Acabado de almoçar e depois de 2 dias sem sair de casa, lá fui eu arejar as ideias e comecei com um café antes da magnifica caminhada até à cache.
Saído do bairro da Gulbenkian lá fui eu seguindo a pé pela rua da Pêga até à cache.
Pelo caminho fui desfrutando da magnifica paisagem que a ria nos proporciona em conjunto com as gaivotas e plantas naturais.
Fui encontrando pessoas a fazer a sua caminhada, outras a correr, outras a pescar e algumas ainda a passer de “buga”.
Ao chegar ao inicio do trilho de acesso à cache surgem 2 senhores de bicicleta que vieram atrás de mim até ao GZ.
Quando lá cheguei parei um pouco para apreciar a paisagem e não dar nas vistas sobre a localização da cache.
Acontece que os pescadores tinham 2 apoios de canas guardados precisamente onde estava a cache e ao tirarem os apoios viram lá a cache. De imediato meti conversa e fui explicando o que era aquele objecto(cache) e qual a finalidade do jogo.
Disseram-me que o seu cãozito já tinha dado com cache aqui há dias e a levou para o meio das ervas e não ligaram. Mas agora já vão tomar atenção e até ver se ela lá está quando forem à pesca.
Acabei por estar ali cerca de 30 minutos na conversa com os pescadores a conhecer as suas fantásticas histórias sobre a ria, as salinas e as suas pescarias.
Explicaram-me algumas das espécies que por ali habitam na ria e a forma como praticam a sua pesca. A isca por eles usada é apanhada na areia e são umas minhocas que estão escondidas por dentro de uns casulos com cerca de um metro de comprimento e que têm de ser apanhadas muito rapidamente assim que se espeta a pá na areia, se não elas escondem-se mais fundo na areia.
Fiquei a saber que as salinas junto ao GZ são da Universidade de Aveiro e que todos os dias sai um biólogo de barco em recolha de amostras da água da ria e das suas espécies, para serem estudadas as formas de vida da ria.
Fiquei ainda a saber que nesta altura do ano as salinas ficam meias de água para protecção dos muros das salinas dos temporais.
Foi também ali naquelas salinas que um dos pescadores aprendeu a nadar.
Ali junto ao GZ existiam em tempos mais salinas e muros de protecção que devido ao mau tempo ficaram destruídos bem como uma casinha pequena que acabou por cair. Se olharmos com atenção ainda é possível observar os muros caídos a delinear o terreno.
Depois de fazer a cache e terminada a conversa com os pescadores fui seguindo o percurso em volta da ria até à casinha vermelha. Pelo caminho fui lendo os placards informativos sobre a fauna e flora da ria. Já no final do percurso andei a pé pelo passadão de madeira passando por dezenas de gaivotas.
Em resumo, esta cache proporcionou-me uma excelente aventura e passeio de geocaching, não pelo seu container mas sim por toda a história envolvente associada.
Muito obrigado pela cache.
Obrigado a todos que votaram no meu log.
Espero que tenham gostado tanto do log como das fotos.
Para mim foi um dia fantástico que me permitiu ficar a conhecer um pouco melhor as histórias da ria de Aveiro com os pescadores bem como as suas histórias de infância naquele local.
2 responses so far ↓
1 dmdias // Jan 29, 2012 at 15:36
Obrigado a todos que votaram no meu log.
Espero que tenham gostado tanto do log como das fotos.
Para mim foi um dia fantástico que me permitiu ficar a conhecer um pouco melhor as histórias da ria de Aveiro com os pescadores bem como as suas histórias de infância naquele local.
2 hfilipe // Jan 29, 2012 at 18:56
Além de um belíssimo log, as fotografias também estão fantásticas. Obrigado nós!
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