As fotos desta aventura vão estar disponíveis brevemente.
Depois de uma semana inteirinha a escalar no “paraíso” com mais dois macacos, bem um macaco e uma macaca (Edmundo e Cláudia), foi ficar com as pontas dos dedos sem pele mas com uma motivação ui… que os blocos são altos… enfim…
No dia de descanso (19/9/6) daquela fantástica climbing trip, lá consegui convencer os meus dois amigos a irmos fazer uma cache no miradouro de junceda, porque era um sítio bonito e tal e eles lá foram comigo… A Cláudia delirou completamente, o Edmundo não gosta muito mas costuma ir comigo e pouco a pouco acho que lhe colocando o bichinho!
No último dia daquela semana maravilha começou a chover, como não podíamos escalar decidimos ir passear para Ponte da Barca (que não tinha nenhuma cache) e ficamos num dilema: eu gostava de ir a Viana, eles também… eu queria ir conhecer os sítios das caches e eles não estavam muito para aí virados então combinamos ir para Viana, eles faziam uma cache comigo e depois iam ver a cidade enquanto eu ia ás outras caches… Como o Edmundo já conhecia Viana, seguimos ir directamente para Sta Luzia, ao chegar como o típico português saca da merenda e do garrafão da pinga e zinga! Depois de uma visita rápida á igreja, seguimos então em direcção ao ponto… Eu lembro-me perfeitamente de ter dito: “pah ainda vamos andar dois quilómetros… fossem aguentam-se? Lol” e eles responderam: “é claro q sim, faz bem andar…” Ok pensei, vamos a isto e deixamos os carros junto ao santuário. A paisagem é espectacular e a ideia de estarmos envoltos na natureza era espectacular, fomos o caminho todo a mandar piadinhas uns aos outros e a imaginar o “potencial dos pseudo blocos” que íamos encontrando. Ainda vimos 2 cavalinhos que andavam ali a passear.. Quando começamos a subir, a malta já ia um bocado cansada e as motivações de cada um já eram diferentes, mas um pouco mais á frente lá estava ela, foi fácil de encontrar e eles adoraram o passeio e eu também! Passei o resto da tarde com eles e á noite resolvemos ficar na pousada da juventude que é dentro de um barco que já foi um hospital (Gil Eanes) . Jantámos e fomos descansar para o barco, um dia sem fazer nada é muito cansativo! Lol
Dia 22 de Setembro (aqui é que começa a história a sério)
Regra geral sou sempre o primeiro a acordar e depois disso não fico muito tempo na cama! Aproveitei que eles estavam a dormir e sorrateiramente fui fazer a cache “the ghost castle”, que já tinha visto que ficava muito perto do barco. Peguei no carro e aí fui eu e como sempre o meu gps escolheu um caminho que realmente achei estranho no meio de uns terrenos cultivados, só via água a saltar lol mas a verdade é que cheguei ao local. Entretanto começou a chuviscar, andei por ali mais um bocadinho a procurar… encontrei!! Começou a chover a sério… agarrei nela e fui fazer o logbook descontraidamente para dentro do carro. Voltei a colocá-la no sítio e voltei para o barco onde encontrei os meus amigos já levantados, desconfiados do que tinha andado a fazer… Depois das arrumações dos costume e de termos tomado o pequeno-almoço, o tempo não tinha melhorado, o queria dizer que não podíamos escalar. Eles decidiram seguir para Lisboa e eu decidi alimentar o bicho do “geocaching”. Fizemos as despedidas e as trocas de stock (tortelini de queijo, tostas, conservas, etc…). Segui em direcção á cache “senhora das areias”, foi fácil dar com ela e houve um daqueles momentos, em que passava na rádio uma das minhas músicas favoritas e eu andava ali a rodopiar que nem um tontinho… foi só rir! Depois de me enganar no caminho algumas vezes, segui para a próxima cache “escape to the mysterious