"Caçadas" no Vale do Guadiana

MAntunes - 2003/08/31

Esta foi uma caçada planeada com tempo e detalhe. Desde o início de Agosto que andava a planear a caçada à "Uma Aventura na Lagoa – I" ( http://www.geocaching.com/seek/cache_details.aspx?ID=8210 ). Comecei por enviar mails a pedir informações sobre estado das caches e duração global da caçada ao mesmo tempo que lancei convite ao Carlos David para me acompanhar. A ideia inicial era ir-mos com as nossas famílias e fazer-mos um pic-nic na zona. Chegado o dia da caçada, como de costume, sempre que é necessário levantar cedo, a minha família fica na cama… A "desculpa" foi o tempo…. Bom, encontrei-me com o Carlos e os filhos dele (o Márcio e o Rui "Piranhas") no local do nosso emprego e como o tempo parecia ameaçar chuva, fomos no "tractor" dele  (a expressão não é minha 😉 )  porque poderia não ser possível alugar-mos canoas na Lagoa e, se tivéssemos que fazer o trajecto alternativo por carro/caminhada um TT dá muito jeito. Afinal, após Beja, o nevoeiro desapareceu e tivemos todo o dia com o céu quase limpo e uma temperatura muito agradável… quentinho q.b..

Os planos para o dia eram:

– "Apocalyptic Visions", a ser procurada pelos dois. 2ª tentativa para mim.
– Almoço na zona de pic-nics da Lagoa de S. Domingos
– "Uma Aventura na Lagoa I", de canoa, a ser procurada pelos dois.
– "Return of the Moors", a ser procurada pelo Carlos David
– "Pulo do Lobo", idem.

Chegados à zona, começámos pela "Apocalyptic Visions" (http://www.geocaching.com/seek/cache_details.aspx?ID=50003) e lá tentei fazer o papel de cicerone ao Carlos e filhos. A zona, como já se disse, é apocalíptica: Feia, bonita, assustadora, atractiva, curiosa…. enfim, uma cache diferente ;-). Desta vez, as coords. levaram-me para um local bem diferente do anterior o que me proporcionou um passeio por outros locais da zona, que tinham ficado despercebidos na minha deslocação de hà duas semanas atrás.

Primeiro fui eu e, depois de a encontrar, telefonei ao Carlos para iniciar a caçada. Após ambos ter-mos encontrado a cache ( O "Piranhas" encontrou-a em 10 segundos! Tem "faro" o puto…) , fomos visitar outras zonas das Minas abandonadas e ler o painel informativo do ICN que conta a história da Minas referindo que chegaram a ser as maiores da Europa na extração daquele minério (Curioso… estou a escrever este artigo e estou a ouvir uma reportagem na SIC, sobre as Minas de S. Domingos…).

Depois, fomos fazer o pic-nic e o Carlos mostrou todo o seu arsenal de equipamento e comida 😉 Se comêssemos tudo, não sei se as canoas flutuavam… 😉

Tomada a bica da ordem, alugámos as canoas (não me pareceu caro: 5€/hora) e lá fomos nós. Eu e o Márcio numa canoa, o Carlos e o "Piranhas", noutra. Como eu e o Márcio constituíamos uma equipa mais homogénea (apesar da minha pouca experiência), depressa nos distanciámos perante a "aflição" do "Piranhas" que tentava remar desesperadamente e, com isso, abanava a canoa e provocava um "certo ruído de fundo" proveniente dos gritos do Carlos ;-). A vantagem foi aumentando e, a par do disfrute da natureza (que linda é a lagoa vista de uma canoa!), fui tirando algumas fotos.

Chegados à zona da primeira micro-cache, verifiquei que a roupa e calçado mais apropriado para andar de canoa não era muito apropriado para procurar esta micro-cache. Eu e o Márcio viemos "na boa" de canoa e picámo-nos nos arbustos. O Carlos e o "Piranhas", que não largaram as calças e o calçado, molharam-se a remar e estavam "na boa" no meio dos arbustos… Talvez, por isso, o Carlos encontrou a micro-cache enquanto nós tentávamos não nos picar muito ;-). Encontrada a cache, fizemos o "log" e após esclarecer-mos as dúvidas quanto às coords. da 2ª cache, lá seguimos para a continuação da aventura. Pelo caminho passámos por umas famílias que estavam por ali acampadas e …"Boa tarde!" 🙂

Reiniciada a "remação", depressa nos distanciámos e logo começámos a ouvir o tal "ruído de fundo" ;-)… – "Enquanto ouvir o "ruído" está tudo bem" – pensei eu 😉

Chegados ao local da 2ª. micro-cache, sugeri que o Carlos fosse o primeiro a tentar enquanto eu ficava de costas a olhar para a água. Mas, após uns minutos em que só se ouvia dizer que a cache estava na água (!), percebi que era melhor juntar-me à equipa e ajudar a determinar o local da cache (O Carlos tinha trazido o GPSr desligado e o tempo decorrido ainda não era suficiente para estabilizar o sinal e obter o "lock"…). Determinado o local da cache (mais ou menos) lá começàmos a procurar e… o Carlos encontrou-a! Aqui, o "Piranhas" ficou fulo outra vez! Eheh… Aquele puto que ser o primeiro sempre… e em tudo! Mas ainda iria ter um momento de glória antes de acabar o dia 😉

