Turistrela

blue_trekkers - 2007/03/15

Estava eu em casa a recuperar de uma valente queda a fazer BTT no domingo passado, quando resolvi consultar o site da Turistrela (www.turistrela.pt) para tentar saber quando abrem as pistas de down-hill que a Vodafone explora durante o Verão.

Para quem não sabe, a nossa estância de Inverno "Vodafone 2000", acabada a época de desportos de neve – snowboard, skú (essa modalidade nacional) e afins – transforma-se, qual abóbora da Cinderela, no Vodafone Bike Park.

O que me despertou a atenção foi o facto de a Turistrela promover o Geocaching como sendo uma "actividade desenvolvida com o intuito de ser mais um serviço por nós (Turistrela) prestado aos nossos clientes".
Ficam também a saber que "as coordenadas são obtidas nas recepções do Hotel Serra da Estrela, Varanda dos Carqueijais e Estância de Esqui Vodafone".

Não que me importe de ver este desporto a ser promovido, mas daí a ver uma entidade como a Turistrela a "adoptar" todas a caches que lá existem.. bom.. será que são eles também a fazer a manutenção das mesmas?

Saudações
Nuno (blue_trekkers)

(para verem a noticia no site vão a www.turistrela.pt e depois cliquem em actividades)

13 responses so far ↓

  • 1 HDV // Mar 15, 2007 at 14:53

    Da leitura do texto eu depreendi que o que eles fizeram nao tera sido "adoptar em massa" como suas – retirando o devido merito aos owners, tendo como mobil interesses mercantilistasm – as caches na zona da Estrela que conhecemos por estarem registadas no geocaching.com mas sim que terao, aproveitando o modelo do jogo, colocado eles proprios umas tantas caches que nao estarao registadas no site oficial mas cujas coordenadas serao apenas fornecidas aos seus clientes.
    A ser o caso nao se ve onde esteja o mal; embora a explicaco no sitio pudesse estar mais clara.

  • 2 HDV // Mar 15, 2007 at 15:50

    “A propos”, perdoem qualquer propensao para as digressoes abusivas, mas um questao que com frequencia se coloca entre nos no que a hobbies toca é o afloramento de certo desiderato de moral catolica na nossa cultura que faz com, com um pulo da cadeira, a indignacao facilmente advenha e “prazer” e “diversao” nao possam, nunca, por tabu, ser remotamente associados aos campos semanticos do “lucro”, “comercio” ou “dinheiro” – este, se alguma vez é chamado, é quando se “gasta”, se “sacrifica”, se “expia”, se da em “esmola” e embranquece como coisa de natureza suja ao confessar publicamente, com um (por vezes nao tao contido) mea culpa de gabarolice, a aquisicao do GPS XPTO, do cachemobile 4×444 OTPX e assim sucessivamente…

    Ocorre-me o exemplo do caso canalha do nosso amigo que se lembrou um dia – coisa inaudita – de se por a vender Travel Bugs e outros gadgets numa loja em Portugal e, por sinal – o rematado sacana – no centro de Lisboa, com a maxima conveniencia para – e nas barbas mesmo de – boa fatia dos utilizadores deste sitio. Antes que alguem se lembrasse de lhe agradecer (ou muito menos de lhe recorrer aos servicos), caiu-lhe o Carmo e a Trindade em cima com pretextos porque, entre outros, veio o infame poluir o esporte com o amor ao tostao sendo que, afinal, “mandar vir do estrangeiro” – por pouco pratico; por mais lento; pelo nada que aproveite a economia do pais; pelo mais caro mesmo que possa ser – e certamente uma das componentes “ecleticas” da coisa e da manutencao de certo proselitismo que a anima; de onde, alias, tambem, o sistematico e “reaca” lamento do “antigamente” e de como nos velhos tempos “em que eramos poucos” e que isto era bom; e eramos todos santos; e o geocaching praticado muito mais Omo, muito mais alvo e muito mais puro.

