Entries from February 2006
Reportagem para a rev. Sábado – Castelo dos Mouros
Pois é,….esta cache foi a escolhida por mim para ser visitada neste dia em especial por me fazer acompanhar de 3 ainda “jovens” geocachers e um jornalista + um fotógrafo da revista Sábado que foram ver “in situ” como tudo acontece no geocaching! Resolvi fazer esta surpresa ao MAntunes pois além de ter sido por intermédio dele que o jornalista chegou até nós ( e caso fosse o Manel que acompanhasse o jornalista ele não iria visitar uma cache sua ) o MAntunes merecia esta “homenagem” por ser um dos mais antigos geocachers e o mais empenhado em fazer deste jogo um jogo dignificante e tão interessante! ( Estou a faze-lhe a vénia neste momento! )
Além de tudo o que disse antes esta cache prometia o desafio que o nosso jornalista ( de seu nome Abílio ) pretendia, desafio acção e aventura. E se esta cache tem disso tudo!
Bom, eram 14h quando nos encontrámos em Sintra em frente ao Palácio da Vila tal como tínhamos combinado, pois eu tinha acabado naquela altura o passeio pedestre que eu tinha promovido na empresa onde trabalho e estávamos nas despedidas quando o Abílio apareceu.
Depois foi a entrevista com as múltiplas perguntas que deram a conhecer este hobbie de que todos tanto gostamos. Às 14.30h chegaram os 3 geocachers que participaram na caçada, a Yade(Ana), o Muggle(Luis), e a Girlseaker(Mónica), que foram prontamente bombardeados com perguntas.
Terminada a entrevista passámos à acção. Deslocámo-nos até à entrada do Castelo e aí fizémos a preparação de toda a caçada…documentação para aqui, coordenadas para acolá, etc…e lá fomos, sempre com o Abílio com os olhos postos em nós e o fotógrafo com a objectiva posta nos nosso movimentos.
A abordagem à cache teve que ser corrigida graças ao Muggle que envergando o excelente GPS da Girlseaker ( um Magellan ) nos avisou que já tínhamos passado o ponto onde nos devíamos “ebrenhar” na floresta (eu ia na conversa com o fotógrafo e nem reparei)…
Não foi fácil. O terreno estava molhado, as pedras escorregadias e o sinal péssimo. Só com muita dificuldade e muitas escorregadelas lá chegámos!
Depois de encontrado um ponto médio ( distância de 3, 4m e um erro de 5m ) lá começámos todos de rabo para o ar à procura da dita, incluíndo o fotógrafo, que parece ter queda para isto! Mas nada…ela só apareceu depois de mais de meia hora de procura e de uma chuvada de GRANIZO BEM FORTE! Acabei por ser eu a dar com ela, mas com muita dificuldade e com a ajuda do meu GPS, que numa réstea de bom sinal lá me baixou o erro e assim com o círculo de busca reduzido a 2m lá dei com ela…depois de a ver foi a vez de meter os outros furiosos pois ainda não tinham dado com ela…se não fosse eu a fazer de GPS e a dizer “Eu estou no ponto 0 e tenho um erro de 2m” acho que ainda lá estavamos à procura…:)
Bom, e depois foi a retribuição pelo troféu alcançado, sempre com a presença e a fotoreportagem dos nossos acompanhantes que garantiram que nenhum pormenor escapasse!
Depois da brutal molha, dos rabos sujos de musgo e de 1h no meio da serra voltámos, com um sorriso de missão cumprida e de agradecimento ao MAntunes por esta já velhinha mas sempre espectacular cache que neste sítio só merece mesmo é ser visitada!
A cache estava muito bem dissimulada…não está nada visível e com tantos locais para servirem de esconderijos…só mesmo com tempo e paciência. Mas ela está lá, não desistam à primeira!
Nesta aventura participei eu, 3 geocachers aventureiros, 1 repórter aventureiro + 1 esposa aventureira ( e prevenida, levava dois chapéus de chuva e por isso não se molhou!) e um fotógrafo mais que aventureiro, foi ele o primeiro a lá chegar e ajudou as meninas a passarem os obstáculos…
Nota : com tanta prepração deixei a maq fotográfica no carro, logo não tenho reportagem da reportagem! Espero que o Muggle coloque as suas na cache ou então esperamos pelo dia 23/02 ou 02/03 que é quando mais uma vez este jogo que nós amamos ( “I Love This Game” ) vai ser dado a conhecer aos mais atentos! Não perca, numa banca perto de sí!
