As coisas começam sempre por uma ideia. Nem que seja no seguimento de outra…
Há planos para uma tourada diferente, mas esta veio a ser fruto da ideia inicial que ainda se há-de concretizar, e transformou-se num dos Tours em que volta e meia uns quantos de nós se lançam.
Ainda não tinha sido decidido o nome desta tournée, mas ainda antes de chegarmos a Badajoz já o nome estava encontrado…
Vou começar e depois logo se vê o que vai dar este relato a três sobre …
Tour “Tourada em Espanha…Olé!”
Estas aventuras normalmente vão fermentando e, quando estão prontas, são servidas de madrugada, logo pela fresquinha…
Como não podia deixar de ser, esta foi mais uma aventura que começou ainda os pássaros não acordavam: às seis da manhã as SMS começam a ser enviadas entre os participantes.
Confesso que sempre me custa a levantar durante a semana de trabalho, mas curiosamente seis da manhã ou algo parecido não me incomoda minimamente quando se trata de geocaching.
Depois do Miguel (Mtrevas) ter recolhido o Costa (Lamas) e de se dirigirem ao local onde o João (Bringer) já os esperava, rumaram via Vasco da Gama e seguiram pela A2 / A6 até Badajoz, onde estava programada a primeira caçada do dia.
Rápida paragem na estação de serviço de Estremoz, para um cafezinho e esticanço de pernas, com alegre cavaqueira de momento até que o Costa é quase abalroado por um pardalito que ainda não sabia voar, ou ainda não tinha acordado… não se sabe se seria o mesmo pássaro ou outro que viria a bater no vidro do carro uns quilómetros mais à frente, e que foi motivo para a anedota da praxe sobre o pássaro e o motoqueiro.
Ainda não eram nove horas e já atravessávamos Badajoz, para abrir as hostilidades, rumando à Alcazaba (GC17NQ6).
Percorrendo a estrada de acesso à cidade, passamos pelo Hospital Infanta D. (qualquer coisa), agora famosa pela quantidade de portugueses que lá nascem…
Nenhum de nós, apesar de Badajoz não ser uma localidade por onde nunca tenhamos passado, se tinha aventurado até aquele lugar.
A vontade de encontrar a cache era grande e felizmente a cache está impecavelmente colocada no ponto zero dos GPSr que a tentavam identificar, o que não deu muito trabalho.
Num instante estava a ser vistoriada e aprovada na generalidade e especialidade com três votos a favor, zero abstenções e zero votos contra… aprovada pois por unanimidade.
Até tinha uma geocoin, coisa rara nestes dias que correm, já que, ou são “gamadas”, ou ainda não foram registadas pelo “freguês” que as levou…
Estando tudo arrumadinho e recolocado no local conforme encontrámos e mandam as regras do Geocaching, entrámos no carro e rapidamente estávamos a caminho de Mérida onde ainda antes de nos depararmos com um intrigante desafio, tivemos um encontro com um dos Touros Negros que estão espalhados por toda a Espanha: o PK346 na Made in Spain (GC1BBTP) e que são para os nuestros hermanos geocachers uma espécie de VG’s … cada Touro, cada cache…
Depois de encontrarmos o local certo e apropriado para parquear o carro, foi só subir encosta acima, e estávamos frente a frente com aquela enorme figura negra. O Bringer ainda tentou escalar a fera, nas ficou-se cá por baixo, tentando-se agarrar às grandes bolas de metal do bicho, para não se desequilibrar. Não sabemos bem o que pensaram os ocupantes dos veículos que circulavam na Auto-Via da Extremadura. Ainda ligámos o rádio para ver se seria referenciado nas notícias, mas pelos vistos a audaciosa escalada terá passado despercebida.
Quanto à cache, começamos aqui a nossa percepção de que são primas das caches algarvias de outrora… monte de pedras, container debaixo delas…
É claro, que depois terem frequentado a acção de refrescamento sobre geocaching no Workshop de Monsanto, o Costa e o João tiveram sempre o cuidado de deixar a stashnote no topo da cache…
E ala que se faz tarde! Seguimos para o centro de Mérida para aquela que seria a nossa primeira “colhida” do dia: El Templo de Diana (-=+) (GC1B7VX). Ficámos a saber que nessa cidade existem lugares de estacionamento à medida de cada carro, pois até a vedação do passeio tinha uma amolgadela com o formato de um carro que estava estacionado a 1 cm de distância.
