Entries from September 2006

Precisa-se mãozinha!

2 Cotas - 2006/09/29

Esta crónica começou por ter outro título, mas achei que era abuso. Ficou assim.
Mas a historia por atrás do título é fácil de contar. (Espero que os mais sensíveis não refilem. Pelo menos já.)

Tudo começou no ano passado e é bom de resumir. Deu barraca.
As histórias que vieram depois, a intolerável falha e a revolta na contagem, levaram a nova tentativa.
Comecemos pelo princípio. Saímos de Sines tarde e a más horas com o piquenique na bagageira. Rumo: sul.
A costa portuguesa entre Sines e Vila do Bispo é monótona. De 50 em 50 metros há uma entrada á direita que leva, passados não menos de 5 km, á costa. A maioria das vezes ao alto de um promontório com acesso condicionado á praia.
Acesso condicionado não por questões de protecção ambiental, mas mesmo porque se arriscares partes os corn(..) lá em baixo. As outras são prainhas onde as marias exigem chapinhar durante algum tempo. 200 km de costa alta e praias baixas.
Almoçarmos a meio. À borda da estrada, umas mesas no meio do pinhal, cruzamento mais acima. E variedades. Uns artolas vinham assapar na curva e os outros artolas estavam parados no cruzamento. Ficaram todos parados, a estrada cheia de plásticos, os bombeiros perdidos de gozo e os tipos dos reboques a esfregar as mãos de contentes. Nós na primeira fila da plateia a mordiscarmos umas sandochas e a bebericar umas cervejolas. Fomos andando.

Chegados perto do local, começa a boa da setinha a virar-se de lado e a dizer 4 km. As marias a mandar bitates foi o passo seguinte. Já me parece aquela velha história: quem vê uma, vê todas. A porcaria das estradas são todas iguais. Estradas? Caminhos mal amanhados. Da primeira vez, o ano passado, conseguimos dar com ele á primeira, portanto agora era mais fácil. Era. Enganei-me 3 vezes. E em todas as vezes, todas, todos juravam a pés juntos que tinha sido naquele lugar que tínhamos estacionado em 2005. Quer dizer, agora foi. 4 km em linha recta, dão ai uns 10  por montes e vales. Ida e volta, 3 de uma assentada e despachei mais de 60 km de TT. Eu? O Mondeo. Invariavelmente chegávamos a 500, 600 metros do ponto zero, mas no outro monte, com umas arribas e umas falésias á maneira pelo meio.

Da última vez éramos 3, agora 4. A nova adição não podia em si de contente. Era dele que precisávamos. Favas contadas. Ainda por cima, depois de ter mamado as cervejitas, ferrou-se a dormir e mandou acordar só quando fosse preciso.

Lá conseguimos chegar ao estacionamento certo. Não me perguntem qual é, porque se dei com ele rapidamente da primeira vez, demorei algumas 4 horas de segunda, se vos der agora alguma dica contem pelo menos com 2 dias. Carro fechado, mochila ás costas, bonés na cabeça e lá fomos. GPS desligado porque para gozar com a situação já chegávamos nós.

Seguimos pelo montezito abaixo, com a música de fundo do outro que perguntava, assim tipo pica miolos e de 30 em 30 segundos: “ainda falta muito?”. Deixa! Já te lixo!

Acabou o montito. Começou a descida em direcção á praia. Cada passo era dado em direcção ao sítio mais improvável: á falésia. Por vezes lá se conseguia ver o fundo, mas era uma visão aterradora. Quer dizer, nada aterradora. Só se via o mar! Nessa altura já a nossa especialista em perfuração geológica estava a observar o terreno com toda a atenção. Quando achou o local ideal, arreia de lá com um berro: EU FICO AQUI! O novato, calado, ainda pensou tenuemente em dizer qualquer coisa. Provavelmente um: EU TAMBEM, mas atendendo ao historial das bocas anteriores, conteve-se.

Seguimos, depois de deixarmos a outra firmemente implantada. Duas horas depois, quando voltamos, ainda estava no mesmo local, na mesma posição e orientada na mesma direcção. Diria que dormia, não fosse o som dos dentes.

Mais uns metros e o que antes era mera falta de caminho, tornou-se realidade. Assim a olho era perto. 100 Metros, mais milímetro menos milímetro. Só falo em milímetros para perceberem a largura do caminho. Mas era possível pensar positivamente: “os pescadores passam aqui todos os dias”. Por norma e porque é necessário equilíbrio na vida, ocorre logo o pensamento complementar: “E volta e meia há um que cai lá em baixo”.

Outros 20 metros fáceis, daqueles em que tens opção: ou cais para um lado ou para o outro, e chegamos á primeira dificuldade.
A partir de agora é que a coisa torna orgânica. Sentimos a necessidade segurar umas das mais importantes partes da anatomia. Ou pelo menos metade! Calmamente, muito calmamente, pé ante pé, cravando diligentemente as unhinhas nas pedras antes sequer de pensar em mover o pezinho, avançamos.