Já sabem, revista Sábado. Quando sair eu aviso!:)
Fenómeno Taso
Caros colegas geocacheres
Gostaria de aproveitar este pequeno tempo de antena para manifestar a minha opinião acerca de um aparente fenómeno que se tem vindo a manifestar nas caches portuguesas. O “Fenómeno Taso”.
Apesar do pequeno número de caches que posa ter encontrado, em todas elas, repito, TODAS elas, encontrei pelo menos um pequeno objecto de plástico, aquele que sai nos pacotes de batatas fritas com a imagem de um super herói de banda desenhada ou coisas afins, o tão conhecido Taso.
Ora, não querendo ofender ou ferir susceptibilidades, qual é o geocacher que faz na realidade colecção daquele artefacto, hein? Quem é que na realidade utiliza as tão merecidas caches como veiculo para a troca desses objectos? Ainda por cima todos eles da época da carochinha, meus amigos!
Sejamos sinceros… Há alguém que leve aquele pedaço de plástico foleiro para casa? Há? Pois se há então que tenha a coragem de se chegar à frente e me atire o primeiro taso à cara.
Ok, há sempre aquela necessidade e real vontade de querer deixar sua contribuição, a sua marca, a prova física da sua presença. Agora ponho-me eu a imaginar a cena de um geocacher desprevenido: “É pá, não trouxe nada, pá. Não vinha preparado, bolas! Mas pêra lá… deixa-me cá ver no bolso…oh, olha!, tenho aqui uma taso! É já este! Eh eh”
Ok, até posso fingir que acredito, pronto, faço um esforço. Mas não são só os foleirosos tasos (desculpem-me os ofendidos) que encontramos esquecidos e abandonados no fundo do tamparuére. Quem é que nunca ao abrir a cache não se deparou com…: “ O que é isto?…”, “Para que raio serve isto?…”, ou “olha parece uma tampa de plásico ou uma fivela partida…”
Óh meuze amigusez.. eze… eze…hum! Mas que vem a ser isto? Eze, eze?… Mais uma vez se repete a situação, do “olha, não trouxe nada!” E mais uma vez eu volto a dizer que compreendo a necessidade de deixar algo. Mas por favor, se não têm nada de interessante para deixar mais vale não deixar nada. Não concordam?
Senão vejamos, se sempre que um geocacher deixa qq coisa que para ele não é interessante, dificilmente o companheiro que se segue lhe vai achar interesse para levar, certo? Resultado: Acumulação de tralha desinteressante que ninguém quer, de tal forma que vai chegar a altura em que não cabe lá mais nada!! Ok, ok, estou a ser extremista, confesso, mas é só uma maneira de expressão, tá?
Não sei se concordam comigo ou não, por isso aqui deixo o mote.
Mas de qualquer forma queria deixar aqui um apelo à nova geração, aos iniciados, aos rookies como eu, para que tenham este factor em conta quando decidem deixar os vossos recuerdos. Não há nada como a sensação de abrir um tesouro escondido e ver de facto as coisas giras que ele contém, levar uma para casa e ver a colecção de prémios engraçados pelo esforço da procura. Ao contrário da desilusão de encontrar redondelas de plástico velhas iguais às que deitávamos fora quando andávamos na escola…
Vá lá, amigos, esforcem-se só um bocadinho e vão ver que vale a pena!
Jinhos a todos
Eu pecador me confesso…
Já tinha conseguido perceber qual a diferença entre quente e frio. Entre conversar com os colegas e espiolhar a concorrência. Entre classificar e por defeitos.
Só não consegui perceber qual a diferença entre Dinamarqueses e Árabes. Nem o Lágrima de Preta(*) ajudou muito. E se lá formos só pelo tamanho, quer-me parecer que a coisa devia ter evoluído há muito para os mais avantajados. Por isso falta-me qualquer coisa. Serei só eu, ou há outros? Não querendo ser fundamentalista na minha opção mais fundamental, há caches de primeira e de refugo. Melhores e piores. Foleiras e bem esgalhadas. Há boas pessoas e mazelas ambulantes. Bons fins-de-semana e horas de granizo na moleirinha. Alegrias e tristezas.