island” mas quando cheguei ao local fui informado que sr. que faz a viagem de barco, estava a pescar mais á frente e como foi naquele dia que ia passar a tempestade seria pouco provável que desse para ir á tal ilha. Tirei daí a ideia e segui para Vila Praia de Âncora onde aproveitei um cybercafé para fazer os logs e ver as próximas caches. Decidi seguir para a Serra da Arga que conheço bastante bem porque sempre que lá vou para escalar está a chover…E esse dia não foi excepção lol A cache chama-se “The secret f st. John’s arganauts” e é um sitio muito bonito. Quando cheguei ao Mosteiro e apesar de estar a chover torrencialmente e estar a ouvir os “raios”, segui para onde apontava o Gps, com apenas um impermeável ligeiro para a parte de cima, escusado será dizer que 3 minutos depois ainda não tinha encontrado a cache e da cintura para baixo já estava ensopado… Passei pelo local onde ela estava duas vezes e só á terceira é que a topei, nem consegui preencher nada… Aproveitei os beirais do Mosteiro para trocar de roupa e segui viagem para a próxima cache “Sra. do Minho”. O caminho não tinha que enganar mas confesso que o facto de estar ouvir os “raios”, estar a chover intensamente e estar um nevoeiro medonho, isso afectou o meu raciocínio e a prova disso, é que cheguei ao local já por volta das 18h, voltei a apanhar uma chuvada enquanto procurava a cache e aquele local naquelas circunstância fazia-me uns certos arrepios (acho que o facto de haver um posto de vigia quase destruído, vandalizado, contribuía para o meu receio). Por outro lado aquele local também tinha um certo fascínio para mim e só viria a descobrir isso no dia seguinte. Antes que o nevoeiro fosse mais denso, decidi seguir para Vila Nova de Cerveira. Já era de noite quando lá cheguei, mas ainda consegui encontrar um restaurante aberto onde não fui nada bem atendido… A seguir fui ao bar do “Myro” local de passagem quase obrigatório sempre que vou a VNC porque se situar na parte histórica da vila (cidade?) e porque já passei grandes histórias quando vinha escalar para ali. Mais uma vez não foi excepção, foram impecáveis, informaram-me onde ficava a pousada da juventude e o ponto mais próximo de Internet. Fui á Internet, fazer os logs e buscar as coordenadas para o próximo dia… Cheguei à pousada da juventude, onde mais uma vez fui muito bem atendido e estendi-me ao comprido….
Dia 23 de Setembro
Não estou certo das horas a que me levantei mas sei que foi cedo! Antes de me ir embora ainda troquei umas impressões com a sra. que estava na recepção da pousada sobre o Geocaching e depois apontei o gps para a cache “rei cervo” que fica mesmo por cima do sitio onde se escala. De gps na mão andei a escorregar de rocha em rocha até lhe chegar, o local está muito bom! Quando a abri estava cheia de água, levei-a para o carro, sequei todos os itens e voltei a colocá-la no sítio! Levei o TB “metro do amor” que me deu logo a opção “loser” e horas mais tarde “hunt” lol
Estava num dilema maquiavélico porque queria voltar a cache “sra. do Minho” mas teria que fazer um desvio de gigante, então no caminho ia: vou, não vou, vou, não vou….. até que decidi ir e realmente tive uma visão bem diferente da que tinha tido no dia anterior. Não havia tantas nuvens no céu o que permitiu observar a fantástica vista e aquele local revelar-se realmente mágico….. O facto de não estar a chover fez com que procurasse pela cache mais descontraidamente e consegui ainda visitar as capelinhas… Vi as antenas e as ventoinhas que não imaginava que estivessem ali… Aproveitei o parque de merendas mais abaixo para cozinhar o almoço: tortelini com atum e lulas, xi fiquei cheio!
