Este log ganhou o concurso de melhores logs de Dezembro de 2012.
#597 – 16:10
Hoje acordei mais cedo e numa azáfama ordenada comecei por verificar o check-list que elaborei em tempos e onde estão listados todos os procedimentos importantes no caso de o fim do mundo estar à porta.
Ainda me deu uma certa trabalheira entender o que lá estava escrito, uma vez que esta listagem apocalíptica estava guardada desde as últimas horas de 31-12-1999.
Depois de tudo preparado, tomei um abundante pequeno-almoço, não fosse a última jornada atrasar-se e a minha barriga soçobrar e começar a dar horas em vão, já que todos os relógios estariam parados.
Após ter ingerido os nutrientes necessários para enfrentar o último dia, acabei, sem me aperceber, por voltar à rotina diária e quando dei por mim já passava do meio-dia.
Olhando para o céu e verificando que este apresentava as cores normais e até mesmo as nuvens estavam com o seu habitual contorno de serenidade outonal, comecei por desconfiar que alguém me tivesse enganado e que certamente o planeta Terra iria continuar a sua ordenada e pontual rotação ao longo da translação em torno da estrela mais quente deste sistema. Decidi então esvaziar a mochila e recolocar todos os mantimentos no seu lugar. Afinal, o mundo não acabou!
Daí, até decidir encetar uma viagem à Marinha Grande e ir pela terceira vez, pelo mesmo motivo, visitar o museu Joaquim Correia, tudo se passou rapidamente.
Como já tinha sido informado das primeiras contracções que anunciavam a chegada de uma nova criança, a primogénita destes pais oriundos de Marte, as minhas suspeitas de que esta seria uma cria bem diferente do infeliz e quase habitué processo de nascimento que agora está na moda, serviram do que mais de motivação para ir dar umas pedaladas para os lados da terra do vidro.
Eu fui um privilegiado e se me tivesse apetecido, poderia ter constatado em primeira mão a formosura e perfeição desta bela criação. Não o fiz, simplesmente porque não se proporcionou a minha deslocação para aqueles lados e também porque uma visita em jeito de ecografia pré-natal poderia conturbar as mentes mais competitivas e atribuladas. Isto do geocaching é a sério e há vidas colocadas em risco se não forem observados todos os preceitos descritos na lei.
O que interessa mesmo é que cheguei ao local já lá andava alguém, que descobri momentos depois ser o Mephistu. Depois de espreita aqui e acolá à procura do que parece mas não é, e mesmo tendo-lhe feito algumas carícias ao de leve, a menina teimava em não aparecer, pelo que, para não dar mais nas vistas, tive que recorrer à ajuda do público.
Estes pais extra-terrestres aplicaram-se e surpreenderam pela positiva, pois está ali um saudável e escorreito receptáculo.
Não sei se existiram mais versões em tributo a este museu, mas das três que visitei, esta é a que se destaca em todos os aspectos e não a vou comparar mais com as anteriores pois não há comparação possível.
Após o registo com data, andei por ali envolvido a congeminar um processo de arrumar os tons, as cores e a forma do edifício dentro de um cartão de memória, passando antes por pedaços arredondados de vidro magnificamente polido.
Enquanto andei por ali de máquina em riste, ainda tive tempo para apreciar e orientar a busca, sem revelar o esconderijo, dos Vegetas que apareceram durante a minha demanda.
Aos owners verdinhos, ficam aqui expressos os meus parabéns pela sua primeira cache e também o agradecimento pelo empenho e dedicação demonstrados.
Obrigado pela aventura.
OPC-TFTC
NO TRADE
1 response so far ↓
1 Gato Maltês // Feb 10, 2013 at 17:03
Obrigado pela publicação. Esta é uma cache que bem merece a visita.
Parabéns pela escolha do layout, pois ficou muito apelativo. 🙂
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