Passamos o local da fuga do queijo. Primeira vitória, enésimo problema. Se antes não havia caminho, agora essa falta torna-se uma realidade. O outro já só perguntava se ainda faltava muito. 50 Metros. Ainda estávamos na zona azul. Azul porque era cor das ventas do pessoal cada vez que olhava para um lado ou para o outro.

Chegamos á ultima base. Podíamos por as mochilas no chão que a probabilidade delas rebolarem não era total.

Agora era só amarinhar, com tracção a 4 patas e não pensando na descida. Naquelas condições era de certeza a parte mais fácil. Difícil, difícil mesmo só conseguir parar.
Bem, mas ainda estávamos a subir. Infelizmente a primeira subida foi mesmo em direcção á fenda da rocha. 10, 20 cm de largura e 500 metros de altura a pique em direcção ao mar. Não posso na realidade afirmar que era em direcção ao mar. Vi tudo negro sem perceber se eram problemas de visão ou a cor da falésia. Nessa altura pensei seriamente em usar a mão ainda livre para segurar o resto, mas reconsiderei.

Voltamos para baixo e ligamos o GPS para obter o azimute correcto. Aproveitamos para mudar de mão e massajar o pulso dormente.

Agora era só subir em direcção á posição certa e procurar um pouco. Muito pouco mesmo. Alias, se bem me recordo, nada mesmo. Procurar qualquer coisa de olhos fechados, sob forte influência de vertigens, com uma mão ocupada e a outra a segurar-se fortemente, e os resultados da procura são obrigatoriamente limitados. Mas tentou-se.
Só faltava mesmo era espreitar por cima do muro. Do paredão. Da crista final. Fácil, bastava levantar um pouco a cabeça. Claro. A ventania que subia da superfície do mar e se escapava pela aresta era tal que, entre utilizar a outra mão para ajudar na tarefa vital da sobrevivência da espécie, abrir os olhos, debruçar e espreitar, ficavam a faltar braços. Aproveitamos a boleia do vento e deixamo-nos empurrar dali abaixo. Se da outra vez tínhamos demorado pouco a regressar agora foi mesmo olímpico

Antes de um ai, já estávamos a escalar o monte do outro lado e a pirar-nos dali para fora. Recolher o 4º elemento que ainda continuava em intensa comunhão consigo próprio encomendando a alma aos céus, foi obra de um: “Queres vir?”

Se já tinha percebido da outra vez, o que me levou a repetir? Como não prevejo a perda de parte importante do meu equipamento ou que me cresça outra mão, acho que vocês são malucos e não ponho lá os pés outra vez. Se lá estava lá ficou. Há mais.


Fim-de-semana prolongado 05 a 08/10 !

Silvana - 2006/09/27

Olá Geocachers de Portugal!…
Não sei se c//o eu, mtos não terão alguns dias disponíveis durante o 1º fds de Outubro…
Seria interessante e até divertido se houvesse a organização de algum evento para a N/ "comunidade"….
Aceitam-se sugestões!!!

Silvana & Co  


O Lynx das Cavernas

Ricardorsilva - 2006/09/25

Gotcha!

Uma grande cache, feita em grande companhia, e que, de momento, merece o epíteto de mais desafiante de todas o que fiz até hoje! (quer dizer, excluíndo as DNFs, mas mesmo essas não passei 5 horas a tentar encontrá-las, portanto…). Este artigo resulta directamente do mail do ‘Cachapim’ a ‘intimar-nos’ a mim e ao MAntunes a escrever sobre esta ida. Cada um de nós está a ‘martelar na teclas’ neste momento (na realidade, o meu artigo é muito mais uma sessão de ‘copy-paste’ do log na cache – considerem-se avisados), e vai ser giro comparar as 2 visões sobre a mesma caçada!

Às 9h10 (10 minutos de atraso…) estava a chegar às bombas da Galp da 2ª Circular, ao pé da Portela, onde o MAntunes já estava à espera. Uma rápida confirmação de que seríamos só mesmo os dois e ala para a cache.

A primeira micro não foi difícil de encontrar (se bem que o meu GPS me teimasse em levar para longe do sítio certo). Lida a pista e anotadas as coordenadas nos 2 GPSr, tive a nítida sensação de que a partir de agora é que era. Deixávamos a civilização e os nossos papéis de homus civilizadus para rapidamente assumirmos a condição de homus bosquensis, à medida que nos embrenhávamos no meio do mato, que fazia lembrar Sintra, seguindo a pequena linha de água. Uns metros mais à frente, uma viragem à direita para irmos espreitar o algar, visto de cima. Nenhum de nós tinha equipamento de rappel, portanto, esse caminho estava-nos vedado, mas quisemos ir admirar o obstáculo de cima, o que também serviu para nos orientarmos sobre ´onde é que vamos ter que chegar´. Confesso que, e o MAntunes é uma boa testemunha, encolhi-me todo quando cheguei à beira da escarpa… Ainda deu para admirar as amarrações de escalada (e seriam também de rappel?) que estavam na parede, perfazendo um caminho absolutamente vertical até lá abaixo. O pensamento que dominava o meu cérebro era qualquer coisa como “E queriam aqueles loucos que eu viesse aqui fazer rappel com eles!!!”