Segui em direcção a Castro Laboreiro, onde aproveitei o Posto de Turismo para fazer os logs e procurar as próximas coordenadas. Como tinha começado a chover e entretanto parou dei uma corridinha até ao castelo para fazer a cache “Castelo de castro Laboreiro” onde já tinha estado uma vez, mas como tinha o datum errado num cheguei a encontrá-la. Desta vez foi fácil de encontrá-la e consegui finalmente ver-me livre do TB “Love Meter” que a meio da viagem começou a fazer uns barulhos e desde então nunca mais se calou lol. Para acabar a noite em grande decidi jantar num dos restaurantes de castro Laboreiro, onde comi um belo bacalhau á lagareiro com batatas a murro (por falar em murro estava quase a espancar o empregado que me queria vender uma garrafa das grandes de alvarinho com o argumento de que eu conseguia beber aquilo tudo….) e um vinhinho de amares. Depois de “atestado” segui em direcção a Lamas de Bouro, onde iria dormir no parque de campismo (normalmente não fico nem em tendas nem em parques de campismo mas estava um temporal do catano). Montei a tenda, fui ao bar confraternizar e fui dormir, não foi difícil adormecer… Esqueci-me de referir que no parque só estavam os donos e eu, por isso foi tranquilo…
continua…..
14 responses so far ↓
1 touperdido // Oct 8, 2006 at 16:18
Dia 24 de Setembro
Mais uma vez acordei com as galinhas que é como quem diz, acordei cedo…; Depois de alguma conversa sobre Geocaching com o dono do parque de campismo que me disse que á pouco tempo tinha estado com um casal que também fazia geocaching (rifkindsss) e que havia uma cache em ribeira de baixo…; era precisamente essa cache “fronteira de baixo” que eu queria fazer…;. Depois de mais algumas perguntas sobre a localização de outras caches no Gerês, segui viagem em direcção á dita cache! Por curvas contra curvas…; caminhos em que só passa um carro…;estradas sem saída…;
Consegui estacionar o carro relativamente perto da cache. Raios! Não para de chover! Como já tinha pouca roupa para mudar, achei que o mais conveniente era vestir o menos possível e assim fiz…; No caminho encontrei uma senhora de “muita idade” e expliquei-lhe muito rapidamente e sem grandes detalhes o que andava ali a fazer, para não pensar que vinha ali com más intenções (gosto de deixar tudo bem esclarecido), falaDia 24 de Setembro
Mais uma vez acordei com as galinhas que é como quem diz, acordei cedo…; Depois de alguma conversa sobre Geocaching com o dono do parque de campismo que me disse que á pouco tempo tinha estado com um casal que também fazia geocaching (rifkindsss) e que havia uma cache em ribeira de baixo…; era precisamente essa cache “fronteira de baixo” que eu queria fazer…;. Depois de mais algumas perguntas sobre a localização de outras caches no Gerês, segui viagem em direcção á dita cache! Por curvas contra curvas…; caminhos em que só passa um carro…;estradas sem saída…;
Consegui estacionar o carro relativamente perto da cache. Raios! Não para de chover! Como já tinha pouca roupa para mudar, achei que o mais conveniente era vestir o menos possível e assim fiz…; No caminho encontrei uma senhora de “muita idade” e expliquei-lhe muito rapidamente e sem grandes detalhes o que andava ali a fazer, para não pensar que vinha ali com más intenções (gosto de deixar tudo bem esclarecido), falamos os dois durante uns minutos e a sra, também percebeu a minha honestidade e disse-me logo: “se precisar de alguma coisa, comida…;, venha ali acima comigo”, agradeci e continuei a minha procura, passei a ponte cuidadosamente e optei pelo caminho