    Um dia – talvez – se podera chegar a entender que a capacidade de gerar lucro e dinheiro sao optimos sinais; a prova e a pedra de toque do desenvolvimento e do aperfeicoamento de quaisquer actividades, mesmo as ludicas. Ha-de ser o dia – se chegar – em que desbloquearemos e poderemos recuperar qualquer especie de crescimento e convergencia e outras preocupacoes grandiloquentes que para aqui nao sao agora chamadas…

  • 3 2 Cotas // Mar 15, 2007 at 16:01

    …sái mais uma imperial e um prato de alcagoitas pró senhor que acaba de entrar.

  • 4 MAntunes // Mar 15, 2007 at 18:10

    Sem querer entrar em qualquer  discussão sobre o assunto, não me parece que as caches referidas tenham sido publicadas no geocaching.com, à parte uma multi-cache que é conhecida e que terá sido a primeira publicada por aquela entidade.

    Isto porque, a afirmação "as coordenadas são obtidas nas recepções", contraria as actuais guidelines que referem que todos os elementos para procurar uma cache devem estar presentes na página da mesma, não sendo, assim, permitidas caches que obriguem a pesquisar sites de terceiros para obter as coordenadas ou caches em que as coordenadas sejam dadas directamente pelo owner.

    Isto, claro está, para caches aprovadas desde hà cerca de dois anos. Para caches mais antigas, que têm tido problemas de manutenção e/ou cujas coordenadas não podem ser alteradas, foi permitido o envio directo de novas  coordenadas a quem forneça as anteriores.

  • 5 btrodrigues // Mar 15, 2007 at 18:59

    Ouvi dizer que existem algumas geocaches não aprovadas (leia-se submetidas mas não publicadas) devido ao facto de usarem/abusarem de publicidade à Turistrela (o que vai contra as guidelines).

    A utilização do termo "geocaching" com fins comerciais e não autorizados pela groundspeak é indevida. Lawsuit anyone?

  • 6 HDV // Mar 16, 2007 at 08:30

    1) A Groundspeak reclama os direitos de propriedade dos logotipos que criou mas nao parece fazer grande finca pé no termo “geocaching” (ver http://www.geocaching.com/about/logousage.aspx).

    2) Uma pesquisa da marca “Geocaching” no
    United States Patent and Trademark Office confirma o registo como “typed drawing” (ver: http://tess2.uspto.gov/bin/gate.exe?f=searchss&state=ujlh96.1.1)

    3) A questao dos direitos sobre o uso da palavra “geocaching” estara sempre longe de polemica, tendo presente que o termo ja existia antes da empresa (ver por ex. http://geocaching.gpsgames.org/history/).

    4) Achar que se tem de pedir a Groundspeak autorizacao para usar a palavra “geocaching” faz tanto sentido como acreditar por ex. que para anunciar um jogo de “Futebol” entre solteiros e casados no panfleto que anuncia, a par da quermesse, o programa da festa da terreola obriga a pedir autorizacao a FIFA.

    5) Em qualquer caso, nao e certo que o registo nos EUA se aplique a uma empresa sedeada e com actividade em Portugal.

    6) Independentemente do resto, que uma empresa tenha, usando os seus meios, a iniciativa de incorporar uma actividade de ar-livre analoga ao “geocaching” nos seus servicos parece saudavel.

  • 7 SUp3rFM // Mar 16, 2007 at 10:24

    Conforme o Bruno refere, também a mim me confirmaram isso mesmo. Eles submeteram um conjunto de caches para publicação no gc.com que, ao que parece, foram negadas por conterem declaradamente fortes ligações comerciais com a empresa, Turistrela.

    Sem saber mais, posso pensar que provavelmente essas mesmas caches estão a ser utilizadas por eles, para difundirem o geocaching através do meio que anunciam.

    Eventualmente, outras caches publicadas no gc.com podem estar incluídas neste "bolo", apresentadas a um cliente da Turistrela.