Bom, mas esse não era o nosso caminho, portanto, toca de voltar para trás, pelo meio do mato e confiar na experiência anterior do MAntunes nesta cache – tinha ficado algumas dezenas de metros à frente da bifurcação. Lá chegados, “e agora?”, mas lá descortinámos um caminho pelo calcário, à beira do precipício e, passados uns minutos e ainda a contar os arranhões nos braços, lá encontrámos a entrada da primeira caverna – magnífica, com o seu tecto caído, formando o algar que tínhamos admirado de cima! Ainda ficámos a olhar um dos possíveis locais de descida (que penso ter sido o usado pelos Rifkindiss, Rebordão ao quadrado, Almeidara e BrunoNF) e a via com os pontos colocados na parede oposta (que tem uma parte com uma inclinação fortemente negativa! Algo me diz que quem vai para ali escalar, faz ´tectos´ naquele local!!!) e depois, fomos procurar a cache. O MAntunes procurou de um lado, eu do outro e, depressa, a encontrámos. Até aqui, tudo bem!

Mochilas outra vez nas costas e, aqui, respirei bem fundo. Era altura de caminhar ao longo do precipício, por uma pequena plataforma. O relato da equipa anterior falava de 2 pontos particularmente sensíveis e eu queria perceber como é que me ia safar deles! Fomos com o máximo cuidado (eu ainda mais!), sempre com uma mão na parede, a procurar apoios, à medida que progredíamos. Nos últimos 15 dias já tinha havido chuvadas (como um relance rápido para o rio confirmava!) e a rocha (e lama, e folhas) da plataforma apresentava-se algo escorregadia. Uns metros à frente, era impossível passar! Era a primeira passagem de que tinha ouvido falar, um local em que a parede estreitava ainda mais a plataforma e a progressão só era possível com um grande abraço à rocha. O MAntunes ainda ficou a olhar para ela, tentou aqui, ali, mas o chão não oferecia a segurança necessária, e começámos à procura de um lugar para descer para o rio…

Na margem, era altura de começarmos a pensar em transformarmo-nos em homus fluviensis e fazermo-nos à corrente. O Mantunes sacou de umas sandálias e eu fiquei a lembrar-me que aquele já não era a primeira vez que entrava e atravessava um rio, que no Challengers Trophy isso era ´o pão nosso de cada dia´ e que o que custava era o primeiro momento, mas depois uma pessoa acostumava-se e olha, pronto, até se fazia. “Arre! Está fria!” – obrigado pelo momento de incentivo, Manuel, e lá vou eu também!

Lá está, o que é estranho são os primeiros metros. Depois, uma pessoa habitua-se à sensação de ter os ténis absolutamente afundados em água, com areia a entrar lá para dentro e ervas aquáticas a prender-nos as pernas. E ainda bem que uma pessoa se habitua, porque se pensarmos que ainda devemos ter feito uns 300 ou 400 metros por dentro de água… Claro que o Manuel parecia nas suas 7 quintas, sondando o leito do rio (já vos disse que choveu e aquilo estava mais profundo do que estava à espera?) com o bastão (bendito bastão, que tanto jeito me deu em ´n´ ocasiões), enquanto eu rapidamente decidi que não valia a pena tentar arregaçar as calças como se tivesse sido apanhado numa cheia súbita em Alcântara – e adaptei-me à ideia… (claro que a palavra “sanguessugas” ainda me cruzou a mente duas ou três vezes, mas uma piada do MAntunes tirada do nada, e que revelava que também estava a pensar no mesmo, deu um contexto geográfico à questão, e como não estávamos no Cambodja nem encontráramos o Chuck Norris em busca de desaparecidos em combate, parecia que as sanguessugas não nos iriam encontrar também)

GPS ligado, a apontar para a margem errada, era altura de começar a procurar um local para sair do leito do rio. Dito e feito. “E a entrada da caverna, viste?” “Não, mas deve ser para cima.” E lá fomos nós por ali fora. Estávamos convencidos de que, a dada altura, encontraríamos a plataforma de calcário que tínhamos começado a percorrer uns largos minutos antes, e que ela nos conduziria até à caverna – simples! E, portanto, lá fomos nós por ali acima, agarrando-nos a troncos, rochas de calcário, a um bastão enviado como auxílio de última instância (obrigado MAntunes!), desviando silvas, carrascos, troncos de árvore, escorregando pela lama, folhas, troncos partidos que ofereciam enganosos e falsos apoios. Da plataforma nada. Mas encontrávamos vestígios, pegadas, de que alguém teria andado ali antes de nós, portanto, e apesar da dificuldade do caminho que abríamos, continuávamos convencidos, quais homus trepadensis, que por ali é que era! E subíamos! Até à altura em que, aproveitando finalmente uma aberta na vegetação cerradíssima (fartei-me de pensar na tesoura de poda dos Rebordão), olhámos para trás (e para baixo). Estávamos praticamente à altura do topo da falésia da margem oposta. Estávamos uns bons 40 ou 50 metros acima do nível do rio e claramente fora do nível da caverna! Tínhamos seguido uma má abordagem.