da direita. Lembro-me que apesar da chuva andava um senhor da aldeia a cultivar a terra, ele olhou para mim estranhamente, eu disse algo como um “boa tarde” caloroso e continuei. Liguei o gps, andei para trás e para frente mas achava que o local que me estava a dar, estava com muito mato, não deveria ser ali…; recebi a mensagem de falta de bateria e a partir daí nunca mais ligou! Tou feito ao bife! Restava-me ler a dica e alguma imaginação…; Dei com ela! Abri a caixa coloquei a data e o nick e não escrevi mais nada senão encharcava aquilo tudo! Voltei a colocar tudo como estava e regressei ao carro. Ali não havia telheiros para mudar de roupa…; Tive que deixar a roupa cá fora e saltar rapidamente para dentro do carro…;. Não me lembro de um dia que tenha chovido tanto…;. Regressei ao parque de campismo para comprar pilhas e depois segui em direcção ao “paraíso” onde fui colocar a minha segunda cache “No Reino dos Burii”, fiz as anotações, tirei as fotos e escondi o tupperware.. Saí daquele local com alguma nostalgia, já era a segunda semana que tinha estado ali a “abrir blocos” e é impossível não se ficar maluco com tanta rocha…;. Segui em direcção a Braga onde me encontrei com a amiga da escalada “lenita” que juntamente com casal amigo, fomos a um cyber café fazer os logs e ver as caches existentes em braga. Optei por fazer a multi-cache “Braga por um canudo”, mas como já chegamos á micro de noite, não a encontrámos, no sítio mais óbvio não estava e por isso decidimos desistir. Despedi-me da lenita e dos amigos e segui em direcção a Sto. Tirso para fazer a cache “valinhas”. Já tinha estado neste local, mas mais uma vez com o datum errado, mas foi bom porque fiquei a conhecer o sítio. Quando cheguei ao local já era de noite escura e tinha previsto que se encontrasse carros ao pé da ponte, não faria a cache, porque o local era escuro como breu e sabe-se lá quem é que anda ali aquela hora! De frontal ligado lá fui em direcção á cache…; como tinha chovido muito havia muita água a correr, o barulho era intenso e o cheiro a eucalipto invadiu-me os pulmões…;. Depois de muito subir e de alguma procura dei com a cache! Quando vinha a descer, vi dois olhinhos a brilharem no escuro, ui! fiquem todo arrepiado e agarrei logo num pau, mas o "animal" tinha mais medo de mim, do que eu dele… Foi andando, quase a correr até ao carro e sempre a olhar para trás não fosse o bicho atacar lol. Cheguei ao carro e fiz um telefonema para o amigo Marco Inácio (MrTupper e Ms.Ware, a esposa), para saber se vinham a caminho de casa, para nos encontrarmos para fazermos uma caçada juntos ou para bebermos um cafezinho…;
Inicialmente a ideia era encontrarmo-nos a meio caminho, mas depois pensei que até seria melhor encontrarmo-nos em Vila do Conde, onde existem 2 caches do Marco.
Encontramo-nos por volta da 1h da manhã num bar perto da cache “Forte de S. João Baptista”, onde eu jantei na companhia do Marco e da Mónica e fomos juntos fazer a referida cache! Como ficava em caminho fizemos também a cache “Nossa Senhora do Socorro” mais uma excelente cache do marco e da Mónica, que me deixou a pensar…; lol Como já estávamos um bocadinho molhados, ainda demos um tiro na cache “Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição” que também correu muito bem, porque aquela hora já não andava ninguém na rua.. Chegámos a casa do Marco e fiquei por lá a dormir, mais uma vez e como sempre com um serviço de luxo, a que estes amigos já me habituaram…;
Dia 25 de Setembro
