Este log ganhou, ex-aequo, o concurso de melhores logs de Maio de 2011.
#27
Esta deve ter sido a mais longa demanda da minha ainda curta história. Por isso mesmo leva também com o log mais longo que escrevi até hoje. Vamos por partes que a busca também foi feita assim. Por partes.
Cap I
Nesta sexta-feira da semana passada, tinha marcação no dentista para arrancar (mais) um siso que me anda aqui a atormentar e me fez passar uma ou outra noite em branco. (In)felizmente, a doutora achou que ainda não era boa ideia, que devia deixar que a infecção passasse mais um pouco para poder mexer à vontade. Como, assim, de repente, arranjei mais um espaço na minha agenda, aproveitei para fazer esta cache que ficava a caminho do meu próximo trabalho. Sempre é melhor que arrancar um dente.
O meu gps andou aos soluços e ameaçava faltar ao trabalho por falta de energias. Apesar de saber onde ficaria o ponto final, ainda me dei ao trabalho de contar as senhoras e os bancos. Sempre aproveitei para fazer uma caminhadazita, que as adiposidades já começam a acompanhar o peso dos anos. Já no ponto final, a coisa piou mais fino. O local é muito, bastante frequentado. Tive de me armar em turista: ai que avião tão engraçado, deixa-me tirar umas fotos! Enquanto isto, ia verificando os buracos – que não são poucos quanto isso – da ave. Os muggles, aos magotes, é que não tinham maneira de dispersar. Ainda tive, vai não vai, de me pôr “xô! baza!” Seria demasiado radical e os resultados podiam não ser os esperados.
Cap II
Já que aqui estava, aproveitava para fazer a do Açude da Fonte Quente, ali a uns metros, à mão de semear (!). A concorrência de público também era forte e tive de ser discreto. Mas foi fácil. Regresso ao avião.
Cap III
Os humanos ainda continuavam por ali, talvez menos um ou dois, o que nem tem significado nenhum. Outra vez a cena do turista mas, desta feita, andei a meter a mão nas teias. Nada. Até que ouço alguém “direita, roda direita”. Apresentou-se-me. Era a Lusitana Paixão que acabava de dar a dica que faltava. Trocámos algumas palavras e acabei por decidir voltar noutro dia, já que eram olhos a mais com a possibilidade de desvendarem o segredo da caixa. Fica para outras núpcias.
Cap IV
Na quarta-feira da semana seguinte, foi o dia em que arranquei o tal siso que me atormentava. Curioso. Também nesse dia, encontrei um intervalo para dar um passeio no parque a ver se fazia o registo. Não!! Um par de namoradinhos adolescentes mesmo ali, naquele banco ao pé do avião? Não pode ser. Aguento um pouco a ver se vão embora. Não vão eles, vou eu.
Cap V
Aproveito para ir à “Ponte sem Rio”. Tipo, uma viagem à senhora da asneira, já que redundou num DNF. Não sei se pela ausência da caixa se por inépcia minha. Regresso à base.
Cap VI
Mas esta gente não há maneira de ir embora. Ainda lá está o parzito imberbe mais os respectivos amassos. Penso que conseguiria tirar a cache e eles não notavam nada. Só tinham olhos um para o outro. Vi o tesouro, mas não arrisquei. Vou comer qualquer coisita a um sítio que começa por mr, acaba em pizza e tem um ponto no meio.
Cap VII
Outra vez no parque. Os namorados já não estavam lá. Teriam ordens dos papás para estar em casa à hora da janta. Mas estava lá um pai com o seu recente rebento, ainda de colo. Num banco mais longe. Mas, ó céus, desta vez deitei-lhe a mão e surripiei-a para o meu canto. O livrinho estava cheio, mas arranjei um espaço num “post-it” para o meu autocolante.
Missão cumprida. Esta já não me chateia mais.
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