Sinto uma estranha e maligna força a atrair-me para aqui…
Uma força tal que convocou os poderes sobrenaturais da meteorologia e me impedem de cumprir o destino deste fim de semana! Que andava a ser preparado há meses…
Sinto que não consigo resistir a essa força, a esse chamamento que clama por mim…
Ouço vozes. Imagino cenas.
Que acontecerá este fim de semana?
”
Misturado ao som de trovões ouvia-se o choro agudo de uma criança. Ladeado por cera derretida de velas que chegavam no fim, um menino de tufos verdes sob a cabeça estava deitado.
– Enfim nasceu nosso sétimo filho, Abelarda.
– Sim, Lúcifer. Ele deve ser posto à prova. – responde a mulher ensangüentada na cama.
Lúcifer – um velho beberrão maluco fissurado por alquimia e magia negra – pega a criança pelo colo e a mergulha de ponta cabeça em uma bacia enferrujada cheia de um líquido vermelho e grosso. Segurando o seu filho pelos pés, espera alguns minutos e o retira.
A criança engasga, tosse e recomeça seu choro.
– Ele sobreviveu, Abelarda. É o terceiro filho a passar na prova. Mas veja como ele é franzino e fraco…
Os anos se passaram, e aquele garoto franzino continuava feio e magro. Seus cabelos verdes eram embaraçados e sebosos, ao contrário dos seus belos irmãos Baal e Leviathan que tinham cabelos vermelhos brilhosos e força fora do comum.
Ao completar 5 anos, começou a estudar e treinar magia e alquimia com seu pai e seus irmãos. Não gostava daquilo, e nem se saía bem em seu treinamento. A única afinidade que tinha naqueles dias massantes era com as artes do envenenamento. E logo que desenvolveu em segredo seu primeiro veneno líquido utilizando resina de árvores e fungos, fugiu escondido de sua casa para nunca mais voltar.
Seu pai dava atenção apenas ao culto a deuses pagãos e necromancia. Nunca saía de casa nem contava coisas mundanas para Belzebu. E saindo dos braços de seu pai louco, o garoto correu dias a fio pela estrada que passava perto de sua velha casa até se deparar com uma ponte enorme beirando o mar. Na outra extremidade da ponte, via-se uma ilha cheia de casas e pessoas correndo. Belzebu não segurou sua emoção ao ver uma cidade, e correu como nunca pela ponte.
…
Belzebu então parte para Britain. Sua nova missão é trazer o caos ao mundo.
Todo o mundo.
”
E por isso, coisas estranhas acontecem.
Agora tenho a certeza. As bruxas do Supremo Comandante atraíram-me aqui para não poder cumprir o meu destino deste fim de semana.
Mas dei-lhes luta. E lutámos!
As gaijas defenderam-se bem; erros de contas, calor, chuva, vento… só faltou beijarem-me! Então na parte final foi tal a saraivada de água que via melhor sem óculos…
A única vitória que tiveram foi o impedirem-me de tirar fotos. Sempre que puxava da máquina vinha borrasca e tinha que recolher o instrumento. ..
Obrigado pela cache, pela companhia e por me deixares merecer o found, Apesar de todas as ‘tentações’ das bruxas.
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