Levantámo-nos por volta das 10h, fomos a um cyber café para eu fazer os logs e retirar as próximas coordenadas e partimos para algumas caches que o “marquinchi” já tinha feito por serem próximas a Vila do Conde. A primeira da manhã foi, “Lenda de S. Pedro de Rates” que não ofereceu grande dificuldade depois seguiu-se “Monte de S. Félix” que por ser multi deu um bocadinho mais de trabalho, mas depois a chegada á cache final foi acessível…;. Seguiu-se a cache “Lagoa Negra” que apesar de não darmos com o caminho á primeira e de termos andado nos meios dos fetos com o gps do marco e o meu a “marcarem valores e direcções diferentes”, no local onde me deu o ponto zero, apesar de só me ter apercebido quando a encontramos, já tinha estado em cima dela lol
Com os estômagos a dar horas, ainda passamos por um local que marco está a equipar para escalar que fica perto da sua futura casa, com um excelente aspecto em termos de terreno e de vias e claro que para colocar uma cache também! Lol
Seguimos em direcção a uma pizzaria a caminho de Vila do Conde (Maricedo) onde nos empanturramos de pizza. Ui estava delicioso…;
O Marco tinha afazeres da parte da tarde e eu também me tinha que pirar para ir ter com os meus pais (senão lá vem aquela conversa do filho desnaturado…; lol) Como estava relativamente perto o Marco aconselhou-me a fazer a cache”Castro de S. Paio” e aí fui eu…; O local é realmente muito agradável e como quando vou ao norte é sempre para escalar até me esqueço das praias…; Ao marcar as coordenadas no gps tinha dúvida entre um numero que escrevi se seria 4 ou 9, como o local onde procurava parecia não ter locais para esconder o que quer que fosse decidi alterar o numero e era realmente um 9. Foi relativamente fácil de dar com a cache e o mais difícil foi retirá-la do sítio sem dar nas vistas (lembro-me sempre de um post q vi algures, em que o geocacher aparece sempre com ar estranho a disfarçar a coisa e que quem vê parece que estamos a traficar droga…; lol). Segui calmamente para Coimbra onde tinha previsto fazer a cache das “ruínas de conimbriga”. Cheguei ao local do estacionamento propriamente dito, mas achei que ainda não estava suficientemente perto e isto porque não li atentamente o texto ou seja não fazia ideia onde é que estava a cache…; Andei por uns caminhos manhosos que não sei como fiz, mas fui dar mesmo dentro das instalações, onde teoricamente não dá para passar um carro. Achei que já estava a inventar demais, desisti de fazer esta cache e segui para a cache “Moinho do Outeiro”.
Cheguei ao local por volta das 22h e foi fácil de dar com a cache! A vista é espantosa apesar de haver algum nevoeiro e só se verem as luzinhas…; Segui em direcção a Leiria, com a intenção de ainda conseguir fazer a cache “A criança que veio do passado” mas tive de parar e dormir, porque já estava naquela fase de não saber se estava acordado ou se estava a sonhar que estava acordado lol Estacionei o carro junto á zona industrial de Andrinos onde já tinha trabalhado há cerca de 7 anos e adormeci.
Dia 26 de Setembro
Escusado será dizer que acordei cedo e com “a pica toda” para fazer esta cache! Foi fácil dar com o “lapedo”, o mesmo já não posso dizer em relação ao posicionamento da cache…; mas encontrei! Depois segui em direcção a Ourém, onde finalmente me encontrei com os meus pais. Os dias seguintes foi um misto de geocaching com convívio familiar…;
Quando comecei a escrever este texto não pensei sinceramente que tivesse estas dimensões…; A verdade é que hoje em dia o geocaching tal como a escalada faz parte da minha vida e cada dia há um desafio diferente….
