Ways of the Water.

2 Cotas - 2003/10/06

Boas pessoal.

Como sempre as minhas caçadas são feitas pela tardinha. As manhãs, ao fim de semana, não são nada colaboradoras…
Depois de almoçar, e já com aquele ar de falta de sesta, lá me dispus a abrir o dossier das caches por fazer e descobrir uma com ar jeitosinho para domingo á tarde. Andava a precisar de uma cura. Tinha “comido uma que me tinha deixado um sabor estranho na boca”.
A minha tropa este fim de semana estava reduzida ao essencial, eu para carregar com a tralha e a “maria” para me ir orientando… Não sei como é que ela consegue fazer isso tão bem. Normalmente só pergunta onde é e de quem é. Parece que é para vestir qualquer coisa apropriada. Mas nunca veste, para esta foi de sainha e chinelos e a primeira coisa que disse quando lá chegou é que “devia ter trazido umas calças”.
Chegamos ao local, com o GPS a apontar para o cimo do monte e a dizer alegremente: 300 mts. Apanhei um susto! Pensava que tinha trazido o GPS do Bordeira.
Monte acima, arvores, e o bom do GPS a andar a nora, muda a antena que a coisa melhora. Melhorou mesmo, deve ser por aqui, deve ser por ali, volta para traz, “tens a certeza que esta não é do MAntunes?", sobe ai, desce acolá, “deixa-me prender o cabelo que já fiquei agarrada nos galhos duas vezes”. Tão a ver a cena?
“Ouve lá, se isto é para ser nas Nascentes do Alviela e o barulho da agua vem lá do fundo porque é que estás a subir o monte?” Confesso que fiquei um pouco baralhado, mas aquilo apontava para o outro lado. Safei-me a dizer que só faltavam 5 metros… mentira… De súbito demos com um tipo de maquina fotográfica na mão. No meio das arvores, só silvas, arbustos por todo o lado. Devia ter perdido o modelo…
Lá aparece uma distancia de um só algarismo, caminho é que não. Rastejamos por baixo de um arbusto e ouço-a dizer atras de mim “Dá cá a porcaria do papel!” “Não, fazes mesmo sem papel…” , “Não é para isso, tu deves andar é perdido!”, “Eu? Perdido? Já reparaste que sou eu que tenho o GPS?”. Estava a ficar sem argumentos…
“Ok, chegamos!”, “O ponto Zero é onde?”, “É aqui…” Experimentem dizer isso com ar sério depois de andar meia hora á roda do mesmo arbusto. E quando estendo a mer$#%$#da do aprelhometro á “maria” reparo que ele indica alegremente 5 metros!!
O que vale é que ela faz um ar maternal, olha para mim, para as arvores e sentencia: “deve estar com má recepção!”. È por isso que eu gosto dela…
“Vamos então por a tralha aqui e procurar aqui á volta,”, “ok”
Da próxima vez que a vi, vinha alegremente com um taparuere na mão. Entretanto quando abre aquilo, diz com ar meio enojado: “não é este, este tá cheio de agua!”. “Porquê? Há com outros líquidos? Então vê lá se descobres um com uma cervejola”
… cinco minutos depois…
Tiramos tudo para fora, limpamos a agua, fizemos o log, empacotamos tudo nas saquetas, enfiamos dentro de um saco preto e empanturramos o taparuere com a tralha toda. Desta vez gamamos a maquina fotográfica que lá estava, (que vai ficar mesmo bem na minha próxima cache…), e espetamos lá para dentro adivinhem com quê? Quem não disse “portachaves” tem direito a outra tentativa.
Não faço a mínima ideia onde é que a cache estava, onde ficou e se ficou no mesmo sitio. A “maria” é que a foi esconder outra vez, por isso não garanto nada. As reclamações são para fazer para elviraen@netcabo.pt!
Então vamos lá ver as redondezas…
Bem esta parte já não tem nada a ver com a caçada. Mas sempre vos digo que “fiquei outra vez bem comigo e com as caches.”
O lugar é espectacular, vão lá.

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