Ainda não entendemos bem se a Diana não estava lá ou se somos completamente ceguetas de todo, uma vez que esta cache não foi encontrada, malogrados os esforços despendidos pelos três totós que vasculharam cada centímetro ao redor do ponto zero.
Pastilhas elásticas, parafusos, pregos, caixotes do lixo espiolhados ao milímetro, foram alguns dos itens que foram encontrados ou revistados, sem darmos com a cache.
Já estávamos na fase em que se passa de maluquinho, à de suspeito de qualquer malfeitoria, quando achamos que estava na hora de desistir… não que não fosse a nossa vontade ficar ali em buscas por mais uns minutos, mas já estávamos a ficar com algum atraso para ainda conseguir visitar outros locais. No regresso ao carro o Miguel estava tão aluado que nem se deu conta de que ia no meio da estrada, sendo quase abalroado por uma feroz habitante de Mérida que lhe pregou um buzinadela valente… Fez mais efeito do que uma valente dose de cafeína!
De volta à estrada, rumando a Trujillo, que seria o ponto mais avançado a que nos tínhamos proposto chegar, ainda antes da próxima cache, parámos para o almoço num restaurante de beira de estrada conhecido pelo Miguel, “La Majada” (N39º 24.678’ W005º 53.472’) de seu nome, um restaurante situado mais Km, menos Km a meia distância de Lisboa – Madrid. Pois é, já sabemos, com igual distância percorrida tínhamos estado a cachear precisamente em Madrid, mas assim não foi, quem sabe se da próxima Tourada por terras de Espanha! (mas que grande ideia!!)
Terminado o repasto, o qual foi composto de “una ración de vários tipos de queso y una ración de ensalada de huevas de pescado, devidamente acompañadas de unas buenas cañas”, lá fomos nós em direcção a uma nova praça de touros para continuar a nossa tourada, objectivo El Cordel (GCVGMN) uma famosa praça de touros por aquelas bandas! Bem se não era uma praça de touros, era quase, tal a quantidade de animais de quatro patas com 500 Kg (ou mais) de peso e de cornos bem afiados, que se encontravam nas redondezas desta cache. Felizmente existia um rio entre a cache e os touros, pelo que pudemos proceder às formalidades com relativo à vontade. Para nossa grande surpresa verificamos que já outros dignos toureiros Portugueses tinham estado por estas paragens (falamos da Team Prodrive), pois o registo da sua passagem estava marcado e na memória desta cache.
Foi tempo de prosseguir para outras bandas. Uns quilómetros mais à frente outro desafio nos esperava, desta feita com algo bem nosso conhecido por perto… Foi assim que chegámos junto do castelo de Monfrague, que se eleva numa altaneira encosta junto ao rio Tejo (ou Tajo, por estas bandas). As vistas eram magníficas e lá em cima enormes abutres voavam placidamente, provavelmente à espera de algum incauto toureiro que tivesse morte inglória na arena. O que vale é que cumprimos as regras de segurança à risca e os pobres bichos não iriam contar connosco para o almoço…
Enquanto o João e o Costa subiam entusiasticamente as escadas que levavam ao castelo, o Miguel hesitou, provavelmente devido ao cansaço imediato que aquela visão da inclinada e enorme escadaria lhe provocou. Para seu bem, conseguiu aos poucos superar essa barreira, pois lá em cima o panorama era de tirar a respiração. O rio parecia abraçar-nos e as enormes aves voavam agora quase ao nosso nível. Com o Tejo ali ao pé chegou-nos uns certos arzinhos de casa e subitamente parecia que não estávamos mais perdidos naquela imensidão.
Demorámos lá o tempo suficiente para tirarmos provavelmente umas quantas dezenas de fotos e descemos, pois afinal a cache estava cá mais em baixo e pouco depois estávamos com ela nas mãos. Mais uma vitória, desta vez com sabor especial, já que, para além do maravilhoso cenário, o Bringer viria a descobrir mais tarde que este tinha sido o seu 400º “achamento” (isto depois de ele escrever os mais de 50 logs que ainda tinha em atraso).