    A única coisa que vejo de errado nesta situação é uma eventual passagem da ideia de que é necessário adquirir algo à Turistrela para se conhecer o geocaching. No entanto, quem começar a fazer geocaching através das tais caches não publicadas, vai cedo perceber que o método é outro.

    Reparem, como é que um recém-geocacher vai reclamar um smiley por ter encontrado uma caches deles, não listada no gc.com? 🙂

    SUp3rFM

  • 8 blue_trekkers // Mar 16, 2007 at 12:26

    Curioso ver como as coisas escritas num forum podem escalar tão facilmente quando a intenção é ter uma pequena "conversa de café"

    Quando eu (Teresa) vi o site da turistela, sem ter discutido o assunto antes com o Nuno (portanto sem ter em conta ainda a opinião dele) fiquei com a ideia que os senhores da turistela estavam a *vender* um serviço chamando-lhe geocaching, dizendo que no ambito deste serviço colocaram diversas caches na serra da estrela.

    Fui ao geocaching.com e constatei que havia um utilizador chamado turistela, que encontrou 2 caches, não colocou nenhuma e ainda por cima tem um TB raptado, já que já está na sua posse desde maio do ano passado.

    Ao ver isto a minha interpretação foi logo que, pelo texto que está no site da turistela, os senhores estavam a dizer que as caches da serra da estrela tinham sido colocadas por eles – o que seria um grande desrespeito para com os owners dessas caches.

    Se afinal os senhores colocaram caches deles, mas que não foram aprovadas e como tal não estão no geocaching.com, então para mim não faz sentido chamarem-lhes caches e dizerem que fazem parte desse "jogo em expansão mundial" chamado geocaching. Que lhes chamem tesouros e caça ao tesouro, ou o que quiserem.  

    Já agora, nós não temos nada contra a turistela, até gostamos das actividades que eles se esforçam por fazer para dinamizar a serra da estrela – se não fossem tão caras até lá iamos mais vezes 🙂

  • 9 MAntunes // Mar 16, 2007 at 13:45

    Estava convencido que já tinha visto uma cache deles publicada hà tempos, quando apareceram… mas foi confusão minha, talvez por terem dito neste tópico que já tinham tudo preparado para uma mega colocação de caches na serra…

    PS: Eles, no seu site, não utilizaram apenas o nome do geocaching; utilizaram também o nome do geocaching.com e apresentaram um link para  www.geocaching.com, usando assim de todo o seu conteúdo para apresentar o geocaching aos visitantes do seu site. Assim, estão sujeitos a cumprirem as guidelines do geocaching.com em vigor no momento em que submetem uma cache. Penso eu…

  • 10 vsergio // Mar 16, 2007 at 17:26

    espera lá. já percebi!
    a outra discussão 4×4 deve vir daqui. Certo? Ou não.
    epá, tenho que ler este artigo também…

  • 11 HDV // Mar 17, 2007 at 11:37

    Pois  é vsergio. Convem atentar na sequencia dos eventos. O instante higiénico do sr. Diamantino, a que aludes como “a outra discussao”, nasce da visivel – mas nao inedita, antes ja habitual – furia deste que, espumando, sofrego, fora de si, sem chegar a pronunciar uma unica palavra sobre o que aqui de facto estava em debate, decide lancar a habitual cortina de fumo, impulsionado, nao pela vontade de aflorar seriamente qualquer assunto – do que é resolutamente incapaz -, mas antes pela ansia de, desviando a atencao, destilar a bilis e o rancor de que esta amplamente cheio por razoes que so ele sabera explicar – se é que alguma explicaco poderao ter.
    Adiante.

  • 12 MAntunes // Mar 17, 2007 at 16:27

    Isto, assim, nunca mais vai acabar… 🙁

  • 13 NFreitas // Mar 17, 2007 at 18:07

    Passar a DEFCON 1!

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