O dia hoje começou cinzento, na sequência do fim de ontem.

Que fazer? Arriscar uma caminhada à chuva? Optámos pela opção com cobertura e fomos visitar a “Cueva del Viento”, uma pequena porção dos 18.5Kms de túneis de lava que estão cartografados no Noroeste de Tenerife.

As expectativas eram poucas. Visitámos as “Grutas de S. Vicente”, na Madeira e esperávamos algo do género.

Correu bem e saiu-nos melhor que a encomenda.

Embora da mesma origem, a visita é bastante mais “natural”. O guia foi excepcional nas explicações e se quiséssemos, ainda seria possível visitar outras grutas de forma mais radical (e um pouco mais dispendiosa).

O percurso pedestre até à entrada do túnel e os cerca de 200m de visita levaram quase 3 horas.

Satisfeitos, fomos dali visitar um ancião, o Dragoneiro Milenar. Acima de tudo, uma árvore que impressiona pela idade, dada a sua fragilidade. Foi também a nossa primeira oportunidade para um passeio a pé por uma vila e almoçar uma refeição típica Canarense, que nos trouxe mais uma pequena surpresa imprevisível.

No restaurante, uma coluna decorada a dezenas de garrafas Gatão! E a completar, uma senhora de 99 anos, que nos contou como o restaurante e as garrafas ali marcam presença. Almoçados, seguimos viagem.

Ainda na vila, tivemos oportunidade de fotografar os primeiros grandes lagartos que vimos por cá. O maior, contando com o rabo (que é “descartável”), teria uns 30cm.

Seguimos viagem, sem passar por El Guincho, mas passando por um túnel das “1000” janelas, para terminar o dia junto ao mar.

Hoje o Atlântico não se fez rogado e exibia-se junto às piscinas naturais de Garachico. Esta terra, que já foi sepultada por um vulcão, vê o mar fechar as suas piscinas naturais com frequência, vaidoso que é em lançar torres de espuma branca para impressionar quem preguiça nas esplanadas ao ritmo de uma cerveja fresca ou de um saboroso gelado.

Quase que lá ficámos também, hipnotizados pela demonstração e pelo calor do fim da tarde. 🙂