Aproveitámos e sentámo-nos na pedra gigantesca que tínhamos acabado de trepar e, enquanto ligávamos os GPSs (com aquelas escarpas e vegetação de pouco tinham servido até ali), recuperávamos forças (barras energéticas “kick ass!”) e estudávamos o terreno. Olhando agora para trás, acho que este momento foi absolutamente chave – foi o momento de respirar bem fundo e pensar no que é que tínhamos feito, o que tínhamos feito mal e o que poderíamos fazer para corrigir os nossos erros. Percebi que estávamos alinhados em termos de orientação e que, se dúvidas tivesse ainda, falávamos a mesma linguagem – cotas, abordagens, orientação – debruçados sobre uma carta militar num pequeno PDA. Apesar de termos cometido um erro de excesso de entusiasmo a trepar, não tínhamos perdido a capacidade de orientação e de raciocínio e delineámos a estratégia para encontrarmos a cache. Adivinhem! Boa, vocês são geniais! A estratégia era… descer até lá abaixo outra vez e encontrar outro caminho!

E assim foi! Descer, descer, descer, descer (homus descendis) por vezes agarrados a pedras e árvores, outras a confiar na mistura de lama, rocha e folhas sob os nossos pés (na realidade, não confiávamos assim tanto), com as silvas a agarrarem-nos constantemente (qual ponto por excesso de velocidade em carta de condução). Mas chegámos até lá abaixo! “E agora, outro caminho?” “Talvez trepando por esta rocha de calcário” foi a resposta do MAntunes. Subir aquela rocha foi-lhe difícil (e eu nem queria pensar como iria fazer…) mas lá conseguiu e, foi ´bater´ aquela zona. “Parece-me que acertámos!” e foi a minha vez de tentar subir. Definitivamente, não foi fácil, com os ténis encharcados e enlameados a não ajudarem a encontrar apoios para os pés, e a obrigarem a que a subida fosse 80% braços e o restante o apoio do meu teammate com o seu bastão metálico (à segunda tentativa, porque na primeira aprendemos que a extensão do bastão não aguenta com um peso seco de 70 kgs…). Olhando para trás com um dia de distância, acho que aquela subida significa que tenho que voltar aos treinos de bouldering no Rocódromo (‘Tou Perdido’, se chegaste até este ponto do relato, um grande abraço!)

Por fim, a caverna! E a cache! Gotcha! O almoço, às 15h (4 horas depois de sairmos do carro!!), foi tomado, qual homus cavernensis, dentro da gruta (fabulosamente grande, aqueles morcegos têm ali um T4 duplex à maneira, se o Cláudio tivesse ido connosco ainda a esta hora lá estava, a explorá-la!), ao abrigo da terrível chuvada que entretanto começou a cair. Só faltava mais essa para o caminho de regresso para o carro!

Só gostava de deixar 3 pequenas notas:
1) Cache magnífica, o owner está verdadeiramente de parabéns!
2) MAntunes, obrigado pela companhia. Tenho a perfeita noção de que seria impossível fazer a cache sem um excelente teammate – e como a conseguimos fazer, acho que o foste!
3) Esta cache é um must do! Mas não a façam sózinhos e tenham atenção ao tempo (chuva = água = solo escorregadio e caudal do rio em alta!).
Ponto extra) Não vale a pena tentarem contar os arranhões à saída da cache…


O troglodita das cavernas

MAntunes - 2006/09/25

Bem… fui intimado a reproduzir aqui a história da caçada à cache “Homem das Cavernas”…

Ainda argumentei que não a tinhamos abordado como era sugerido (rappel e escalada) e que outros já lá foram antes e também não tinham contado a sua história aqui e eu não queria dar destaque ao meu log e …bláblábla…

Contra-argumentaram com vivacidade e persistência e eu, antes que levasse com uma Francesinha na cabeça, aceitei logo a sugestão!  

Para não ser “mais do mesmo” revi o texto e adicionei alguns pormenores que me tinham escapado no meu log de ontem.

Assim;

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Fotos de caches

Jose Adonis - 2006/09/25

Por acaso passaram-me um link de umas fotos de 360º que quando as vi só pensei: "pá, isto nalgumas caches dava um jeitão. Principalmente para aquilatar a dificuldade do percurso."

