Que as prendas sejam de tal forma maradas que já se instituiu a pratica do TNLN, vá que não vá!
Que o aumento de preços do taparueres, da gasolina, dos GPS, das solas e da comida pró cão não deixe grande saldo para prendas de jeito, vá que não vá!
Que a vontade de inventar caches novas, originais, sem igual e de realce leve a que volta e meia surjam umas tipo “quédzerné”, vá que não vá!
Que a malta ponha os taparueres e só registe as caches no site meses depois, vá que não vá!
Que se registem as caches todas bonitonas, completas com tudo e mais alguma coisa e que os taparueres só sejam postos no local, séculos depois, vá que não vá!
Agora, ir ao lugar e por só o taparuere? Espintalga-lo só de referencias e identificações? E enche-lo só de ar da montanha? Nem um papelucho? Nem um lápisito mesmo de ponta romba, só para o pessoal fazer os logs?
Vossas mercês vão-me desculpar, mas acho mal!
Obrigam-me a sair de casa, num dia de inverno, armado com a tralha toda. Pilhas novas! 6! SEIS pilhas novas no GPS! Maquina fotográfica artilhada! Pessoal todo empinocado a “láGeocacher”. Até areei os porta-chaves! Dos novos! Da Tailândia!
O que vale é que o local até nem era mau, vista porreira, do Guincho, lá de cima sobre as praias e a estrada. Pôr do sol á maneira. O local é que estava “demasiado” concorrido, éramos 5, senão tinha aproveitado para pôr o namoro em dia. Mas nem isso.
Sempre podiam ter avisado que tinha levado um saquito para ter recolhido um bocadinho do ar que tava lá dentro… Como não avisaram, abri aquilo assim de repentemente e entornei tudo. Espalhou-se tudo. Misturou-se logo com o ar do Guincho. Grande salganhada, já não deu para recolher nada. Até tinha ar de ser bom, mas perdeu-se tudo, não sobrou nada nem uma pontinha. Quando for assim façam favor de avisar primeiro. Agora imaginem lá. O pessoal todo a mandar vir comigo. Que não tinha avisado, que não tinha cuidado nenhum com nada. Que é que ia dizer agora ao dono da cache? Etcetcetc.
Já nos tínhamos pegado antes. Quando andamos a procura da cache, ainda íamos na estrada já o GPS tinha apontado para o cimo do monte e dito alegremente, (como de costume): 30 metros!!! Como do lado da estrada é a subir e bem, fiquei com pouca vontade de ir por ali. Mas como fico seduzido quando o aparelhometro me promete menos de 300, comecei logo a procura de lugar para estacionar. Nisto ouço uma vozinha vinda lá de não sei onde: “Dá volta, pode ser que do outro lado seja a descer…” Valha-me Deus! A cache mesmo no alto do monte e… “pode ser que seja a descer”… Ainda hei-de arranjar uma cache mesmo grande… Quando chegamos ao “… outro lado…” que como já devem ter imaginado não era mesmo nada a descer, a conversa já ia em passo de corrida.
E no fim, uma cache destas. Só espero que 2004 seja melhor! Gaita…

3 responses so far ↓
1 MAntunes // Dec 18, 2003 at 13:38
…sair de casa. Ver locais novos (ou pelo menos de uma perspectiva diferente). Efim, acumular as "aventuras" e experiências que tão bem partilhas conosco ao teu estilo inconfundível. Depois, se houver lá um Tapete de Arraiolos ou uma nota de 500€ é secundário. Talvez seja melhor começar a andar com um logbook + lápis + afia + saco ziplock no bolso… Não vá o diabo tecê-las! 😉
2 bargao_henriques // Dec 19, 2003 at 08:06
No meio desse "granel" todo, confessa lá, acabaram por se divertir com o passeio e a busca, certo?
Já agora, uma vez que tiveste o previlégio de encontrar uma taparuére com todo o seu espaço disponível (não como no fim de semana passado, em que o MAntunes teve de levar a maior prenda que havia, para conseguir meter a que trazia, e mesmo assim mal, tal era o tamanho do taparuére), estava eu a dizer, espero que tenhas aproveitado o previlégio para a deixar, não como a encontraste, mas cheia de coisas boas, características da quadra em que nos encontramos, log book e lápis incluídos, para o dono dela não ter de deslocar lá de propósito… Eheheheh
3 DSAzevedo // Dec 19, 2003 at 12:59
Só quero fugir da formula tradicional:
"Muito bem, muito bom, muito bonito, excelente, parabens!"
De resto, se não gostasse, já me tinha pirado. Não tenho grande jeito para martir…
(Achei melhor não. Faltavam-me as fitas prós laçarotes.)
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