Entries from November 2006
O melhor de 2006
Quantidade nem sempre é sinónimo de qualidade. Mas em Portugal sabemos fugir a esta regra.
O Geocaching em Portugal cresceu de uma forma estrondosa no último ano, quer pela massificação e vulgarização dos receptores GPS, pela distribuição livre de software e de mapas de alta qualidade como os do Google Earth/Maps quer pela espantosa cobertura jornalística que o geocaching tem vindo a obter.
As excelentes condições que dispomos neste cantinho à beira mar plantado, aliadas a uma comunidade coesa e bem disposta (tou a ver as sardinhas em pleno voo), permitiram que ao longo deste ano (quando ainda faltam mais ou menos uma semana para acabar) se chegassem aos seguintes números (por exemplo):
421 novos geocachers
17046 logs (dos quais 12327 foram "found")
389 novas caches
2006 viu também aparecer uma nova tendência: o coleccionismo aliado ao geocaching: as famosas geocoins. Entre outros…
De uma forma isenta e ordeira, seria interessante compilar estes dados para mostrar estas tendências. Para isso, lanço-vos um desafio. Uma pequena sondagem.
Vamos eleger as melhores caches de 2006!
Enviem uma mensagem de email para o endereço
geo2006@megamail.pt
com 10 (ou menos) caches portuguesas que mereçam este título e que tenham sido colocadas em 2006. tenham em conta não só as vossas próprias experiências como também os temas, as localizações e as aparências (existem à partida caches que "cheiram" a aventura e a uma grande caçada, não é? e muitas vezes nunca teremos oportunidade de as visitar…)
As vossas opiniões serão compiladas e o top 10 será mostrado oportunamente. Aproveitem o tempo de antena para dizer de vossa justiça. Do que gostaram mais do geocaching em 2006.
Embora a sondagem e os resultados sejam publicados anonimamente, convinha que o email enviado fosse identificado com o username do geocaching.com que usam, só para evitar abusos.
[ps: caso não tenham reparado, não há lugar a top das piores caches nem direito a opiniões sobre o que não gostaram do geocaching durante o ano. paciência. queriam peixeirada, era?]
[ps2: se precisarem de ajuda relativamente a que caches foram colocadas em 2006, consultem os dados das stats em http://geostats.geocaching-pt.net ]
[ps3: deadline é quando deixarem de cair votos, mas apressem-se]
Star Mountain – Star Wet
Para alguém que gosta tanto de escalar num sitio tão bonito como a Serra da Estrela e que tem tanta potencialidade nas várias modalidades da escalada como, desportiva, bloco, clássica e com neve, alpinismo, escalada em gelo e dry-tooling, só mesmo estando a chover é há vontade de fazer outras coisas como Geocaching – isto dito pelos mais viciados lol
Eu e o Edmundo fomos para a Serra na segunda-feira com o intuito de a conhecer melhor e no limite de fazer algumas caches. Na segunda-feira ainda conseguimos escalar num rocódromo de uns amigos na Covilhã e á noite fui ao arraial da cerveja, fazer amizades junto da povoação estudantil… Nem o gps me ajudou quando foi para chegar a casa do Mequito, onde ia passar a noite (manhã!).
Tomámos o pequeno almoço por volta do meio dia e seguimos para a Pedra do Urso, onde iríamos escalar, não fosse a rocha estar toda molhada – Plano B. Decidimos ir fazer a multi-cache Star Mountain. Deixámos o carro perto do centro de neve e fomos em busca da primeira coordenada, foi fácil de a encontrar. Já com as coordenadas inseridas decidimos ir a pé até á próxima cache, porque estavámos cheios de vontade de gastar a energia que não podíamos gastar na escalada… a caminhada até lá revelou-se mais dura do que estávamos á espera pois seguimos em linha recta em direcção ao ponto, o que inicialmente foi acessível com a grande quantidade que tinha caído, depois tivemos que nos tornar seres amfíbios… a princípio evitávamos as grandes poças de água, depois já valia tudo e isto claro para não falar dos vários malabarismos que fizemos em cima das rochas molhadas.