Será que é muito difícil? Já à disso por cá? Alguém experimentou?

Pelo menos em algumas que eu conheço, nem que fosse somente para a aproximação ao local do início da caçada poderia ser uma ajuda preciosa.


Fazer amigos através do geocaching

- 2006/09/24

Fazer amigos é uma tarefa bastante fácil. Quando as pessoas se conhecem através do geocaching, essa tarefa parece ainda mais fácil!

Com um simples mail derrubam-se fronteiras, encurtam-se distâncias, trocam-se experiências e fazem-se amizades muito interessantes.
Conheci o oldboyscout quando este me contactou, algures no verão de 2005, preocupado com a enorme quantidade de incêndios que nesse ano assolaram o nosso país.

Ele e a esposa estavam a planear umas férias em Portugal e não queriam ser apanhados numa situação difícil, por isso resolveram pedir-me informações sobre o geocaching nacional, o clima, etc. Como ele até consegue perceber algum português, por ter estudado latim (vejam lá a semelhança!!!) chegou mesmo a consultar este site e as estatísticas, principalmente por causa dos mapas das caches.

No final do verão lá tiveram as suas férias e, numa rápida passagem por Lisboa, combinámos um breve encontro.

Um ano passou e, depois de alguns mails de Boas Festas, etc, contactaram-me novamente informando-me dos seus planos de cá voltarem nos finais de Setembro.

E assim aconteceu. Começaram por uns dias em Porto Covo, actualmente estão em Santa Cruz e vão acabar a visita com mais uns dias em Sintra.

Hoje encontrámo-nos em Ribamar para uma churrascada, muita conversa e confraternização (numa língua que o meu filhote Tomás achou muito estranha…), troca de geocoins (ai quando virem uma das que ele me deu…), etc.

Resultado, com muito pouco se cativam amigos e se constrói o respeito mútuo!
Quando as minhas finanças familiares se endireitarem (lá para o ano 2025… ) já tenho mais um destino para visitar nas férias, lá para as bandas de Frankfurt

Acabo esta história com uma frase do Tomás, dirigida ao Roland, que espero nunca esquecer: “Pimo, pimo!* Queres ver desenhos animados comigo? Eu estou sozinho lá em casa…”
[o moço agora pensa que todos os amigos são primos e da idade dele… ]


Mau… Mas vocês portam-se bem ou não?

- 2006/09/22

Vou escrever as linhas seguintes como administrador deste site, tentando fazê-lo da forma mais correcta e eficiente possível.

Confesso que estou a ficar preocupado com o rumo que algumas das conversas decorridas neste site estão a levar.

Desde que comecei a frequentar este site, fará na próxima 2ª feira 3 anos, faço-o de uma forma relativamente frequente. Esta assiduidade deve-se não apenas ao interesse pelo geocaching mas, sobretudo, ao interessante nível das conversas aqui ocorridas, ao fortalecimento dos laços entre "amigos" geocachers, entre outras razões.

Tirando algumas peixeiradas pontais, creio que o tom das conversas sempre foi bastante descontraído e cordial, tentando-se ajudar os novatos que descobrem o geocaching, trocando ideias e opiniões, organizando-se interessantes actividades em grupo, etc.

Assim, é com tristeza que vejo que alguns meros desentendimentos e diferenças de opinião se poderão transformar, por efeito de bola de neve de escala exponencial, em feridas que poderão marcar de forma mais ou menos definitiva a relação entre alguns de nós.

Serei só eu a achar que, quando os desentendimentos atingem uma determinada dimensão, não vale a pena continuar a atirar lenha para a fogueira? É claro que não sou!

As peixeiradas que se têm tornado frequêntes no último ano até têm sido de um certo modo saudáveis, porque cada um tem sabido manter a conversa num nível interessante, mesmo havendo "despique".

Penso que muito do foi escrito nos últimos dias já ultrapassou um bocado o limite do simples "despique"…

Ainda assim, não creio que apagar ou bloquear os artigos e threads "inflamados" seja solução para o problema, uma vez que só iria tapar o fogo num lado, fazendo-o surgir noutro…

Assim sendo, porque não tentamos todos resolver as nossas divergências de uma forma mais eficiente do que simplesmente trocando bocas inflamadas?

Não creio que valha a pena fingir que nada disto aconteceu mas, provavelmente concordarão, está a ser dada uma exagerada dimensão e importância a questões que numa conversa frente-a-frente nunca passariam de meras discordâncias de opinião.