Não tenho nada contra as caçadas em grupo, a solo ou aos pares. Cada um caça como quer, e se puder colocar as unhas no livrito das visitas, faça favor. Não há classificação para primeiros, últimos ou batoteiros. Se escreveu lá, conta, se não escreveu lá, não conta. Por outro lado se acha que sim, faça, se acha que não, não faça. Isto porque o meu objectivo não é subir na classificação, mas ir lá, resolver as dificuldades, pegar na coisita, rogar-lhe umas pragas. Em resumo, cumprir as regras.
E nada nas regras diz que eu tenho, devo, preciso de botar defeitos nas pessoas. Por isso botar defeitos nas pessoas não é Geocaching.
Contra os HelpDesk ou ajudas. Vendo bem, se a ideia é ir ao sítio, ver a vista ou resolver o problema, não importa se ajavardei no livrito ou não. Tanto conta sendo o primeiro, como o ultimo, o do meio ou o da ponta. Os primeiros são sempre os mais sacrificados, basta lá terem ido para se saber que esta. Escrever o log para se saber que se pode encontrar. Contar a história para se perceber como é que a coisa funciona. Se é difícil, se demora. Até se vale a pena. Eu contra todos? Eu contra os gadjets? Eu a divertir-me? Eu com os meus conhecidos e amigos?
Se já fiz? Já fiquei de olho na coisa mais do que o normal. Já andei com algumas debaixo de olho tempo suficiente para se terem passado, desaparecido, sido arquivadas. Já tentei perceber se a coisa era mesmo assim ou se não era bem assim. Ou se não era mesmo nada assim. Já desbronquei privada e indecentemente, alguns desgraçados que se atreveram a colocar caches fatelas, mal feitas ou simplesmente foleirosas. Ou ainda porque já tinham obrigação de fazer melhor. Assim como fiquei especialmente de olho nas minhas a pensar se pensei a coisa bem ou aquilo é mesmo uma bosta. E algumas foram.
Todas contam um. Posso achar que contar 1Found por uma cache como as Aranhas é ridículo comparado com outra qualquer que está á borda da estrada debaixo de uma ardósia. Posso. Mas não acho. Porque posso escolher só as fáceis. Escolher só as novas. Escolher só as perto. Só as boas. As que demoram só 10 minutos. Ignorar as multis, as maradas. Mas se escolho a Efigénia, a das Portas de Rodão, se quero fazer a da N.S. da Peneda na 200 ou se, em geral, ignoro as de cidade e dificilmente tento segunda vez um falhanço, a minha contagem tem que ser corrigida com um factor de quê? Já procurei e encontrei caches que não contabilizei. Já demorei semanas para procurar caches a 50 metros.
Batota? Claro!Já escrevinhei umas balelas quaisquer num livrito que ignobilmente nem sei quem achou. Já perguntei descaradamente, por telefone, ao vivo, pela Net, onde é que raio estava aquela “me’tha”. Já olhei gulosamente as dicas, 5segundos, 5 minutos, 5 horas depois de lá ter chegado. E já me aconteceu nem ter tempo de ler a dica. Já fiz ar de profundamente distraído quando estava completamente interessado. Joguei a p’’a do joguito.
Ajudo? Claro! Se já suicidei alguns em situações de aperto, de frustração, de receio ou simplesmente porque me apeteceu, mas vezes suficientes para "ter" reduzido drasticamente a comunidade geocacheira nacional, ajudo pois. Sempre. Se acham que abusei, desculpem lá, mas vão ter que se habituar.
Não somos todos iguais. O Benfica perdeu. Não há sol que me aqueça… Ora saiam lá 10 Avés e 20 Marias para mim, faxavor!
Mais um
Há uns tempos atras andava eu a pesquisar sobre gps num forum de btt, quando descobri o nome geocaching. Sem saber o que era fiz umas pesquisas a ver se existia em Portugal (e onde descobri o geocaching@pt). Logo a segui (faz hoje 1 mes) comprei um Etrex Vista C, e aqui estou eu 😀
Chamo-me Nelson Pinto, tenho 21 anos e sou de Portimão. Pratico btt e airsoft, e adoro todo o tipo de actividades outdoor.
Quanto ao geocaching apenas tive tempo ainda para fazer uma cache, mas fiquei logo viciado. Portanto daqui a uns tempos, quando a experiencia for maior, podem contar com umas novas caches no Algarve.
