máquina fotográfica em punho, com todos os sotaques da América Latina ou os trejeitos norte-americanos a tentar falar espanhol, com aquele “Crazyas!” em jeito de agradecimento que não engana ninguém (se preciso fosse…); outros, tentando vender o que lhes calhou na roda da fortuna, água, cigarros, charutos, pulseiras, colares,… Constantemente cruzamo-nos com bicicletas de passeios organizados, carros (também os há no centro), típicos autocarros colombianos vermelhos (só faltam os cachos de banana no tejadilho, ainda não adicionaram isso ao folclore) e caleches, puxadas por simpáticos cavalos pequenos a transportarem pares de namorados.

Mas esta cidade ainda esconde um tesouro. E para o descobrir (o pirata e o tesouro) é preciso um GPS…

O guardião da cache é um pirata – e isso é bem explícito no texto da cache, estejam descansados que isto não é um spoiler. A cidade está cheia de boas esculturas, desde Botero até imagens quase vivas do passado em ferro – e entre elas está um bom e sólido pirata, com o seu ar inquiridor e enigmático (eu juro que sim!), a sua pose altiva, de quem fazia tremer a armada espanhola, a quem usurpava o ouro e as riquezas que os nossos vizinhos levaram das Américas (e nós também o fizemos, mas não tínhamos que passar por Cartagena). Os seus olhos agora, zelando pelo seu novo tesouro, que nunca foi enterrado numa qualquer praia numa ilha deserta, mas veio aqui repousar numa cidade colonial da Colombia caribenha.

O pirata

Gotcha!!!!

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Cache & Run http://geocaching-pt.net/cache-run http://geocaching-pt.net/cache-run#comments Mon, 22 Nov 2010 22:02:46 +0000 http://geocaching-pt.net/?p=1435 lynx pardinusHá muito tempo que tinha algo deste género na minha to-do list. Voltar a uma manhã de run & cache. Fazer um percurso de alguns quilómetros, a correr, orientando-me entre as caches da área.

Big fun!

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Caches carregadas no GPS. Chave do carro na bolsa de pulso. Sapatilhas de orientação.
Mochila de trail-running às costas (damn!, está apertada. Devo estar a ganhar uns quilitos). Água. 2 barras. Alicate. GPS ligado. A cache é para ali. Um olhar para o horizonte, a avaliar o chumbo das nuvens no ar, e o verde que se estende à minha frente.
Um último sopro profundo de ar para dentro dos pulmões. Um passo. Outro. E começo a correr.

Há muito tempo que tinha algo deste género na minha to-do list. Voltar a uma manhã de run & cache. Fazer um percurso de alguns quilómetros, a correr, orientando-me entre as caches da área. Big fun! Para este fim-de-semana, o que estava marcado era o powertrail das arribas da Fonte da Telha, o”Pela Falésia até à Lagoa”. 14 kms (ir e vir) de pura diversão a correr e a cachar pelo meio da floresta, ao melhor estilo de um treino de orientação.

No fundo, é a associação entre um dos meus vícios (correr – mas que ninguém pense que corro muito, não é verdade) com a maravilha da descoberta de pequenos “tesouros”.
Tem a vantagem de poder ser feito em qualquer lugar onde se possa correr e existam caches – incluindo num Domingo de manhãzinha em Lisboa, o que é uma excelente maneira de conhecer e perceber um pouco melhor da geografia da cidade (como o Torgut diz neste post –http://papacaches.wordpress.com/2010/08/25/espacos/ ). Outra hipótese, é escolher um powertrail e segui-lo – tem a vantagem do encadeamento das
caches, e de estarem todas relativamente próximas. E é capaz de ser a melhor forma de fazer um powertrail – na minha opinião, claro!

O que é preciso? Na realidade, não é preciso muita coisa – sapatilhas de corrida, o GPS e vontade de correr e cachar bastam. Como, desta vez, fui para o meio do mato, acabei por levar também um cantil de água (estimei mal a quantidade – regressei com ele quase cheio, o que não é muito bom por causa do peso…), barras (para o caso de me dar a fraqueza lá pelo meio) e o meu alicate ‘todo-o-terreno’ (ainda não sei exactamente bem para quê, mas tenho a mania que me pode dar jeito – na realidade, acho que só contribui para um incremento do peso que as minhas pernas têm que suportar), tudo dentro de uma mochila mínima e justa de trail.

Depois, depois é aproveitar! Este Domingo aproveitei o ar fresco do pinhal junto ao mar, as vistas fabulosas do alto da falésia, com uma amplitude do Cabo Espichel ao Cabo da Roca, o prazer de saltar por cima de arbustos que se atravessavam no caminho, a escolha do melhor trilho para ir na direcção da cache, o ‘sabor’ da areia a ser pisada pelos meus passos (e sim, já não me lembrava de como é ‘pesado’ correr na areia).
Também gozei do prazer de umas molhas descomunais e de um ar-fresco-demasiado-fresco para a t-shirt que levava vestida – mas nem tudo pode correr bem!

E, não fiz o powertrail todo – uma sequência de bátegas violentas no horizonte, o frio (no fundo, a má preparação) levaram-me a abandonar a ideia. A grande vantagem, é que ele (incluindo os meus DNFs) continua lá para que volte para mais uma sessão!

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