Férias!!!

2 Cotas - 2004/08/03

Já acabei a maior parte das mudanças, agora o que falta posso ir fazendo a pouco e pouco. Isto se não contar com as pin’elhices que aparecem sempre para fazer…
Mas vá lá, sobrevivi.
E fiquei um bocadito mais livre para ir fazer Geocaching decente. Andar atras das Locationless faz engulhos por aí e não dá pica. Mas para quem não tinha tempo e teve sem aparelhometro alguns dois meses, foi o que se pode arranjar. Ainda convenci alguns colegas a aliviarem a pressão na contagem, mas aparecem sempre os galifões do concurso e quase que me deixava apanhar…

Um dia destes tinha acabado de papar os caracóis do lanche e estava com vontade de dormir a sesta. Era o melhor que tinha feito pois saí da Costa em direcção ao Parque da Paz e acabei no Cristo Rei. Enganei-me ali para os lados do Garcia de Orta.  
O carrito ia cheio porque baldar-me depois de almoço de mochiláscostas  e com a maria debaixo do braço chama atenção. Voltei pois ás funções de motorista de serviço. Já nem ligo, enfio tudo dentro do carro ligo o GPS e quando chego ao local de estacionamento dou-lhes tempo para se organizarem. Qualquer meiórita por cabeça é suficiente. Depois ligo o GPS para oferoude e levo-os ao local. Sento-me e passado algum tempo VOILÁ. Funciona. A maria, vai vendo as paisagens pois converteu-se a escriba oficial e deixámalta virar tudo do avesso á vontade. Até já aprendeu a mandar bocas daquelas mortais. Sério! Haviam de ver as que ela desfiou na cache final da STAR MOUNTAIN e na MANJAPÃO…

Mas voltando ao Cristo Rei. chegamos ao parque de estacionamento paramos e começa a procissão. O sac’na do puto Speedy já aprendeu a pescar o papel das descrições, traduzir as dicas e sacar dos taparueres enquanto o diabo esfrega um olho. Ainda as miúdas estavam a desencaixar-se do carro já ele andava aos berros com a caixita na mão. De tal maneira que até a maria, que é completamente alérgica a mais de uma cache por dia, ficou a olhar e perguntou com ar triste, “onde é a outra?”. A irmã nem chegou a sair do carro.

Todos de volta para dentro. Meia dúzia de voltas e estacionar outra vez. Desta vez a cache ajudou, o puto já vinha á meia hora de lápis na mão a fazer contas de cabeça mas lixou-se. Umas centenas de metros e o GPS em modo “práquelado”. As garotas divertiram-se o caminho todo a mandar bocas á descrição do parque, principalmente á parte do lago, “ainda bem que não há lago nenhum, senão era só mosquitos”, e outros piropos semelhantes. Como já estava a ficar farto achei porreiro a parte final ser a subir, calaram-se todas. Chegamos ao local e começou o degredo. E que a cena do ficar sentado á espera só funciona quando não há acidentes naturais, tipo picos e silvas. Nessa altura a coisa inverte-se. Fica tudo com ar enojado e cá o escravo é que anda á procura. Não sem antes me moerem o juízo com a pergunta da praxe; “Tens a certeza que é aqui?. Sei lá!!. Ainda não encontrei esta me’da, como é que querem que eu saiba?” Também tramei-as, ainda metade andava á procura de lugar para se sentar o fofo e já tinha descoberto o pataruere. Por falar nisso, com as mudanças não sei onde pára o deposito de portachaves da Tailândia, por isso ultimamente as caches tem servido como deposito de restos mortais de fundos de mochila. Ficam já avisados.

Antes de ir de férias resolvi ir até ao Magoito. Já que ninguém vai ás minhas caches vou eu. Um dia destes começo a fazer “FOUNDES” a torto e a direito. Se contasse as vezes que já lá fui, estava á frente por muitos podem ter a certeza. Aproveitei para dar uma voltinha pela praia, chamar mar’cas aos tipos que acham que esta cache é difícil, enfiar lá o TB – xarcataque, cortar as barbatanas que não quiseram entrar, deitar fora o passaporte e atar tudo com um cordel á arvora mais próxima… Um criado a vossa disposição. Se quiserem também levo a casa.