mos os dois durante uns minutos e a sra, também percebeu a minha honestidade e disse-me logo: “se precisar de alguma coisa, comida…;, venha ali acima comigo”, agradeci e continuei a minha procura, passei a ponte cuidadosamente e optei pelo caminho da direita. Lembro-me que apesar da chuva andava um senhor da aldeia a cultivar a terra, ele olhou para mim estranhamente, eu disse algo como um “boa tarde” caloroso e continuei. Liguei o gps, andei para trás e para frente mas achava que o local que me estava a dar, estava com muito mato, não deveria ser ali…; recebi a mensagem de falta de bateria e apartir daí nunca mais ligou! Tou feito ao bife! Restava-me ler a dica e alguma imaginação…; Dei com ela! Abri a caixa coloquei a data e o nick e não escrevi mais nada senão encharcava aquilo tudo! Voltei a colocar tudo como estava e regressei ao carro. Ali não havia telheiros para mudar de roupa…; Tive que deixar a roupa cá fora e saltar rapidamente para dentro do carro…;. Não me lembro de um dia que tenha chovido tanto…;. Regressei ao parque de campismo para comprar pilhas e depois segui em direcção ao “paraíso” onde fui colocar a minha segunda cache “No Reino dos Burii”, fiz as anotações, tirei as fotos e escondi o tupperware.. Saí daquele local com alguma nostalgia, já era a segunda semana que tinha estado ali a “abrir blocos” e é impossível não se ficar maluco com tanta rocha…;. Segui em direcção a Braga onde me encontrei com a amiga da escalada “lenita” que juntamente com casal amigo, fomos a um cyber café fazer os logs e ver as caches existentes em braga. Optei por fazer a multi-cache “Braga por um canudo”, mas como já chegamos á micro de noite, não a encontrámos, no sítio mais obvio não estava e por isso decidimos desistir. Despedi-me da lenita e dos amigos e segui em direcção a Sto. Tirso para fazer a cache “valinhas”. Já tinha estado neste local, mas mais uma vez com o datum errado, mas foi bom porque fiquei a conhecer o sítio. Quando cheguei ao local já era de noite escura e tinha previsto que se encontrasse carros ao pé da ponte, não faria a cache, porque o local era escuro como breu e sabe-se lá quem é que anda ali áquela hora! De frontal ligado lá fui em direcção á cache…; como tinha chovido muito havia muita água a correr, o barulho era intenso e o cheiro a eucalipto invadiu-me os pulmões…;. Depois de muito subir e de alguma procura dei com a cache! Quando vinha a descer, vi dois olhinhos a brilharem no escuro, ui! fiquem todo arrepiado e agarrei logo num pau, mas o "animal" tinha mais medo de mim, do que eu dele… Foi andando, quase a correr até ao carro e sempre a olhar para trás não fosse o bicho atacar lol. Cheguei ao carro e fiz um telefonema para o amigo Marco Inácio (MrTupper e Ms.Ware, a esposa), para saber se vinham a caminho de casa, para nos encontrarmos para fazermos uma caçada juntos ou para bebermos um cafezinho…;
Inicialmente a ideia era encontrarmo-nos a meio caminho, mas depois pensei que até seria melhor encontrarmo-nos em Vila do Conde, onde existem 2 caches do Marco.
Encontramo-nos por volta da 1h da manhã num bar perto da cache “Forte de S. João Baptista”, onde eu jantei na companhia do Marco e da Mónica e fomos juntos fazer a referida cache! Como ficava em caminho fizemos também a cache “Nossa Senhora do Socorro” mais uma excelente cache do marco e da Mónica, que me deixou a pensar…; lol Como já estávamos um bocadinho molhados, ainda demos um tiro na cache “Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição” que também correu muito bem, porque áquela hora já não andava ninguém na rua.. Chegámos a casa do Marco e fiquei por lá a dormir, mais uma vez e como sempre com um serviço de luxo, a que estes amigos já me habituaram…;
Dia 25 de Setembro
Levantámo-nos por volta das 10h, fomos a um cyber café para eu fazer os logs e retirar as próximas coordenadas e partimos para algumas caches que o “marquinchi” já tinha feito por serem próximas a Vila do Conde. A primeira da manhã foi, “Lenda de S. Pedro de Rates” que não ofereceu grande dificuldade depois seguiu-se “Monte de S. Félix” que por ser multi deu um bocadinho mais de trabalho, mas depois a chegada á cache final foi acessível…;. Seguiu-se a cache “Lagoa Negra” que apesar de não darmos com o caminho á primeira e de termos andado nos meios dos fetos com o gps do marco e o meu a “marcarem valores e direcções diferentes”, no local onde me deu o ponto zero, apesar de só me ter apercebido quando a encontramos, já tinha estado em cima dela lol