Soap opera

almeidara - 2006/09/22

Fagundes Camone da família dos Camones decide passar umas férias num pequenino país rectangular! Como na alfândega conseguiu fazer passar o seu GPSr, sem ter de explicar o que era o geocaching a mais uma autoridade, decidiu complementar os seu dias solarengos com umas cachadas.
A vida corria-lhe bem e o nosso Fagundes Camone já ia a meio de uma das suas cachadas quando repara que tem um desafio para o qual no seu país habitualmente não era defrontado. Ter de atravessar uma rotunda ainda vá que não vá… mas agora ter de subir a uma estátua já deixava o nosso Fagundes inquieto. A vontade de cachar era maior que o medo e o Fagundes concretizou. Fagundes ainda a tremer fica por demais emocionado quando repara que foi premiado com uma geocoin. Valeu bem a pena. Fagundes acalmou com a sensação de dever cumprido e dá a cachada por terminada.
Já com a moeda na mão o Fagundes é abordado:
“Ora, o senhor o que é que está aqui a fazer?”
“Ahmmm… eu estou a cachar!”
“Pois muito bem… queira mostrar-me os seus documentos, GPS, Diploma de Inglês,  etc…?  …mas o que é isto que tem no bolso? – um saco de plástico preto??!!”
“Mas…mas… senhor Polícia…” – retorquiu Fangundes!
“Mais do que isso…eu sou da GeoPOL! E tenho poderes absolutos sobre o Geocaching Português”
“Pois bem está aqui tudo!”- entregou Fangundes amedrontado.
Passados alguns momentos, após o misterioso indivíduo ter examinado inclusivamente a cache, voltamos ao diálogo:
“Pois, senhor Fagundes vamos ter de o autuar! O senhor não está a cumprir as regras mais elementares do Geocaching… o seu log não se encontra!!! O senhor apenas removeu a geocoin…e antes de mim?!!!! Vamos ter de lhe apagar o found!”
Fagundes incrédulo com isto arrisca a pergunta para uma resposta afirmativa quase óbvia:
“Presumo que seja o owner da cache…mas acha que está a ser justo?!”
“Meu amigo eu sou mais do que o owner… eu sou o OwnerMaster… e se continua a duvidar da minha autoridade terei de proceder à caçassão do seu GPSr por um período mínimo de dois anos com pena acessória de ter de lhe ficar com essa geocoin por uso indevido de uma cache da minha área de supervisão!”

Obrigado a todos os legisladores, executores e verificadores do geocaching em Portugal.


Expedição Scientífica à Serra da Estrella

Cachapim - 2006/09/22

A conquista do Cântaro Gordo

Abro o pequeno caderno azul e leio o que escrevi, “Um gigantesco promontório de pedra, projectado do planalto central na direcção do vale glaciar do Zêzere.” O Cântaro Gordo. É dizer tudo e pouco ao mesmo tempo. E quase nada afinal.

Ainda não são onze horas quando começamos a primeira parte do percurso que nos vai levar do parque de abrigo do Covão da Ametade até à Lagoa dos Cântaros, na base do Cântaro Gordo. A neve dos dias anteriores é uma presença ocasional no Cântaro Magro, esperamos apenas que o percurso até ao cume do seu irmão titã esteja acessível enquanto o degelo, acelerado pelo sol, transforma todo o parque num rumorejar de ribeiros e pequenas cascatas. Avancemos.

Abordamos calmamente o percurso semi-circular que nos vai fazer sair do Covão da Ametade, virando as costas aos Cântaros e rodeando um braço mais longo do Gordo. São dois quilómetros e meio de um trilho razoável para transpor cerca de duzentos metros de desnível até chegar à tranquilidade da Lagoa dos Cântaros. Quando chegamos, somos brindados com um espectáculo saído de um documentário sobre a vida animal: um pequeno falcão com residência na escarpa sobre a Lagoa dá vazão aos seus instintos territoriais e pica cruelmente sobre uma cegonha negra atraída pelas inúmeras rãs que pululam na lagoa. Apenas vinte ou trinta metros sobre as nossas cabeças, o falcão esforça-se por derrubar a cegonha que esquece a refeição e tenta voar o mais rapidamente que pode dali para longe. O encanto do local apodera-se de todos. Do lado de lá da lagoa, o Cântaro Gordo é uma espectacular parede de rocha com algumas boas dezenas de metros de altura. Passam pouco minutos do meio-dia, tiramos as primeiras fotografias, comemos qualquer coisa e procuramos a primeira cache. Já está.

Estará? Não está, não… As coordenadas da segunda cache, a cache intermédia que tantas dificuldades irá oferecer, obrigam à resolução de um questionário relacionado com o alpinismo e a conquista do Evereste. Infelizmente, o wiki-material de referência levado revelou-se insuficiente. E aqui deu-se um pequeno milagre: no alto de uma grande pedra, por uns breves minutos, consegui uma ligação à Internet através de GPRS. O suficiente para googlar a informação em falta e obter as coordenadas da cache seguinte.