Quando já estávamos praticamente a meio caminho, deixámos de andar em cima das rochas e passamos por uma zona de vegetação queimada que também foi interessante, descemos até ao ponto da cache e apesar do erro ser pequeno, tivemos alguma dificuldade em interpretar a dica… Não foi nada fácil dar com ela, mas o facto de estarmos encharcados, já serem quase 17h e estarmos cheios de fome também não ajudou muito… Guardámos as coordenadas (que por milagre não estavam encharcadas) e seguimos em direcção ao carro, pela estrada, pois já estava a ficar escuro. Chegámos ao carro, já era quase de noite e estava a ficar um nevoeiro muito cerrado. Descemos para a Covilhã onde iríamos jantar (teoricamente almoçar) com a Pamela, uma grande amiga da escalada (e a ficar também com o bichinho do geocaching). Encontrámo-nos com mais malta da escalada da Covilhã (Nuno, Tiago, Manel e Mohamed Shaulin) no Farol, para depois irmos colocar umas presas e fazer umas vias na parede de escalada dos escuteiros da Covilhã. Já passava da 1h da manhã quando saímos de lá… ainda fomos ao Farol finalizar o treino com uma mins! Lol
Não foi preciso muito para adormecermos e por volta das 10h acordámos com a esperança de que a rocha estivesse seca, para irmos escalar… chegámos á pedra do urso e mesmo com a melhoria de tempo anunciada, ainda estava húmida… restava-nos continuar a atacar a multi… Por lapso tinha marcado o ponto com a cache que está no cântaro magro que tinha marcado no gps como ED2 em vez de E2 da multicache do dia anterior. Conclusão: Contornámos o cântaro magro pela esquerda, encharcámo-nos novamente por uma azelhice minha… o Edmundo até me dizia: “pah vim fazer trekking é na boa!”, mas eu só me aptecia dar pontapés na boca a mim mesmo… lol Já que ali estávamos decidimos ir á Torre beber algo quente e aproveitar para fazer uma cache que está lá perto. Quando chegámos á cache foi chegar ver e vencer.. lol Estava tanto vento e um nevoeiro cerrado que tivemos que ir rapidamente para dentro do shopping (so easy, so easy to blow…call now and win a free bazooka – isto acerca do crescimento (in)sustentável da serra da estrela). Á chegada fomos logo convidados a comer um pedaço do quijinho da serra, que bem conheço e que é uma “bomba” e um bocado de licor hydromel. Acabámos por levar dois quijinhos, um pão de centeio e uma garrafa de licor. Bebemos um cafezinho e compramos um recuerdo e dirigímo-nos ao terceiro e teoricamente último ponto da multicache.
Á medida que descíamos em direcção ao vale glaciar, o céu ficava mais limpo e o tempo parecia realmente estar a melhorar… Chegámos ao local da multi, onde esperávamos encontrar finalmente um tupperware, quando após alguma procura encontrámos mais uma coordenada que nos levava para mais uma maratona de 6kms… Aquele local era lindíssimo e é difícil descrever tanta beleza… e quando acompanhado de uma sandes de queijo da serra e de uns shots de hydromel então digo-vos”é do best!” lol Com uma motivação diferente, seguimos em direcção á última cache e ficámos um pouco desiludidos com o local escolhido, pois depois de ver tantos locais naturais tão bonitos, achámos que aquele último não estaria ao mesmo nível, mas gostámos da aventura no global. Seguimos em direcção á Covilhã mas ainda parámos na Pedra do Urso para colocar a cache “escalada para o paraíso”. Fizemos a despedidas aos amigos da Covilhã e seguimos viagem para a “vida real”…….
Caches INOP em Lisboa
Nós somos um team de Lisboa, recém-chegado ao Geocaching, mas que se tem divertido muitíssimo, nos últimos 2 meses, de GPS na mão. É uma actividade à nossa medida, que alia aventura ao ar livre, com grau de dificuldade de acordo com a disposição e estado de espírito, a algum desafio intelectual, não desvalorizando o factor competição que também estimula a busca.
Aproveitando o planeamento duma viagem de lazer a Barcelona agendada para o início do próximo mês de Dezembro, decidimos incluír no roteiro um pouco de Geoturismo e preparar algumas caches.
Tão depressa o pensámos, como no instante a seguir já estávamos no site do Geocaching.com à procura de caches num raio de 50 milhas do hotel onde vamos ficar instalados.
Qual foi o meu espanto, quando constatei que, de um total de 142 caches existentes, apenas 3 se encontravam inoperacionais.
Não familiarizado com esta realidade, fui comparar os resultados da pesquisa com a cidade de Lisboa, que já me habituei a vê-la quase tão azul como verde , e constato que num raio de 13 milhas do centro, existem 148 caches, 33 delas INOP (temporariamente indisponíveis ou mesmo arquivadas).
Estes resultados poder-nos-iam levar muito longe em divagações e constatações, mas não é esse, de todo, o propósito desta missiva.
De qualquer forma faz-nos questionar a enorme vontade de criarmos a(s) nossa(s) própria(s) cache(s). Para além da vontade incontornável, temos sido desafiados por outros teams para o fazer, mas a questão MANUTENÇÃO tem-nos feito recuar nas intenções. Conhecemos alguns sítios interessantíssimos, mas a distância e a disponibilidade para os visitar, são enormes condicionantes. Os sítios perto de casa, estão mais do que bem representados por caches de outros owners.
Há ainda o factor DESINTERESSE. Será que daqui a alguns meses o bichinho não irá esmorecer, e as nossas eventuais caches irão terminar de forma tão moribunda e "desumana" como algumas que temos encontrado, que mais não são do que contentores de lixo… ou simplesmente cacges temporário-definitifamente indisponíveis à espera de uma manutenção que podem-esperar-sentados que nunca irá chegar?
Enfim… questões existênciais.
Team Prodrive