Eh pah, senti-me uma “Cabra dos Montes” pela “encosta”(?) acima…
Depois de decidirmos que caminho tomar, se o mais fácil ou o mais a direito, O bixinho estava a morder para cortar “mato”!
E lá fomos nós, com toda a garra, subindo colina acima! Só pensava que, a determinado ponto, poderia ser a pique demais para só se subir com os pés…

Deu-se então inicio à caçada, a pé para não assustar o bicho, acho que não resultou muito porque a malta a fazer granel era pior que os carros a trabalhar.
A minha mag-lite descobria os brilhantes a uma grande distância o que facilitava e de que maneira a forma de seguir o trilho.

Disseram-me que o seu cãozito já tinha dado com cache aqui há dias e a levou para o meio das ervas e não ligaram. Mas agora já vão tomar atenção e até ver se ela lá está quando forem à pesca.
Acabei por estar ali cerca de 30 minutos na conversa com os pescadores a conhecer as suas fantásticas histórias sobre a ria, as salinas e as suas pescarias.

Ligado o GPS na aplicação do Geocaching, reparamos que, sem querer, estávamos mais perto da KAOS que da SS. hmmm…
Why not? – dissemos nós. Afinal, dificuldade 2, não é por aí que havemos de perder muito tempo!…
GPS em punho, e toca de seguir o pontinho que aparecia no ecrã… 120m… 100m… enquanto isso wooow, isto é mesmo enorme! Fábrica de papel, hein? Xiça!
De repente, o fim do pavilhão. 40m. Topo das escadas. Outro momento WOW! Isto é mesmo alto, visto daqui. E bonito!! Grande cache, assim vale a pena!!

“As encostas, essas, podem ser uma metáfora do mundo. O bem e o mal divide-se entre aquilo que o homem soube conquistar e o resto ficou para a Natureza indómita, com o rio a servir o arbítrio do destino. As regularidades das vinhas e das oliveiras entrelaçam-se com as desproporções naturais. Diga, quem souber, onde residirá mais beleza nisto tudo.”

Telmessos. Era a maior cidade da Lícia, foi tomada por Alexandre, o Grande, em 334 a.C.
Perto, a praia de Oludeniz é outro bom destino para quem quiser dar um mergulho no Mediterrâneo.

Às 14:50 iniciámos os 500 metros de trilho que nos separavam da torre, sempre com excelentes explicações por parte do owner, que nos foi contando um pouco sobre estas torres, bem como sobre a geologia do local.

Ao chegarmos ao local, ficámos a olhar para a torre. De facto, cá de baixo, não parece tão imponente como isso, mas quando começamos a subir, percebemos tudo o que já foi dito/escrito sobre o local.

Quando estava junto a ela olhei-a de alto a baixo e disse: “Isto não é tão alto.., pensei que tivesse mais altura..”
hmm.. hmm… já vais ver o que te espera… heheheh Tiradas umas fotos iniciais e meti-me ao caminho.. ou melhor á escadinha.. sobe.. sobe.. sobe.. sobe.. sobe.. Pausa… “Mooooorrrrrrr TIra foto!!

Esta cache, mais que o esforço físico necessário, é acima de tudo um desafio psicológico onde se experimentam sensações de ansiedade seguidas de enorme satisfaço a uma velocidade estonteante. Desengane-se quem julgue que é apenas um desafio psicológico! Os perigos estão permanentemente presentes e são bem reais.

Depois de Antalya, segue-se a tortuosa estrada de costa. De um lado mar, do outro alta montanha. Vamos parando onde apetecer.

Kemer, praia de Cirali, onde fomos ver de perto o fogo eterno de Chimera, que deu origem ao mito do mesmo nome.