A subida da formação rochosa é feita pelo topo da crista, mal se atravessa o pequeno ribeiro que serve de ladrão de água à lagoa. A progressão torna-se mais difícil e física a pouco e pouco, mas a paisagem é cada vez mais extraordinária. Perto do local da cache é necessário mudar para a face norte da crista que se encontra com bastante neve e gelo. Alguma coisa nos diz que isso pode ser um problema quando chegamos à conclusão que a cache está colocada numa enorme rampa, cujo acesso por baixo se encontra bloqueado pela neve.

A única maneira de alcançar a cache agora é por cima, mas isso implica descer uma rampa. O Cache-a-lote decide-se e começa a descida. Eu deito-me sobre uma enorme rocha e tento orientá-lo na descida até deixar de o ver. Passa algum tempo. Nada. O Robin ganha coragem e começa a descida para se juntar ao Cache-a-lote. O Ouriço olha para mim e diz, “Espero bem que não tenhamos que descer nós também…”. Quando na minha cabeça se punha a hipótese de continuar a subida até ao topo sem o “found”, ouvimos um grito triunfante do Cache-a-lote! Por um metro que a cache não estava sepultada debaixo de uma enorme massa de gelo e neve. Tivéssemos chegado uns dias antes e nunca encontraríamos a cache intermédia!

São três e meia da tarde e a vista sobre o Vale da Candieira e a Lagoa do Peixão (ou da Paixão?) são reconfortantes. Vamos atacar a última parte, agora que temos as coordenadas da cache final. A progressão é ainda mais difícil e a nossa memória lembra-nos a cada instante que caminhamos sobre a parte superior daquela brutal parede de pedra que tanto nos impressionou. É preciso transpor alguns blocos de pedra e os bastões já não ajudam: calço as luvas de trabalho para me agarrar às pedras. Uma pequena pausa para reunir o grupo, beber água e estudar a abordagem ao topo, defendido por grandes blocos de pedra. Não olhar para baixo, não olhar para baixo. “Ouriço, olha a lagoa dos Cântaros, tão pequena lá em baixo!”, diz o Cache-a-lote sem sombra de vertigens. “E achas que eu consigo ver isso, neste momento?”, resmunga o Ouriço.

Na passagem final para o cume, o Ouriço deixa cair o GPSr, mas o som sugere que não se terá despenhado. O Cache-a-lote abraça-se à rocha e tenta ver do outro lado. “Deixa o GPSr! Que se dane!”, grita o Ouriço a pensar no bom pretexto para comprar um novo CSx. Mas a bravura do Cache-a-lote consegue o resgate do aparelho, marcado apenas por mais uns riscos no vidro do ecrã.

Na transposição do último obstáculo, o excesso de confiança e a perna curta fazem com que dê uma enorme joelhada na pedra. É a coxear e a murmurar impropérios que chego ao cume do Cântaro Gordo. Felizmente há bastante gelo lá em cima para controlar o hematoma.

São quase cinco da tarde e a cache final está ali à mão. A vista é avassaladora. Estamos na ponta do promontório e vemos tudo à nossa volta: o Cântaro Magro, o Covão da Ametade, o Vale da Candieira, o Piornal, o Vale do Zêzere. Quase não há vento. Este é um sítio para dizer aos netos, “Eu estive ali em cima”.

Encontrada a cache final, feito o logue e tirada a fotografia com a máquina descartável que estava presente na cache, pegamos no material e começamos o caminho em direcção à zona das pistas de esqui, convencidos de que seria a parte mais fácil. Tremendo erro! Algumas dezenas de metros de caminhada sobre o promontório e deparamos com um abismo a cortar o caminho! A fotografia da página da cache confirma a hipótese. O caminho de volta exige uma descida a partir do topo, através de uma pequena porta meio escondida e descendo por um trilho arriscado até uma pequena zona intermédia e uma nova subida em direcção ao planalto e aí sim, em direcção às Chancas e à estrada.

Durante esta última parte da caminhada vamos encontrando cada vez mais zonas com neve. Já passa das seis horas quando nos aproximamos da estrada e estabelecemos contacto com o grupo de recolha. As nossas expressões revelam uma mistura feliz de cansaço e euforia. É preciso ir recolher o KIA ao Covão da Ametade e rumar ao Sabugueiro para um bom duche e um jantar apaziguador.

O Cântaro Gordo é um dos locais mais extraordinários de Portugal e o nat_cache fez-lhe justiça com uma cache muito bem preparada e conseguida. Como diz um dos meus poetas preferidos, Ruy Belo de seu nome, “É tudo serra, custa muito subi-la”. O desafio do Cântaro Gordo é uma oportunidade rara de conhecer este local extraordinário e de nos conhecermos por dentro um pouco mais. Quem tem amigos nunca está sozinho. Aproveitem.

“Um gigantesco promontório de pedra…”. Está na hora de fechar o caderno azul.

* Música: “Ça Ira”, Roger Waters


Manifesto Bio-degradavel

2 Cotas - 2006/09/20

Arre…
Claro que é a minha opinião, claro que sou fundamentalista, claro que vocês não têm razão nenhuma.