Com os estômagos a dar horas, ainda passamos por um local que marco está a equipar para escalar que fica perto da sua futura casa, com um excelente aspecto em termos de terreno e de vias e claro que para colocar uma cache também! Lol
Seguimos em direcção a uma pizzaria a caminho de Vila do Conde (Maricedo) onde nos empantorramos de pizza. Ui estava delicioso…;
O Marco tinha afazeres da parte da tarde e eu também me tinha que pirar para ir ter com os meus pais (senão lá vem aquela conversa do filho desnaturado…; lol) Como estava relativamente perto o Marco aconselhou-me a fazer a cache”Castro de S. Paio” e aí fui eu…; O local é realmente muito agradável e como quando vou ao norte é sempre para escalar até me esqueço das praias…; Ao marcar as coordendas no gps tinha dúvida entre um numero que escrevi se seria 4 ou 9, como o local onde procurava parecia não ter locais para esconder o que quer que fosse decidi alterar o numero e era realmente um 9. Foi relativamente fácil de dar com a cache e o mais difícil foi retirá-la do sítio sem dar nas vistas (lembro-me sempre de um post q vi algures, em que o geocacher aparece sempre com ar estranho a disfarçar a coisa e que quem vê parece que estamos a traficar droga…; lol). Segui calmamente para Coimbra onde tinha previsto fazer a cache das “ruínas de conimbriga”. Cheguei ao local do estacionamento propriamente dito, mas achei que ainda não estava suficientemente perto e isto porque não li atentamente o texto ou seja não fazia ideia onde é que estava a cache…; Andei por uns caminhos manhosos que não sei como fiz, mas fui dar mesmo dentro das instalações, onde teoricamente não dá para passar um carro. Achei que já estava a inventar demais, desisti de fazer esta cache e segui para a cache “Moinho do Outeiro”.
Cheguei ao local por volta das 22h e foi fácil de dar com a cache! A vista é espantosa apesar de haver algum nevoeiro e só se verem as luzinhas…; Segui em direcção a Leiria, com a intenção de ainda conseguir fazer a cache “A criança que veio do passado” mas tive de parar e dormir, porque já estava naquela fase de não saber se estava acordado ou se estava a sonhar que estava acordado lol Estacionei o carro junto á zona industrial de Andrinos onde já tinha trabalhado à cerca de 7 anos e adormeci.
Dia 26 de Setembro
Escusado será dizer que acordei cedo e com “a pica toda” para fazer esta cache! Foi fácil dar com o “lapedo”, o mesmo já não posso dizer em relação ao posicionamento da cache…; mas encontrei! Depois segui em direcção a Ourém, onde finalmente me encontrei com os meus pais. Os dias seguintes foi um misto de geocaching com convívio familiar…;
Quando comecei a escrever este texto não pensei sinceramente que tivesse estas dimensões…; A verdade é que hoje em dia o geocaching tal como a escalada faz parte da minha vida e cada dia há um desafio diferente….
2 ricardorsilva // Oct 8, 2006 at 19:42
Uma grande viagem de geocaching (pós-escalada!)!
Lynx Pardinus
P.S- "o local é escuro como breu e sabe-se lá quem pode andar ali aquela hora" – como, por exemplo, um tipo de frontal na cabeça à procura de um tupperware!!!
3 btrodrigues // Oct 8, 2006 at 22:37
bom artigo para colocar no forum (ao contrário de algumas coisas sem sumo e sem sal e sem nada de jeito que ultimamente se tem visto por aí). parabéns desde já.
que sirva de exemplo.
quanto à aventura… ui… invejo o pessoal que tem tempo para andar assim à deriva a fazer o que lhe dá na cabeça e que adora fazer (escalada) e que tem um plano B ideal (geocaching) quando não há condições…
votos de continuação de boas aventuras!
4 touperdido // Oct 8, 2006 at 23:28
Obrigado pelos vossos posts!
Cá vai o link onde estão as fotos desta aventura… Posteriormente este link vai ter também as fotos das ultimas caçadas..
http://www.socurtir.com/geo.html
Rui Duque
5 Silvana // Oct 9, 2006 at 09:59
Parabéns!