Tirámos algumas fotos "da praxe" e  começámos a preparar o regresso – desta vez sugeri que alterássemos os pares para a "canoagem". Fui com o Carlos e o dois manos foram juntos (O Márcio já tem mais experiência porque desceu o Rio Zêzere de canoa). Mas… a homogeneidade das equipas falou mais alto e, enquanto o Márcio remava e tentava controlar os balanços provocado pelo "Piranhas", eu e o Carlos remávamos, tranquila e cadenciadamente, em silêncio… Só se ouviam os remos, os pássaros e o "ruído de fundo" lá atrás… cada vez mais atrás… 😉 Mais umas fotos e começámos a "sentir" uma cervejinha fresquinha a escorrer-nos pela garganta abaixo! Era só mais umas remadas… agora mais calmas que o cansaço também apareceu… Quando o puto "mais infeliz do Mundo" chegou estava inconsolável – "Pois! Não remávas nada! Até punhas os remos assim parados a travar a canoa para eles ganharem!" – "Epá! Eu também me canso!" – respondia o Márcio.  Bom… após pagar-mos duas horas de aluguer (demorámos mais que a média mas não faz mal), lá fomos beber as cervejinhas enquanto o Carlos reparou que o anfiteatro que eu lhe mostrei (cujas bancadas são feitas com os madeiros da antiga linha ferroviária que serviu as minas), era motivo para uma "Location Less Cache"! Boa! Mais uma para a "conta" dele! 🙂

Bebida as cervejas, "feita a LC" pelo Carlos e trocados alguns SMSs com o Pedro Regalla, iniciámos as próximas "caçadas" – agora só para o Carlos.

Chegados a Mértola, reparei/confirmei que as coords. ainda estão erradas… Parece que o Pedro Cardoso colocou a nota na cache mas esqueceu-se das coordenadas…. O IBN QASI é que já não está a gostar da brincadeira… 😉 Bom, quando ele regressar do local  onde está, resolverá o assunto 🙂 Entretanto, o Carlos procurou a cache como eu o fiz: Apenas com as dicas o que é suficiente 🙂 Eu fiquei sentado e calado "como uma mula" enquanto controlava o aparecimento de turistas e me ria das tentativas de procurar a cache (Sim, é fácil rir na minha posição. Quando eu a procurei…). Aqui, na procura desta cache, o "Piranhas" teve o seu momento de glória: Várias vezes sugeriu um determinado local mas o Pai e o irmão não lhe deram ouvidos – ele só não foi lá sózinho porque "lhe falta um bodadinho assim…" ;-). Após algumas situações engraçadas, lá deram ouvidos ao puto e encontraram a cache! Foi cá um "festim" que o "Piranhas" fez!!!

Encontrada mais esta, pelo Carlos, fomos comprar mais umas cervejas e procurar local para lanchar. Sim, o Geocaching é uma actividade exigente e o Carlos já começava a dar sinal dos seus anos: 3 x 2 X 4 / 5 * 39 – 4 + 6 – 1…. já me perdi! No local do lanche, um jardim agradável e com sombras, encontrámos algumas 7 ou 8 garrafas no chão… e com um contentor a 4 ou 5 metros de distáncia! Porque que é que eu ainda me escandalizo com "isto"!? Será que nunca aprendo?

"Lanchado" o lanche, fomos em direcção à "Pulo do Lobo"… Sim que eu não os "deixava" vir embora sem tentarem! Parece que gostaram do local do Pulo do Lobo e de verem aquele acidente geográfico no percurso do Rio Guadiana. Também apreciámos as aves que facilmente se veêm no percurso entre a N122 e o Rio – Até vimos um bando de perdizes a atravessarem a estrada a pé e, depois, levantaram vôo enquanto o "tractor" se aproximava. Bom, mas no local da cache é que foi o bom e o bonito: Eu ainda ajudei ao dizer que era melhor irem "levezinhos" na subida ;-)… A gritaria era tanta que a certa altura apareceram ali duas famílias para verem o Pulo do Lobo mas não paravam de olhar para a encosta de onde vinha o barulho mas não viam ninguém… Aquilo era "ais!", "uis!" "agarra-te ali!", "põe o pé aqui!"… Até que se ouviu: "Está aqui!" Nesta altura, o "Piranhas" como é mais leve, já ia uns metros acima do local da cache! É "óbvio" que ficou outra vez "todo estragado"! Então o pai que estava com uma câimbra nas pernas… mal se arrastava por ali acima… encontra a cache e ele, que até subiu "de gatas" conforme eu aconselhei, passou por ela e não a viu???!!!! "Isto" não está certo!!!!

E pronto! Foi um óptimo dia de aventura no Geocaching em Portugal e só lamento que a minha família e a mulher do Carlos não tivessem ido para nos acompanhar 🙁 Mas eu e o Carlos já estamos a preparar a próxima aventura dos "Geocachers dos Azevedos"!… 😉   GreenShades, prepara-te que vais receber mais alguns "finds" nas tuas caches 😉 e numa delas penso deixar o TB "Leaping Lizard"… que só lá ficará alguns minutos… Bom… se encontrar-mos uma determinada cache, é claro!

Obrigado Carlos, Márcio e "Piranhas" pela óptima companhia e obrigado Carlos pelo pic-nic 🙂

1 response so far ↓

  • 1 Carlos David // Aug 31, 2003 at 23:09

    Manuel,
    imprimi a história e o "Piranhas" hoje está lixado; vai ser gozado à farta pelo Márcio. Isto vai ser lindo.
    Obrigado nós pela excelente companhia que foste. A ti devemos um dia muito agradável e bem passado.
    Até breve, na nossa próxima caçada (espero que desta feita todos, Snoopy inclusive).
    Um abraço.
    Carlos David

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