Dito isto…
Até nem uso muito sacos. O pessoal anda de olho neles, por isso são muito conspícuos.
Quando ando á caça procuro qualquer coisa preta, quando muito verde vómito. Só quando não funciona é que começo a olhar para outros objectos com ar de deslocados naquele ambiente.
Por isso é que acho que qualquer coisa “notável” se nota demasiado. O que se torna perigoso em termos de longevidade da coisa.

Nada melhor para ser muguelizado do que notar-se. O que não se nota não se mugueliza.
Pior ainda, coisos todos pipis, abichanados, a dizer GEOCACHING! OFFICIAL GEOCACHING! Alem de ser um abuso económico, negociata manhosa, enriquecimento indevido, nota-se! Vê-se! A milhas.

A cena é mesmo por aquilo a ver-se, como todos vem os muglers atiram-se aquilo, empandeiram os interiores para o caixote do lixo e o Jeremias vende mais. Apoiado pela pandilha dos “milhares de gajos” o rapazito vende caixitas aos kilos. Pior que tudo é o preço, o tempo que demoram e as taxas envolvidas. Roubam todos. O Jeremias, a alfandega e os muglers. E ainda vocês querem que eu alinhe nisso?  NowayJozei!

Os saquitos vendem-se no contênêntê, os patarueres no chinês, lápis no IKEA, blocos no escritório. Sacos dos congelados, molas da roupa, do cabelo. Bilhetes de autocarro, de cinema e dos saldos. Pins do Porto, (Fonix, do Porto?), relógios avariados, pilhas a babar, isqueiros vazios, fósforos molhados. E já está!
Quando muito á laia de TB ainda se encontrava um passaporte abandonado já meio desfeito pelo tempo, agora com a mertha da mania das Geocoinas já se olha para os Tb com ar revoltado. O que vale é que o pessoal se borrifa na contagem e pesca-as mesmo sem ligar muito aos logues. Tempos modernos.

Mas não há crise, agora a moda é mesmo a fotocopia. Começou. Vamos a ver como acaba. Não sei o que é pior, se encher os bolsos ao Jeremias á custa do registo no Geo.com, se os bolsos aos chineses que as fazem. Razão tem os amarelos. Se é para brincar, paga. Ainda não se lembraram, mas não deve faltar muito, pacotes de caches, pré cozinhadas. Tipo feijoada de caches do Gerez. Entrecache á Alto-alentejo. Ou Cacheirada á Algarvia. Tudo registável no Jeremias. A pagantes.

Por falar em monédas. Qual é o impedimento de pegar, não em uma, não em duas, não em três, mas meus senhores, em dúzias. Dúzias. De fotocópias de geocóines.  Cada uma delas inteira, com o respectivo passaporte, que isto de regras é para cumprir e o respeitinho é muito bonito, e despeja-las em tudo o que for contentor OFFICIAL GEOCACHING? Quando encontrar um desses milhares de gajos de que tanto se fala hei-de-lhe perguntar. Afinal até foram eles que se lembraram primeiro.

O único problema era mesmo conseguir diferençar aquilo do molho dos restantes papéis. Entre stachnotes em varias línguas, wellcomes poliglotas incluindo muglês, descrições do local com biqueiros de fotos e varias outras complementaridades escritas em papel biodegradado, mais ou menos palermices fotocopiadas deviam fazer tanta diferença como agora. Confesso que ainda estou á espera de ver um muglîco sentado á beira de uma cache completamente siderado com a proliferação cultural presente. Cultura OFFICIAL.

Mas eu mantenho a minha. Sorry but, se algma vez forem comigo dar uma passeata nonOFFICAL-GEOCACHING e estenderem a mão para o saquito preto, não meio, não ¾, mas perfeitamente abandonado, completamente esquecido, ignobilmente ignorado, levam um tabefe. Dos grandes. Daqueles inesquecíveis.
Agora, se nas mesmas condições, no mesmo local, exactamente na mesma posição, coordenadóequivalentemente coerente, estiver um contentorzito OFFICIAL GEOCACHING, e vocês passarem ao lado, despropositadamente de lado, prometo que murmuro baixinho, “artolas”, “é mesmo abstruzio”, “nem se te batesse na mona”, “cegueta”. Mas não digo nada em voz alta, só mesmo cá para os meus botões.

Com que então vocês acham que as caixelhas dos chineses tem um jeito especial de chamar a atenção quando estão embrulhadas num reles saquito? Maior do que uma coiselha OFFICIAL GEOCACHING plantada no mesmo sitio? O sentido do humor é mesmo uma coisa sem sentido. Se se queixassem do cheiro a bife, sabonetes, perfumes, geles de banho ou das camisinhas com sabores variados, vá que não vá, agora do saquito bio-degrada-do;nte;vel? Chatos.



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