Com já sabem, o que mais custa é apanhar a primeira! Depois o bicho pega-se e não se quer parar. Assim, depois de ter encontrado a primeira, fiz um search caches das redondezas e sairam 3 na roleta: A First Light, a Mission Impossible e a The dreamer´s door. A última ficou para segundas núpcias – eram 2 da manhã e não me parecia exequível encontrar um micro-objecto a essa hora.
A Mission Impossible revelou-se…bem, como direi?… impossível! Não conseguir levantar a matrona e mesmo com o auxílio de meios radiantes poderosos (desta vez armei-me e levei um lanterna de leds de alto rendimento
). Mas pronto, ossos do ofício.
O que me traz aqui principamente é a seguinte questão: o que fazer quando somos interpelados por alguém?
Local do crime: First Ligth
Resumindo, eram 3 da manhã e já à meia hora que cuscuvilhava denodadamente na zona da . Como alguns sabem (eu sei, visto que já tenho dois rebentos
), na zona encontra-se permanentemente um polícia, para além dos seguranças da instituição. Nessa altura aproxima-se o dito cujo agente da autoridade questionando-me a minha presença no local aquelas horas
.
Mãos pelos pés, pés pelas mãos, o polícia a perguntar se 1) tinha bebido, 2) tinha dormido, 3) tinha alguém ali, 4) estava bem da cabeça, 5) tomara alucinogénios e 6) outras sugestões inomináveis.
Depois de um breve intercâmbio vocal, lá consegui sugestionar a entidade para a possibilidade da existência de uma aventura mais ou menos ilegítima com alguém do corpo feminino do prédio ao qual ele montava guarda (ai se a minha mulher sabe
) e dei às de Vila Diogo.
Portanto, repetindo: qual deveria ter sido a atitude correcta (para além de não me deixar apanhar, claro
)???
8 responses so far ↓
1 bargao_henriques // Sep 16, 2005 at 14:09
Que aventura!!!
Creio que poderias ter tentado explicar ao agente o que realmente estavas ali a fazer… Ser geocacher não é propriamente uma vergonha 😉
Esse tipo de situações já tem acontecido a outros geocachers, ainda muito recentemente ocurreu um episódio desses com uns colegas geocachers, e que se poderia ter revestido de alguma gravidade, mas toda a gente saiu ilesa da experiência… Bem, espero que o virus do geocaching tenha contaminado algum dos agentes… Eheheheh
Uma forma que poderás utulizar para justificar o que fazes, numa situação futura, é andares com alguma documentação sobre o geocaching, ou cópia de um dos váios artigos que já foram editados pela comunicação social portuguesa.
Desejo-te melhor sorte para a próxima!
2 btrodrigues // Sep 16, 2005 at 15:29
deixa-me acrescentar que a "dreamers door" pode ser feita de madrugada sem qualquer dificuldade – porque foi assim que a fiz.
provavelmente, com o trânsito ali parado ao lado durante o dia é capaz de dar mais nas vistas.
3 FGV // Sep 17, 2005 at 00:07
Acho q a resposta do Bargao_Henriques é bastante sensata.
Como ja tive oportunidade de te dizer por email, o teu log na First Light tá muito humorado. Gostei 🙂
4 2 Cotas // Sep 19, 2005 at 12:32
Digam-me cá uma coisa…
Se um de nós for engavetado e dicidir colocar uma cache debaixo das sarapilheiras do beliche do xilindró, a coisa deve ser considerada uma "multi" ou uma "desconhecida"?
O indice de dificuldade não deve ser muito diferente de 3,5,4, ou mesmo 4,5, mas o terreno deve ser 1, quando muito 2, isto se não for na cave e a escada descida a pontapé…
Que acham?
5 argonauta // Sep 19, 2005 at 13:42
Hmm.. Estou a ver que o pessoal, com esta história da policia, quer começar a esconder multi-caches originais. Uma série delas, em que a cache final está na cela da esquadra da PSP local 😉
6 ricardorsilva // Sep 19, 2005 at 20:17
Acho que a partir das 5h da manhã servem uma sopinha para não seres apresentado ao juíz de instrução de estomâgo vazio. Se não o fizerem, podes sempre pedir uma tigela e começar a bater com ela nas grades da cela!
7 ricardorsilva // Sep 19, 2005 at 20:18
Como ele já processou os autores de 80% das caches que fez, deve conhecer uma batelada de advogados!
8 Jose Adonis // Sep 19, 2005 at 22:26
Com tantas idéias para esconder caches usando o nosso prestável sistema prisional, tenho a certeza que em breve se realizará um congresso (no Pavilhão Atlântico, pois claro) dos meliantes, crápulas, ladrões, e profissões afins. O mesmo terá como objectivo estudar o aumento de concorrência colocado por estas novas tendências do século XXI, formas de reagir e incorporar as novas dinâmicas sociais e outras formas de estruturas percursos criminosos por forma a que a mui nobre, antiga e honrada arte do crime não degenere face às investidas aqui expostas.
PS – O programa seguirá para todos os interessados assim que obtiver a minha condicional 🙂
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