Abraços a todos
7 Pecados Capitais do Geocaching
Depois do exemplo inspirador dos «10 Dez Mandamentos», ocorreu-me poder haver igual interesse nos «Sete Pecados». Aqui fica a proposta, segundo uma ordem mais ou menos aleatória.
1 – Utilizar o telemóvel para pedir ajuda e toda e qualquer forma sistemática de «spoiler».
Antes, durante ou depois da busca quando não existe nenhum problema com a cache excepto a nossa dificuldade «natural» em dar com ela e ou porque alegadamente nos esquecemos de a preparar. Não proporciona o mesmo prazer nem tem o mesmo mérito aquilo que é atingindo por meios próprios contra aquilo que nos é «dado» de barato. A «chico-espertice» é um vício exterior ao jogo e não deve ser valorizada.
2- Fazer vista grossa às regras definidas pelos owners.
Fingir ignorar que a generalidade das «virtual» implicam a deslocação ao local, mesmo quando o autor expressamente o indica ou logicamente isso se infere da descrição; usar os dados recolhidos por outros para simular que se foi ao local; abusar do desleixo dos autores em não verificar a integridade dos «founds» logados, sobretudo em caches além-fronteiras.
3 – Logar como found seu uma cache encontrada por outros.
Dois é companhia, três ou quatro de quando em vez ainda que não vá, mais do que isso é aldrabice; a menos que se use uma técnica de «busca alternada».
4 – Esquecer que o geocaching é uma actividade aberta ao público em geral e não apenas ao círculo imediato de conhecidos.
Conceber caches que de antemão o próprio owner sabe e assume que dificilmente serão encontradas sem «spoilers» fornecidos pelo próprio; introduzindo um princípio discriminatório, anti-meritocrático e anti-desportivo. Assumir o «compadrio» como fazendo parte da «normalidade».
5 – Abusar de transportes motorizados para poupar tempo.
Independentemente do interesse do local e das recomendações do owner, apenas por preguiça e ou para «queimar etapas». A existência de algum esforço físico valoriza a cache; o geocacher e o «geocaching» como actividade (também) desportiva.
6 – Mostrar falta de empenho em recolocar a cache.
Seja por não a deixar da mesma forma que se encontrou, seja por não a querer colocar melhor do que se encontrou, segundo princípios lógicos de bom-senso, quando seja evidente que o «founder» anterior foi ele próprio desleixado nessa tarefa.
7 – Armar ao pingarelho.
Exibir uma falta de modéstia generalizada; evidenciar um comportamento vaidoso ou despropositadamente desafiante. Culpar o owner ou a concepção da cache face à nossa incapacidade ou falta de empenho em a encontrar.
virgem
Tenho o prazer (ou não) de ser desde hoje o proprietário de uma máquina que têm a referência :GPSmap 60CSx.
Espero dar uso numas caçadas aos "tesouros" e com isso espero conhecer novos locais e pessoas.
Já algum tempo que sigo o panorama nacional do geocaching e do que tenho ligo gostei.
O meu novo brinquedo só tem um defeito as intruções estão em inglêse ainda não me localizou onde estão as bejecas.
Parabéns pela escolha da geocoin Portuguesa.
Quem sou eu ?
Nome: Paulo Lourenço
Profissão:Inspector de veículos automóveis
Morada: Cacém (Sintra)
DAta de nascimento: Dezembro de 1971
Estado civil:Casado
Estrutura: Pesado (108Kg)
FRANCESINHA GEO-MEETUP Review
É com muita pena que não encontramos nenhuma referência ao mega-evento "FRANCESINHA GEO-MEETUP" decorrido no passado dia 10-Fev-2006 . Gostávamos de fazer um pequeno review, preferencialmente fotográfico, em que cada um participasse nele, portanto toca a postar fotos e críticas(construtivas
).
Para dar o "debút" a isto, deixamos aqui a nossa crítica:
Adorámos a cachada nocturna depois de jantar, podia tornar-se tradição . O jantar, só por ele, não pensamos que seja a melhor forma de convívio pois a conversa nunca se desenrola ao longo de toda a mesa. Sentimos que no desenrolar da perseguição à Grand Prix, houve uma muito maior interação com os outros colegas geocachers. Agora, a vós o post…
http://www.terracaching.com/
Já alguém leu algo sobre isto?
Parece interessante…
1ª Cache em São Jorge
Meus Senhores e Minhas Senhoras, já é oficial hoje nasceu a 1ª cache em São Jorge. Estou muito contente.
