Geocaching no Carnaval

ricardobsilva - 2004/02/25

Boas

Aproveitando um fim de semana prolongado de 4 dias, juntamente com a família, rumámos ao Sul para um merecido descanso … psicológico, já que fisicamente estávamos bastante entusiasmados para umas aventuras de Geocaching.

A nossa base foi perto de Albufeira, Algarve, e tendo ficado o Sábado reservado para a viagem e algum descanso, os nossos planos incluíam as caçadas, o cortejo de Carnaval de Loulé e umas banhocas na piscina aquecida do hotel.

No Domingo acordámos com um tempo algo instável. Ora fazia um sol de verão, ora caía uma carga de água daquelas. Para fazer geocaching tinhamos então de acertar nos intervalos.

A nossa primeira cache, e já que nos queríamos dirigir para este em direcção a Loulé, foi a "Taipa". Lá nos metemos por um caminho de cabras e chegámos ao pé do castelo. Estivémos a observá-lo por fora, e a referida técnica de construção, e quando nos decidimos a entrar deparamos com uma grade a fechá-lo e uma placa a referir obras de recuperação … que se iniciaram em meados de 2002 e com 6 meses de duração … pois.

Ora então voltar para o carro e descer um pouco até conseguirmos estacionar no ponto da estrada mais perto da cache. Na minha mente estava a referência do Afonso, dizendo que se tratava de uma cache ao estilo do MAntunes. Afinal não teve nada a ver. O caminho era normal e quando a seta apontou para o local que também eu começava a considerar como provável, vejo logo um saco azul mal escondido. Ora assim não vale. Os geocachers anteriores portaram-se mal.
Eram 11H30. Tirámos a cache de dentro de um saco bem húmido, lamacento e estragado, mas felizmente a cache estava ok. Deixo já agora o alerta para os próximos: esta e outras caches que a seguir descrevo precisam de uns sacos novos. Levem se pensarem por lá passar.
Assinámos o logbbok, tirei uma nota indonésia e deixei um postal com um avião caça. E escondi a cache … desta vez como deve ser.

Continuando a nossa viagem, passámos pela "Hollow Wall". Passámos porque quando lá chegámos chovia a potes e achámos por bem deixar para outra altura. Rumámos então à "Estrela", que era a mais próxima.

Nesta cache andei um pouco a experimentar diversas abordagens de carro e quando decidi fazer o resto a pé já só faltava uns 150m. Eduardo montado no burrito … quer dizer, paizito, e toca a procurar o moinho. Lá está ele. Como a Sílvia estava liberta, foi ela procurar. Como já demorava um pouco decidi ajudar e ao chegar junto dela disse-lhe "Está ali" ao apontar para o local que me parecia ideal se tivesse sido eu a esconder. E estava. Eram agora 13H00. Como era uma micro-cache só assinámos.

Estávamos na hora do almoço. Fomos então até Vilamoura e daí para Loulé assistir ao cortejo de Carnaval. Quando já estávamos a começar a ver a 2ª volta, decidimos ir passear. Lá fomos então à "Fonte da Taipa".

Estrada pitoresca pela Serra do Caldeirão. Encontrámos facilmente o local e depois de algum levantamentos de pesos lá demos com aquilo. Eram 16H45. Esta então estava capaz de levar um banho. Era lama por todo o lado. Por dentro impecável … uff. No entanto muito vazia, pelo que deixámos uma pequena bola e um porta chaves com luz, não retirando nada. Assinámos e fizémos algum trash out.

Como ainda era cedo, vimos as caches mais próximas "16 (Silly name, isn´t it?)" e "Time Capsule". Esta última, por não ter tido tempo de preparar algo para deixar, tinha de ficar para outras férias. Fomos então perceber o porquê do nome da primeira.

Bem, eu gosto de levar o meu carro até perto das caches, mas esta foi demais. Se estivesse ao nível do chão metia-lhe a roda em cima. No entanto demorou um pouco mais a encontrar, mas nada de especial. Eram agora 17H30 e mais uma micro-cache onde só deixámos os nossos nomes. Gostámos particularmente do OVNI aterrado no monte em frente. Ah … é uma igreja. Ok.

