Uma Aventura na Lagoa I – A caçada

clcortez - 2005/10/05

No fim de semana passado ( 1 e 2 de Outubro 2005) peguei em mim, na BTT, num colega e na sua respectiva e fomos procurar uma cache que apesar de ser a 4ª cache mais antiga de Portugal ( setembro 2001) é uma das que menos visitas tem. Merecia esta visita e lá fomos.

Depois da minha visita às Minas de S.Domingos a 2 de Setembro ultimo ( onde fiz duas das caches ali existentes ) era inevitável o meu regresso a esta simpática aldeia para fazer esta cache e visitar acdequadamente o vastíssimo complexo mineiro.
Assim foi, ainda estava a fazer a cache do PCardoso Apocalitic Visions e já estava a combinar ao telefone com o meu colega ( cuja mãe é de lá ) o fim de semana em que viríamos às Minas fazer uma BTTzada à volta da Tapada grande, a enorme lagoa com 17 km de perímetro que se situa a noroeste das Minas e onde está escondida esta multicache![:)]

Bom, antes de mais quero “avisar” o autor que esta cache além dos 3 meios indicados também dá para fazer de BTT, e é um passeio que recomendo largamente, aliás, tal como recomendo esta cache vivamente pois a paisagem e o local é de uma beleza extrema!

E assim lá fomos no dia 1 para as Minas, onde acabaríamos por chegar já à noite e depois uma passeio de BTT nocturno pelas ruas das Minas pernoitámos no alojamento que este meu colega tem na aldeia.
Na manhã seguinte mal acordámos preparámos tudo para fazer os quase 15 km que tinhamos pensado fazer: água, barras, câmaras de ar, bomba, máquina fot, PDA,telemoveis e GPS, tudo para dentro das mochilas e lá fomos nós.
Encontrar o caminho para a primeira cache foi uma aventura pois as distâncias estre os istmos e as reentrâncias da barragem enganam muito e face aos caminho existentes tivémos que improvisar várias vezes caminho para chegar à cache. Isto, apesar de termos a fotografia aérea![;)]
Aproveitando o facto de a barragem estar uns bons 2 ou 3m abaixo do seu nível normal optámos inclusivé por fazer corta-mato nos locais mais secos na margem.
Chegádos à primeira micro e 5km depois era a hora de descansar e depois a procura. Amigos, não foi fácil! A ultima pessoa a escondê-la foi um bocado masoquista e obrigou-nos a “sofrer” um bocado! Bom, foram mais de 15min a procurar onde pensávamos que estivesse mas depois acabámos por encontrá-la já na fase de desespero, pois cansados da pedalada e do enorme calor que se fazia sentir apesar de já estarmos em Outobro não ajudou.

Realmente o Igor foi de uma amabilidade espantosa! Espectacular! O que desconhecia mesmo depois de ter lido os logs anteriores era que este Igor era Ucraniano e que no seu log deixou qq coisa como “Te amo Portugal!” e o seu contacto telefónico! Bem que lhe devíamos agradecer! [:)]
Bom, depois de analisado bem o container e o que resta do esconderijo original ainda deu para ver a tampa da arca frigorífica da qual ele ( Igor ) usou o cabo electrico para pendurar a cache e depois para uma refrescadela na barragem. Bem bom!

Bom, já tinha passado hora e meia e ainda faltava a outra micro. Colocadas as coordenas e seguimos em direcção à 2ª micro. Agora o percurso foi máis fácil apesar de ser desconhecido para ambos e ficar numa zona já sem indícios de ser frequentado. Rapidamente chegámos aos 7km e faltava agora passar para o outro lado da barragem.
Mas eis que não é o nosso espanto que uma zona que antes e em época normal estava alagada estava agora…seca! E pronto, encurtámos o nosso caminho em cerca de 1,5km! Foi atravessar uma zona semi-seca e estávamos do outro lado, na margem que não tem qualquer acesso de TT e que é bem mais inclinada! Seguimos sempre pelos trilhos feitos pelo gado e rapidamente encontrámos o isto que pelo que nos parece se não tivesse sido feito o enchimento de terras que lá está seria uma ilha.
Conseguimos levar as bicicletas mesmo até ao local da cache, apesar de o terreno estar cheio de eucaliptos cortados ( provavelmente pelo Igor![;)] ) a barrar o caminho e já estarem secos, o que se torna num pequeno perigo. O meu colega teve o azar de ser “rasgado” por um desse troncos.
Se a primeira micro foi fifícil à brava esta foi tão rápida que ainda estava a 10m dela e já sabia onde estava. E sabia mesmo, que os meus olho deram com o local e só se desviaram de lá quando a tinha na mão![:)]
Aqui a paisagem é mais isolada e calma…tudo parece ter parado do tempo. Não se ouve nada, so o vento nos eucaliptos que ainda restam. Ah, e para que se saiba, estes eucaliptos foram todos plantados aqui para servirem de alimento para os fornos onde era fundido o material para ser depois carregado nos barcos e enviado para Inglaterra. O eucalipto é uma arvore de crescimento muito rápido e que arde muito bem, daí a escolha. Felizmente estão a substituir naquela região os eucaliptos por pinheiros que consomem muito menos água, um bem precioso e que tanta falta faz naquela região![:(]

E depois da caçada estava na hora de regresso. Aproximavam-se vertiginosamente as 13h e o almoço esperava por nós no restaurante do Zé, um amigo do meu colega mesmo no meio das Minas.
Este percurso de regresso foi bem mais fácil e rápido, agora bastou seguir os caminhos e sem paragens em 20 min estavamos em casa. Regressámos da 2ª micro até ao Monte dos Nascedios pelo caminho que tínhamos feito e depois do Monte até às Minas pela estrada de terra batida.

Uma espectacular caçada bem à moda do que deve ser  Geocaching, um misto de aventura e lazer, com tempo e disposição. Nem imaginam como sabe bem fazer uma cache assim comparado com o que sabe fazer uma cache “rápida” na cidade…
Parabéns ao autor por esta EXCELENTE idéia e fica o aviso : façam esta cache de BTT!![;)]
É uma pena que a mesma tenha tão poucas visitas e apesar de ter sido mesmo das primeiras caches em Portugal continua a ser deixada de lado nas opções de caçada dos geocachers…acreditem, vale a PENA!![:d]

Uma nota : esta barragem servia para armazenar a água que iria depois lavar o minério. A par desta foi construída a Tapada Pequena, uma bem mais pequena que está a nordeste das minas.
A Tapada Grande tem uma praia artificial bastante frequentada no verão e de uma beleza enorme! Cuidado é com as sanguessugas..não fazem mal mas são incómodas.

Depois de almoço fomos fazer a vista às minas em si, inclusivé às outras duas caches que ali se encontram. vaçe bem a visita e informem-se bem de toda a história da mina. Visitem a exposição que está a decorrer no antigo teatro/cinema ( na estrada principal, entre a igreja e a pousada) onde podem ver um filme que conta toda a história das Minas, ver instrumentos usados na exploração e placards informativos sobre a mina, e fotos, muitas fotos!Visitem as minas e o complexo mineiro desde a Corta até ao Pomarão e sinta-se na pele dos quase 3000 mineiros que ali chegaram a trabalhar!

Bem, e no fim deste belo fim de semana de geocachin, BTT e visita às Minas ainda fui colocar uma nova cache ( alusiva a este tema ) e regressámos a Lisboa, não sem antes pararmos em Beja para ir consultar o mail bem no meio da rua, usando a net de quem se deixa “partilhar”![:)]

Cláudio Cortez

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