Um conselho que vos dou. Visitem os Açores. Não vão dar por mal empregue o vosso dinheiro.
Aproveitem para conhecer o maior número de ilhas que possam e já agora visitem as nossas caches.
Eu ainda não tive o prazer de descobrir nenhuma cache no Continente (vai acontecer na páscoa) mas arrisco-me a dizer que em termos de localização e beleza do local onde as caches estão escondidas, os Açores estão no top. Não acreditam pois venham ver pelos vossos próprios olhos.
Gostaria que visitassem a página da minha cache e me dessem a vossa opinião.
Muito obrigado.
Se porventura vierem a São Jorge, terei todo o gosto em vos mostrar a minha ilha.
De que estão à espera. Todos a marcar férias para os Açores.
O link para a minha cache é http://www.geocaching.com/seek/cache_details.aspx?guid=c963e4b6-cb37-47bd-b831-ffa61b77f4d7
PS: gostaria que colocassem a minha cache nas STATS no mapa. Quem pode fazer isso?
Raras instruções em português
A Revista Proteste de Fevereiro de 2006 publicou um artigo sobre os sistemas de navegação para automóveis. Tirei-lhe aqui os bonecos mas "colo" o texto do artigo.
Raras instruções em português (Revista PROTESTE; Fevereiro de 2006; pg. 34- 37)
São cada vez mais baratos e eficazes, mas não cobrem convenientemente as zonas rurais e a maioria não dá instruções de voz em português:
A sinalização nem sempre irrepreensível das estradas portuguesas impede muitas vezes o condutor de encontrar o destino pretendido. Quem nunca desejou ter, nestes momentos, um sistema de GPS à mão, para resolver o problema? Escolhemos para o nosso teste aparelhos portáteis concebidos para utilizar em viaturas. Munidos de mapas e fornecendo instruções visuais e de voz sobre a melhor estrada a seguir, são instalados sobre o tabliê, no vidro da frente, e alimentados com recurso ao isqueiro do veículo. Dispõem de uma antena, o que evita cabos e ligações exteriores, e são geralmente fáceis de instalar e remover, podendo ser utilizados em diversos veículos. Por vezes, até podem ser levados em passeios a pé.
Falhas nas zonas rurais
À excepção do Sony NVX-P1, com disco rígido integrado, apresentando mapas detalhados de vários países europeus, todos os sistemas de GPS testados têm cartões de memória com mapas de Portugal e Espanha. Por vezes, também Andorra e o Sul de França estão incluídos, bem como as principais estradas da Europa.
Mas, apesar de os mapas do nosso país serem detalhados nas grandes cidades, algumas zonas do Algarve e principais estradas, a situação piora nas regiões mais afastadas dos centros urbanos. Nas cidades, a esmagadora maioria das ruas está presente e, por vezes, é mesmo possível especificar o número da porta pretendido. Em pequenas localidades são poucas as ruas disponíveis.
A maioria dos aparelhos testados tem cartões de memória com 256 MB. Mas grande parte dos fabricantes dispõe de mo¬delos com mais regiões, o que implica discos de maior capacidade (em regra, com disco rígido). Estas versões têm um custo mais elevado, mas a tendência é para o preço diminuir.
Em geral, os aparelhos têm as últimas versões de mapas. Nos modelos testados, encontrámos mapas de meados de 2004 ao início de 2005. Aparelhos colocados posteriormente à venda deverão incluir versões mais recentes. Tal é importante, visto que, além de a informação ficar actualizada (sentidos proibidos, novos eixos rodo¬viários, etc.), tais versões são mais detalhadas, com novas ruas e estradas. As actualiza¬ções, a comprar junto do fabricante ou representante, custam entre 100 e 185 euros.
Acessórios e miudezas
Todos os aparelhos têm um cabo que permite o funcionamento através do isqueiro do carro. Quase todos podem ser operados em casa, sendo possível programar o destino com antecedência, ligados a uma tomada eléctrica e recorrendo às baterias. O Garmin pode ser ligado a um PC, através de uma conexão USB.
Também todos trazem um suporte, que deve ser fixado no vidro do carro, para serem ins¬talados sobre o tablier.
À excepção do Sony NVX-P1, os sistemas testados têm ecrã táctil. Este é o único modelo com comando, útil, por exemplo, para fazer um zoam à imagem, mas pouco prático para programar um destino.
