A ideia é todos podermos aprender com os erros dos outros.
Bem, com os erros não, mais com as experiências! Que nisto há amor próprio e por isso convém manter a coisa controlada.
Então as minhas barracas são:
1ª – A SpaceAce #3, fui lá armado em herói e quando cheguei fiquei a olhar. O RicardoB tinha-me dado as coordenadas e eu acelerei direito a cache. Despistei-me. Ficava a 100 mts do hotel onde eu estava… se lá estivesse. Tinha sido arquivada! Aprendi que não se vai para as caches sem as papeletas. Ainda hoje ando a retirar os borbotos das calças.
2ª Boca do Inferno. Nem de propósito! A seguir aprendi que não bastam as papeletas!
O nosso amigo Mantunes tinha andado com a cache ás costas e mudou-lhe o sitio. Ainda por cima com uma desculpa qualquer meio manhosa, “… a humidade…”, “…é perigoso…”, “…portão fechado…”, “…bilhete pré-comprado…”, “… engordou…”! E eu agarrado á papeleta desactualizada. Toda a gente a ver, até se organizavam excursões. Duas velhotas perguntaram-nos qual era o nosso hospital.
De tal maneira que a minha sobrinha ficou traumatizada. Duas horas de rabo pró-ar na Boca do Inferno á procura da cache que está a milhas. Coitada da pequena. Depois disso já ajudou a encontrar umas duas ou três, mas ainda olha para mim de uma maneira demasiado confrangedor.
3ª Centro Geodésico de Portugal. Outra do nosso amigo… Mas esta, vá lá… tava a chover de tal maneira que nem sequer lá fui. Fiquei a olhar do carro. Mais de 500km para fazer uma cache e nesse preciso momento cai uma carga de agua que nem vos digo nada. A “maria” prometeu-me este mundo e outro se não perdêssemos mais tempo! Pagou tudo… Mas sempre lá quero ir ver se a cache ardeu ou se sou eu que tenho que lhe pegar fogo. (A ele!).
4ª The gift which turned out into a cache. Adivinhem lá de quem é esta? E depois ainda me dizem que isto é uma actividade saudável… Terapêutica vá que não vá…
E depois, caí na asneira de levar uma cunhada e a mãe. Imaginem o melão. Diz-me o senhor depois: ”… afinal o GPS…”, “… parede muito alta…”, “… obras…”. Em obras meto-o eu se isto continua assim. 3 de seguida! Mas eu prometo-lhe que vou lá segunda vez e se não as encontrar deito-lhas fora, juro. Vai andar de gatas de ecoponto em ecoponto a catar os restos.
5ª Fraga da Pena. Se ninguém a tinha encontrado, porque é que eu a havia de encontrar? Alguém me diz?
Ainda por cima é lá no “Cu de judas”. Juntem uma chuvada e imaginem lá o meu cunhado, tão pinto tão pinto, que nem limpava os óculos. Aproveitava as vergastadas dos ramos dos pinheiros para as agulhas servirem de limpa-vidros. As moças ficaram para trás e a certa altura deixei de procurar o taparuere para procurar o homem! Ia-o perdendo.
6ª A loca do gato. A mais procurada, falada, discutida, problemática e conhecida cache do planeta. Por esta já se desfizeram casamentos, movimento de cidadãos, houve manifestações, reportagens na TIME o governo chegou mesmo a reunir de emergência e a suspender publicidade. Consta até que a venda de espadas de duelo disparou e aumentou a inscrição em cursos de artes marciais. O dono anda em parte incerta e deixou o pessoal á nora. Não é caso para tanto! Só perdi QUASE 15 HORAS á procura de um taparuere de tampa amarela! Acham que o Bimde Lade tem lá alguns Stinger que me ceda?
E com isto encerro aqui a minha participação nas barracas. O próximo a candidatar-se fica desde já avisado que os preços de funerais estão a subir, os testamentos tiveram as tabelas actualizadas há pouco tempo e as escrituras de habilitação de herdeiros estão esgotadas ate 2006. Aconselho todos a reverem as coordenadas, irem desbastar o mato á volta, regarem conscientemente a zona com Agente Laranja e mudarem as bandeirinhas por material reflector. Sacripantas!
Acabou aqui. Mesmo. Acabou mesmo
1 response so far ↓
1 clcortez // Nov 11, 2003 at 21:05
Ó Diamantino…..parece-me cá a mim que a minha cache da Loca do Gato anda atravessada por aí!!
Tem clama, hás-de a encontrar. Não é nada do outro mundo.
Ou será que tenho que aumentar a classificação dela? 😛
Sem stresses, procura-a bem. Por tua causa fui lá verificar o seu estado e estava intocável. Depois disso o David Félix encontrou-a. Brevemente vou lá voltar, e vou voltar a verificar!:)~
Entretanto vou caçar umas também, e se dizes que eu não dou sinais de vida enganas-te, porque embora obviamente nao tenho vida para isto de andar TODOS os fins de semana à caça, ainda tenho umas caches para esconder e outras que tantas para procurar… 🙂
Cláudio Cortez
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