Neste parque protegido, existem vários pormenores que nos chamaram a atenção, como por exemplo o cuidado com a poluição visual do local, onde se destacam os sinais de trânsito, em que os postes são de madeira e não de metal e inclusive são forrados a madeira na parte de trás, ou os “rails” protectores serem também forrados a madeira.
Desde esta ultima cache até à seguinte, que seria uma multi-cache, o caminho foi feito ainda sob o efeito que iria ter uma multi no nosso percurso, no entanto decidimos que seria esta a próxima cache, e não nos viemos a arrepender.
Rumámos então para a Vereda de Juan Puerta en Mirabel (GC18FY9), uma multi-cache composta de vários passos que nos levariam desde Mirabel, passando por um castelo em ruínas, partes de um percurso pedestre e nos levaria a um local de onde se tem uma vista panorâmica sobre toda a área da cache.
Começamos bem, depois de contarmos uma gaitinha na praça principal de Mirabel, verificámos que tínhamos um problema em mãos… a gaitinha seguinte tinha a ver com uma lenda local, e tivemos que nos socorrer de ajuda local, mas onde? Era a hora da “siesta” e a localidade parecia ter sido abandonada por todos, excepto por umas “chicas” que pareciam vir da praia (praia?! no meio daquele deserto?!)…
Felizmente o Miguel entrou num tasco (que mais parecia o cabaré da coxa) e conseguiu arrancar a um dos locais o verdadeiro segredo da cache.
Já na posse destes dados secretos, passamos pelo castelo para recolher mais uns quantos dados para completarmos o desafio, e como em qualquer castelo em ruínas, este leva-nos para aquela zona da nossa personalidade, em que voltamos a ser putos e em que vasculhamos cada canto e recanto numa aventura sem fim.
Ao aproximarmo-nos do local (bem fresco) onde se devia de contar umas gaitinhas, o João repara numas pedras de cor preta e faz um pequeno aviso, “… atenção, pessoal que aquelas pedras não são de cor preta, aquilo são milhares ou milhões de mosquitos que cobrem as pedras…”, mensagem recebida pelo grupo, mas não atendida pelo Costa, resultado, aquilo é que foi correr para fora do local, pensamos que ainda neste momento (sim, falamos do dia de hoje) o Costa deve sentir alguns movimentos a arranhar a sua garganta, tal a quantidade de mosquitos que ele deve ter engolido. Esse facto não foi impeditivo e lá se contabilizou as gaitinhas. Contas feitas, e lá vamos de passo em passo para o nosso destino final.
A cache está bem concebida e leva-nos por caminhos que embora seja preferível percorrer a pé, realizamos quase todo de carro. Desde passar por meio de rebanhos, abrir e fechar cancelas, e rezar para que não nos estivéssemos a meter em nenhum local onde houvesse animais negros de grande porte (tirando o cachemobile), ultrapassamos as várias fases do desafio e acabamos num local onde somos presenteados com uma paisagem dos vales que compõem a moldura natural do local. Fantástico!
Após mais alguns Kms de asfalto fumegante provocado pelo calor que se fazia sentir e pelo rasto dos pneus do nosso cachemobile, eis que nos deparamos com mais um dos ícones de “España”, o segundo Touro metálico do dia. Assim na N630 ao PK146 abordámos mais uma cache da série Made in Spain (GC1778W), uma cache praticamente “drive in”, pois encontra-se a considerável distância do referido touro metálico e mesmo junto à estrada. O João é que ficou triste, pois esperava desta vez conseguir subir um pouco mais que as “bolas” existentes na estrutura metálica (deixa lá Bringer, fica para a próxima vez!).
Seguimos para sul em direcção ao “pueblo” de Garrovillas de Alconétar com o objectivo de encontrar a cache do “nuestro hermano” TOTOYOYHIL, o nome da cache, Garrovillas (GC100AP). Que bela surpresa nos reservava esta cache: um Convento datado do séc. XV, em ruínas mas bastante agradável! Ao entrarmos no espaço físico do “Convento de Stº António de Pádua” facilmente construímos na nossa imaginação as possíveis imagens do que seria a vida dentro dos “muros” do Convento.
A abertura do convento não foi difícil, mas foi ruidosa… o ferrolho está ferrugento e faz um barulho estridente do roçar de metal contra metal ferrugento, o que é óptimo para criar o clima correspondente ao entrar naquele espaço abandonado.