A ligação a uma antena exterior também é possível em to¬dos os modelos (entre 35 e 75 euros), o que permite contornar o problema colocado pelos vidros atérmicos que equipam alguns carros. Aqueles dificultam ou impedem a passagem do sinal de GPS.
O Acer d100 dispõe de leitor de áudio, com capacidade para ler ficheiros em formato MP3 e WMA. Neste caso, é possível ligar a saída de áudio do aparelho a um auto-rádio e utilizá-Io como leitor digital. Se o auto-rádio não tiver entrada de áudio, utilize um adaptador de cassetes ou um emissor de FM. Mas o leitor de áudio não pode ser utilizado em simultâneo com a função de GPS. Este aparelho permite ainda visualizar fotos em formato JPEG.
Mais rápido ou curto?
Instale o aparelho, ligue-o ao isqueiro do carro e espere o tempo necessário para captar o sinal e programar o destino.
Todos os modelos testados permitem seleccionar o percurso mais rápido ou mais curto entre duas localidades. Se este último privilegia as estradas secundárias e não evita o centro das cidades, o primeiro dá maior peso às auto-estradas e às vias de circunvalação.
Caixas multibanco, estações de metro, autocarro ou comboio, aeroportos, hospitais, esquadras de polícia, estações de serviço, restaurantes, entre outros: todos os aparelhos dispõem de um banco de dados com pontos de interesse, que é possível seleccionar como destinos ou aparecerem indicados no mapa enquanto o automóvel se desloca. Esta opção é muito útil, por exemplo, se estiver¬mos na estrada e precisarmos de saber qual o restaurante ou o hotel mais próximos. Mas há que manter estes dados actualizados. A maioria dos sistemas permite descarregar a partir da Internet, nos sítios dos fabricantes, listas de pontos de in¬teresse actualizadas. Caso não possa aceder à Net, contacte o representante. Todos os modelos testados permitem seleccionar o percurso mais rápido ou mais curto entre duas localidades. Se es¬te último privilegia as estradas secundárias e não evita o centro das cidades, o primeiro dá maior peso às auto-estradas e às vias de circunvalação. Mas também existe, entre outras, a opção de evitar auto-estradas ou usar os aparelhos em percursos pedestres. No último caso, é ignorado o sentido das ruas e as proibições aplicadas aos automóveis, adoptando-se o caminho mais curto.
Seguir a voz
Bem utilizados, os sistemas de navegação por GPS podem ser uma mais-valia. Mas o ecrã é uma potencial fonte de distracção. Se já é pouco recomendável afastar os olhos da estrada para consultar o per¬curso no ecrã, o que dizer da introdução de novos dados em andamento? Todos os elemen¬tos do nosso painel de utilizadores confessaram a tentação de desviar os olhos da estrada para o ecrã. O mais seguro é deixar-se guiar apenas pela voz. A maioria dos fabricantes tem consciência do perigo e põe avisos nos seus produtos.
Nenhum dos aparelhos testados impede totalmente a programação enquanto o au¬tomóvel se encontra em andamento. Uma nuance no Navman iCN 520 e no Sony NVX-P1: se o carro estiver em marcha, o aparelho apenas pode ser programado pelo passageiro. Claro que é sempre possível negar ser o condutor quem o está a programar. Já no Garmin C31O, apesar de existir este pedido de confirmação de que não se trata do condutor, é possível desactivá-lo permanentemente. O Acer d100 e o Magellan RoadMate 300 Europe só fazem avisos de segurança quando são ligados. O TomTom GO 300 não dá nenhum aviso.
Raciocínio rápido
A precisão dos mapas é essencial. Os modelos testados recorrem a dois fabricantes: os americanos da Navteq e os belgas e holandeses da Tele Atlas. Com pequenas diferenças, ambos os fabricantes se equivalem, embora este último, de momento, seja um pouco melhor na cobertura de Portugal, Espanha e países de Leste.
Quanto tempo demora o aparelho a calcular uma rota? Se o condutor falhar um desvio, o aparelho recalcula outro percurso de forma rápida? A partir do momento em que são ligados, todos os modelos levam cerca de um minuto a captar o sinal. O Garmin C310 e o Acer d100 são os aparelhos mais rápidos no cálculo de rotas e a apresentar alternativas.