No outro dia, decidi que tinha que voltar ás caches de jeito, feitas á maneira e sem invenções. Lixei-me. Queria ir pôr a 100Coordenadas e convidei-me para ir almoçar a Loures a casa da & Company. Não tem nada a ver, era só porque eles não tem andado a cacheirar ultimamente e dava jeito alguém para pagar as imperiais á volta. Resultado: a cena do costume, o sinalinho á borda do ecrã e a “vistaproeste” mesmo á mão de semear. Bem, os moços não vieram, porque senão as os tremoços ganhavam bigodes, as carteiras correntes de ar e a cache ficava no mesmo lugar. Se com isto ficaram a pensar que, por vezes, as caches podem não ficar no mesmo lugar, pensaram bem. Umas vezes já não me lembro onde é que aquilo estava, outras já não estou para amarinhar outra vez por ali a cima e o resto do pessoal esta fazer-se desentendido, ou simplesmente “acho que fica melhor aqui”. Esta aprendi com alguns companheiros nossos…. Assim módesque tipo BTT, “bora trocar tudo”. Mas não, esta ficou no mesmo lugar, (considerem esta uma afirmação genérica, incluindo EPE em dia de má recepção).

Mas a coisa foi complicada. Andei 10 minutos á procura do tal parque de estacionamento, mais 10 minutos de caminho, mais 10 segundos a procurar e meiórita sentado a descansar. Procurar caches cansa. Não vêem o outro? Faz uns quilómetrozitos, chega ao local toma banho e vem-se embora. Vou deixar de por caches ao pé de piscinas. Voltando á “pró este”, fizemos a vigésima oitava limpeza aos restos mortais das prendas do fundo da mochila e atiramos tudo pró meio das canas outra vez. Por falar em atirar tudo pró meio das canas, tenho que fazer qualquer coisa á maria. Chegou ao sitio, olhou á volta, inspirou um par de vezes, gabou a vista e sentou-se a fumar… Não tem nada a ver com o facto de logo de seguida eu ter enfiado as patas numa poça de lama, mas acho que o ar puro anda-lhe a subir á cabeça.

Voltamos para casa com a 100coordenadas na bagagem. Cache mais marada que esta não há de certeza. Certezinha. No outro dia de manhã saímos de casa cedo. Tinha-me oferecido um fim de semana de férias e prometido que ia fazer a manutenção ás minhas caches do Norte. (As minhas caches do Norte!!! Soube-me bem dizer isto…) A meio do caminho, imaginem lá o que me aconteceu? A cachezita no ecrã! A Fraga da Pena! É mania. Ou bug. Começa ela aos pulos no carro e eu a desculpar-me! “Sabes… coordenadas velhas, já fomos a essa, já conheces o lugar, deu barraca da outra vez, ainda lá andam as cobras, qual quê, vamos e vamos mesmo”. Fomos. Ligo pró ricardo e não é que o pale’ma atende!?!?!? Diz lá as coordenadas novas, seisquatronovetresete tiratirametemete… prontos tá bem, vamos lá. Ainda pensei que escurecesse pelo caminho e perdi-me ai umas oito vezes, mas quando a coisa nasce torta não há volta a dar-lhe.

Mas desta vez correu bem, consegue-se encontrar a cache. Alias, sempre que as coordenadas estão bem, as caches encontram-se! Ouviram? Perceberam? Entenderam? Captaram? Coordenadasbemcachesmelhores!! Voltando á cache em questão, a estratégia de busca alterou-se ligeiramente, fizemos uma busca sistemática. Começamos logo cá em baixo na primeira cascata e fomos procurando em todas até lá acima. Encontramos! Como a mochila era a mesma e estávamos fracos de portachaves pendurei uma argola num sitio qualquer e resolvi o problema. Até estou a pensar num jogo novo, assim tipo pokerchaves. Vou espalhando pedaços de porta chaves pelas próximas caches e quem conseguir montar um tem direito a um balde de plástico ou a uma jogada no GEOPOKER… Moral, chegamos tardissimo á Covilhã, mas vida de artista é mesmo assim.

…continua, ainda temos o UPUPUP, a Star mountain e a coisa que dá pelo nome de Manjapão… ah…há fotos, mas eu não sei onde…

2 responses so far ↓

  • 1 portelada // Aug 4, 2004 at 01:04

    Realmente estas descrições inspiram … li isto 2 vezes, de repente e adorei !!!

    Ó pá …. o charco era mesmo apetitoso !!!!  e como calor que estava … hohoh …..   quanto á cache, cá para mim ja se cachou !!!!  

    heheheheh

    Então tiveste no Norte e não foste ás 3 excelentes caches da Serra do Malvão ???

  • 2 mca // Aug 4, 2004 at 23:23

    qualquer dia sai um livro com os melhores logs… é boa disposição do princípio ao fim….. ó diamantino, já pensaste em colaborar no Gato Fedorento???

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