Entrámos e surpresa, um local mesmo porreiro para o geocaching! Quem é que não gosta de uma cache num local que já teve a sua história, e agora está abandonado, em ruínas e envolto em mistério? Logicamente que a cache ficou para segundo plano e as fotos foram o motivo privilegiado da visita, só após uns bons dez minutos nos voltamos para a busca do tupperware. Não estava à semelhança das suas congéneres espanholas debaixo de um monte de pedras, mas num dos muitos buracos de uma das paredes, no entanto com a exactidão das coordenadas e o faro de geocacher facilmente se deu com ela. Não é só por cá que encontramos containers partidos e não se dá uma palavrinha ao owner a esse respeito. Infelizmente não tínhamos material à altura de uma manutenção digna desse nome e deixamos a cache na melhor condição para aguentar até uma manutenção em condições.
Estava na altura de rumar à cache seguinte, desta vez em Cáceres, e numa cache intitulada Museo al aire libre (GC1CHN2), que se veio a revelar o segundo desaire do dia. Ao olharmos para a página, já tínhamos começado a pensar que não iríamos encontrar metade do que era pedido, pois faltavam-nos as fotos, mas encolhemos os ombros e seguimos em frente. Podia ser que no local acabássemos por conseguir perceber alguma coisa.
Estacionámos o carro no grande parque de estacionamento e seguimos a pé para dentro do jardim. Os Cácerenses (será que é assim que se diz?) refrescavam-se na piscina que lá havia dentro, bem como debaixo das muitas sombras que o parque oferecia. Alguns estavam tão frescos que nem pareciam notar que afinal havia mais pessoas a deambular por perto. Nós fomos tentando adivinhar onde seria a parte superior e a parte inferior do parque. A principio parece que tudo estava a correr sobre rodas, mas o pior foi quando tivemos de fazer as contas. Então não é que começámos a fazer curto-circuito com um nome e a coordenada nunca mais saía? Anda para a frente, anda para trás, vasculha aqui e ali, refaz as contas e… nada de cache!!
Desgastados com o tempo despendido em especulações, achámos melhor aproveitar os últimos raios de sol noutra cache. Assim, seguimos em direcção, à que viria a ser a última cache em solo espanhol, “Vostell, berrocales y tumbas” (GC17QZE), uma vez mais uma muito agradável surpresa se viria a mostrar esta multi-cache. Esta cache é um verdadeiro passeio pelo monumento natural de “Los Barroecos” situado a poucos Kms de Cáceres (já agora para quem não sabe, Cáceres é uma cidade património da humanidade, vale bem uma visita, especialmente ao centro histórico). O amigo João já tinha feito esta cache, numa passagem recente por estas paragens, mesmo assim, tivemos de efectuar todo o percurso e elaborar as respectivas continhas da praxe para chegarmos ao ponto zero (que mauzinho Bringer, isso não se faz). Bem, a verdade é que em boa hora assim foi, pois a verdadeira essência desta cache é precisamente efectuar todo o percurso até chegarmos ao ponto zero. Uma verdadeira beleza natural, podem acreditar!
Chegados ao ponto zero, deparamos nas redondezas com um aglomerado de “túmulos antropomorfos” que é como quem diz, com uns largos milhares de anos. Simplesmente fantástica a zona onde se encontra localizada a cache! Ainda para mais, tivemos a sorte de poder realizar esta cache precisamente na melhor hora do dia: ao pôr do Sol. Por si só este monumento natural, que é o parque onde se encontra esta cache, merece uma visita aqueles que gostam de fotografia, nem imaginam as variadas possibilidades fotográficas do local. Um conselho, visitem!
Agora sim, a aventura por terras de Espanha estava completa, que tal efectuar a viagem de regresso a Portugal?
Zarpámos por fim em direcção a Badajoz e à fronteira do Caia, sempre com o olho no ponteiro do gasoso. É que como o Miguel é muito patriótico, mesmo com o gasoso mais barato do lado de lá não quis dar dinheiro a ganhar aos Espanhóis! Assim, mal atravessámos a fronteira, parámos nas bombas da Galp para atestar o depósito, num estação de serviço que só não estava às moscas, porque elas dormem de noite (estava às melgas, pronto).