Sem complicar
Para evitar os furtos, o melhor é remover o GPS quando estacionar o automóvel. Como tal, convém que o aparelho seja fácil de transportar. Se o Navman iCN 520 cabe no bolso, o Sony NVX-Pl já é algo volumoso.
O Garmin C310 é o modelo mais fácil de instalar: o cabo de alimentação mantém-se ligado ao suporte, o aparelho pode ser facilmente colocado sobre o mesmo suporte e não é preciso distender a antena. Mas a remoção do suporte do Maggelan Roadmate 300 Europe exige força e paciência.
O Acer d100 pode funcionar cerca de 5 horas sem ser recarregado. O Sony NVX-Pl e o Magellan RoadMate 300 Europe, como não dispõem verdadeiramente de bateria, se a alimentação eléctríca for interrompida (por exemplo, ao desligar o carro numa bomba de gasolina), perderão a posição. O tempo necessário para iniciar o Sony é longo.
Clareza dos mapas e legibili¬dade dos símbolos e das indicações, entre outros, são factores que influenciam a qualidade da imagem. Mas também o som é vital. Quanto mais claras e audíveis forem as instruções de voz, menos tentado será o condutor a desviar os olhos da estrada. É pena que nenhum aparelho possa ser programado por comandos de voz. Todos os modelos são satisfatórios em ambos os critérios. O Sony tem o melhor ecrã, com uma visualização razoável, mesmo com luz intensa. O som deste aparelho é também o mais potente e límpido.
Quanto mais intuitivos forem os menus e mais fácil a introdução do destino, melhor. Também é importante poder introduzir códigos postais, nomes de ruas ou cidades incompletos e encontrar ruas sem saber o nome da cidade. O TomTom GO 300 é o melhor aparelho, efectuando correcções automáticas em caso de erros na inserção de endereços.
Medimos a velocidade na pesquisa de endereços, no zoom e na navegação sobre os mapas, para explorar alternativas (como em caso de engarrafamento). O TomTom GO 300, o Garmin C310 e o Acer d100 são os mais rápidos.
No geral, os sistemas de GPS são resistentes. Mas, mesmo que se digam resistentes a condições extremas, evite expô-los a temperaturas inferiores a o°C ou superiores a 45°C. Por uma questão de segurança e de durabilidade do aparelho, guarde-o em sítio resguardado do Sol (no porta-bagagens, por exemplo).
Em português, s.f.f.
De um modo geral, todos os sistemas de GPS testados são eficazes e muito úteis. No entanto, o facto de apenas o Tom Tom GO 300 e o Garmin C310 apresentarem menus, fornecerem comandos de voz e disponibilizarem o manual de instruções em português, compromete a sua utilização por quem tenha dificuldade em línguas estrangeiras.
Pode até pôr a segurança em risco, se uma instrução de voz for mal compreendida. Mesmo o Garmin, na altura em que comprámos os aparelhos, apesar de possuir menus e manual de instruções em português, não dava instruções de voz na nossa língua. Porém, ao fecho da nossa edição, já era possível descarregar o software relativo à língua portuguesa no sítio da Garmin na Internet. Todos os modelos tinham instruções em inglês, francês e espanhol. Considerámos, assim, a adaptação à língua portuguesa um critério limitativo. Por isso, apenas aqueles dois modelos recebem, no global, uma boa classificação.
Poupe mais de 200 euros Poderá poupar mais de 200 euros, se optar pelo Garmin C310 (entre 340 e 469 euros), a nossa Escolha Acertada, em vez do Magellan RoadMate 300 Europe (entre 544,90 e 809 euros), com desempenho inferior.
Escolha acertada:
Os sistemas de navegação GPS são cada vez mais baratos e fiáveis. E, como a tecnologia se encontra em franca expansão, é de esperar que, nos próximos tempos, apareçam sistemas com receptor TMC. receptor GPS mais sensível, com mais memória e mapas mais detalhados.
Mas, apesar das inovações, a grande maioria dos sistemas ainda não tem uma boa cobertura das zonas rurais portuguesas nem traz instruções de voz na nossa língua. Se estiver interessado num destes aparelhos, para rolar sobretudo em grandes cidades, o Tom Tom GO 300 (entre 489 e 567 euros) é o Melhor do Teste. Por reunir uma melhor relação entre a qualidade e o preço, o Garmin C310 (entre 340 e 469 euros) é a nossa Escolha Acertada.