Começava a estar na hora de regressar à base. Vamos então passar novamente pela "Hollow Wall" a ver se já parou de chover. E tinha, mas trepar aquilo tudo estava fora de questão. Mas espera lá, o Afonso diz que é dificulade de terreno 1,5. Tem de haver uma maneira melhor.
Lá encontrámos e de facto foi sempre em frente. Ao descobrir a cache e ler os registos anteriores reparámos que houve muitos aventureiros a fazerem da forma dificil. Eram agora 18H15, e com o entusiasmo de termos batido o nosso record pessoal de caches num dia, 5, fez com que a Sílvia ao escrever o log tenha colocado 6. Bem, só nos lembrámos quando estávamos a chegar ao hotel e já lá não voltámos. Sorry. Aqui deixámos um porta chaves da Moto Action e trouxémos um selo do Zimbabwe.

Tinha sido um dia bem preenchido, com 5 caches, todas do Afonso, muito passeio e cortejo de Carnaval. E acreditem que o ritmo foi bem calmo, com diversas paragens para trocar fralda, biberão, por na cadeirinha, tirar da cadeirinha, etc.

Segunda-feira nasceu bem cinzenta. Chuva continua sem tendência para parar. Ora nada melhor para dar continuação aos nossos planos de fim de semana. Piscina aquecida interior. Foi ver o Eduardo todo contente dentro de água.

Chegava 3ª feira e com ela o terminar de um agradável fim de semana. Chegava também um dia com boas abertas. E se ao irmos para casa, ainda formos fazer mais alguma cache? Vamos conhecer o salvador do Afonso, que ainda não recebeu nenhuma visita.

Lá fomos nós até ao ponto onde somos aconselhados a tomar a estrada correcta. No entanto, distraído a olhar para a seta do GPS, que apontava noutra direcção segui pelo lado errado. Ao fim de umas voltas voltei ao ponto inicial e lá apanhei a caminho certo, mas este erro viria a revelar-se útil. Apanhar o caminho correcto foi uma aventura  jeitosa, já que o nosso cache mobil, parecia uma bailarina naquela lama toda, devido à chuvada do dia anterior. O segredo era não deixar o carro parar, não o deixar patinar muito, mantê-lo na estrada e ter fé. E lá chegámos calmamente a 150m da cache onde decidimos mudar de meio de transporte. Passávamos para as botifarras e o Eduardo para o burrito. Ao chegar ao cimo do monte, a imagem de marca do Afonso … um marco geodésico.
Encontrar a data, fazer umas contas e introduzir no GPS. Olha … é mesmo ao pé da track de quando nos enganámos ainda à pouco. Fixe. Assim é voltar ao ponto inicial em vez de seguir ali por aquela outra estrada que parece apontar para lá, correndo o risco de atolar como aconteceu com o Afonso.
Ao chegar ao ponto deparo com uma propriedade privada. Bem, se o Afonso diz que o dono sabe disto, não deve haver problema de entrar. Vou então bater à porta e apresentar-me. Não estava ninguém. Encontrei então a cache, na qual deixei um pin de Macau, e escrevi um bilhete ao saviour do Afonso a dizer que tinha estado lá e que era amigo do caramelo que tinha atascado o carro. Deixei em português e inglês por não saber a nacionalidade do dito, e deixei-lhe também as folhas com a descrição da cache que utilizei.

Ora restava-nos apanhar a estrada principal, a poucos metros dali. Mas bem perto estava a "Did you get your feet wet?" Embora estivesse desactivada fui na mesma fazê-la. Encontrar o primeiro nível e a data foi de facto divertido. Depois de umas contas restava tentar ver se a cache estava ou não no local, até porque era a poucos metros dali. De facto não a encontrei.

E assim nos fazíamos à estrada, depois de um fim de semana bem animado, com bailes de Carnaval no hotel, muito geocaching e banhocas. E com um número de caches encontradas porreiro. Foram 6,5 caches todas do Afonso. A ele o muito obrigado pelos agradáveis locais que escolheu.

Um abraço

Ricardo BORDEIRA Silva

1 response so far ↓

  • 1 MAntunes // Feb 25, 2004 at 15:07

    Tás seis meses parado e depois fazes "esta brincadeira de Carnaval"!    Boa! Tenho pena de o Algarve estar fora dos meus planos de férias… Mas talvez lá vá de propósito, só para o Geocaching… Ainda não me esqueci do "Mr. Hendrik"… e o Algarve é o melhor local para ele sair do país.  😉

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