Por esta altura já era noite cerrada, mas enquanto estávamos parados, aquelas duas “cornadas” que tínhamos levado em solo espanhol (os DNFs) começaram-nos a doer (na alma). Ali à nossa vista elevava-se a altaneira cidade de Elvas e lá estavam precisamente duas caches à nossa espera. É que nem foi preciso pensar duas vezes! É que nem foi preciso pensar duas vezes!
Assim saímos da auto-estrada directamente em direcção ao Forte de Sta. Luzia (GC14M98), que se encontrava semi-oculto na escuridão.
Após algumas hesitações lá escolhemos o lugar certo para estacionar o carro e logo o Bringer e o Costa partiram em busca dela, quase completamente às escuras, só com a luz do ecrã de um PDA a apontar onde metiam os pés.
O Miguel deve ter abanado a cabeça quando os viu a fazer aquela figura e assim resolveu artilhar-se com o seu ofuscante frontal.
Se com o local da cache foi fácil de dar, o mesmo não podemos dizer da mesma, que parecia ter ido beber uns copos na noite de Elvas. Afinal de contas o que aconteceu é que fomos enganados pelos nossos próprios hábitos de ter a certeza que por debaixo de qualquer pedra mal aninhada se esconde uma cache. Pois é, a cache estava lá, mas no buraco ao lado.
Feitos os logs da praxe seguimos em direcção ao aqueduto, meio aos tropeções devido ao Miguel querer poupar a pilha do frontal
Desde o Forte até ao Aqueduto da Amoreira (GC13Y2K), cache que ficou com uma história engraçada, foi um pulinho…
Depois de seguirmos um Fiat Punto branco durante algum tempo, enquanto tentávamos teimosamente levar o carro até à cache, e depois de umas voltas e mais voltas, entramos por um acesso que dá para uma urbanização ali perto e, curiosamente o Fiat entrou no mesmo acesso, fizemos inversão de marcha e voltamos a tentar levar o carro até à cache, logicamente cada um a dar bitaites sobre a possível localização do tupperware, eis senão quando lá estava ele, o Fiat, desta vez atrás de nós, tal assombração ou fita-cola de duas faces… mais uma volta e uma outra para acertar o rumo e lá despistámos o Fiat…
Como se ainda não bastasse o Bringer informa que viu um cão daqueles grandes a rondar a zona onde era suposto parquearmos a viatura… O rosto do Costa mudou de feição… já não chegam as carraças, melgas, mosquitos ou outro qualquer insecto que pique e deixe baba, agora havia um cão metido na história…
Com medo que o animal feroz que por ali foi visto a deambular (um canídeo do tamanho de um chiuaua) voltasse, vozes de incitamento à rapidez para embrulhar rapidamente a cache e foi aí que, com a pressa o Bringer deixa escapar o saco preto, que foi levado com o vento. Foi engraçado ver o Costa a correr na completa escuridão atrás de algo que ainda mais escuro era. Felizmente que o Miguel apontou o seu frontal para o sitio certo na altura certa e o saco conseguiu ser apanhado em pleno voo.
Desta forma terminámos a nossa aventura nesta bela cidade raiana, eram mais que horas de regressar a casa, assim foi, A6 rumo sensivelmente a Oeste, destino Lisboa, onde chegámos por volta da meia-noite e pouco.
Fantástico dia de Geocaching por terras de “nuestros hermanos”! Os 1020 Kms percorridos e as mais de 17 horas despendidas foram sem dúvida bem empregues. Ficou a promessa entre todos de voltarmos a fazer uma Tourada por estas paragens, quem sabe se com um pouco mais de companhia, quem sabe se um pouco mais para Este…
Espanha aguarda-nos… Olé!
Costa (Lamas), Bringer (João), Mtrevas (Miguel)
2 responses so far ↓
1 MAntunes // Jul 14, 2008 at 01:03
Belo relato e belas passagens de texto aqui estão. 🙂
Quanto à aventura, faz-me lembrar a expedição à ‘meia fronteira’ em que participei hà uns anos. 🙂 Obrigado pelo relato. Agora percebo aquelas ‘cornadas’ que recebi no jaiku quando andava a apanhar lixo. 😆
Obrigado!
2 vsergio // Jul 15, 2008 at 15:09
E lá eu me baldei… pena! 😥
Meia Fronteira.. também foi lindo foi!
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