Isso é que foram umas férias porreiras!.. 🙂 E pelo que contas, bastante divertidas!… Apesar do mau tempo, houve mta perseverança!… Tantas caches feitas!!!!!!
Silvana & Co
6 rebordao // Oct 9, 2006 at 10:57
Isto é o que dá não tomar a medicação 😉
7 lamas // Oct 9, 2006 at 11:10
Só posso dizer – Rui, meu ganda maluco… pá…
Ganda aventura…
8 danieloliveira // Oct 9, 2006 at 19:52
…é que arranjas tempo para escrever tanta coisa, escalara tanta pedra, colocar caches em sítios impossíveis e ainda ter tempo para trabalhar? 🙂
Gostei do relato – soube 5*.
Estou a gostar de te ver tão activo no GC. Don´t ever change. Keep it up if you have the stamina…..:)
9 Cachapim // Oct 9, 2006 at 21:51
Até me falta o fôlego só de ler o relato! Bem-aventurados os que não têm medo das alturas… e os que têm vontade de procurar caches à noite, à chuva, sozinhos. Que inveja!
Parabéns, pá, e olha que já tenho os Burii e a Anicha na lista!
P.S.: Não consigo é ver as fotos. Verifica o último "\\" , é capaz de ser um "/". http://www.socurtir.com/Geo\\Arga.jpg
10 touperdido // Oct 10, 2006 at 01:18
Obrigado a ambos pelos comentários!
Em relação ao tempo, como sabes tenho sempre imensas coisas pra fazer no meu trabalho e é precisamente por isso que vou sair! Antigamente já escalava todos os dias e hoje em dia vivo trabalho, respiro trabalho e gosto de trabalhar mas existem algumas coisas boas que tenho saudades de fazer e que já fazia antes de começar a trabalhar, é verdade que com as responsabilidades vem também outras compensações (nomeadamente monetárias) mas isso não é tudo e se agora enquanto sou novo não escalo vou escalar quando?
À dias comentava com o rebordão que neste momento sinto um grande entusiasmo pelo geocaching e pelas pessoas com quem me relaciono (e a culpa é do Daniel e do PH), não está ao nível daquilo que sinto em relação á escalada mas realmente dá-me um gozo do caraças.. ainda hoje estava a combinar com os "macacos" da história anterior o "halowen" e eles perguntavam-me se me ia mascarar de tupperware! lol fartei-me de rir!
Em relação ao site alguns "browsers" não lêem as barras ao contrário, já não és o primeiro a comentar esse facto, mas obrigado pela dica!
Fiquem Bem!
Rui Duque
11 danieloliveira // Oct 10, 2006 at 14:03
Eu nego qualquer responsabilidade neste assunto:)
12 Silvana // Oct 11, 2006 at 09:17
Já tens as fotos disponiveis para o pessoal se roer de inveja?!… 😉
13 clcortez // Oct 11, 2006 at 19:26
Ó Rui…quando é que o Edmundo se regista no Geocaching? Afinal ele já fez umas quantas caches!
E em paralelo..quando é que tu vais fazer umas grutas connosco?:)
Tenho que ver se falo com ele…bem que podíamos combinar qq coisa todos!
Cláudio Cortez
14 touperdido // Oct 11, 2006 at 21:27
Em relação ás fotos está no link mais acima e já lá estão também as férias da escalada se quiserem ver!
Acho que o Edmundo não tem muito interesse em se registar além do mais ele não consulta muito a internet e não é por falta de convite!
Em relação às grutas, á muito tempo fiz o nivel 2 (se não me engano) e era a minha actividade de eleição antes da escalada. Hoje em dia vou muito raramente á grutas… Mas tenho pena porque me agrada imenso entrar no desconhecido… Só para teres uma ideia tenho na manga a próxima cache ser numa gruta…
Temos de combinar isso… Neste fds vou escalar em Torres Novas que é muito perto de onde vocês fazem as vossas descidas…
Let the force be with you!
Rui Duque
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