“Foi um espetáculo ver estampado na cara do filho o orgulho no pai “rambo” a subir a parede de água e a desaparecer numa gruta por trás da mesma para mais tarde aparecer de sorriso rasgado no rosto e dizer “está brutal”.

Alguns minutos que pareceram uma eternidade, a ansiedade do filhote em ver o pai era mais que muita e tenho a certeza que por ele tinha ido com o pai.”

“Equipamento vestido e segurança montada…

Relatar este dia é quase impossível, foram 11:00 dentro de água entre banhos, cordas, descidas escorregadias e vertiginosas…Foi a melhor experiência alguma vez vivida por nós! Não existem palavras que descrevam aquela maravilha!!”

“Até de bicicleta se circula sem esforço e caminhar ao longo das ondas foi um prazer quase pecaminoso.

Saímos com pena, deste cenário idílico e fomos apanhar o avião de volta. Uma última vista sobre o monte Teide, para fechar umas férias que deixarão a vontade de repetir.”

“À medida que seguimos caminho, entrámos cada vez mais na Tenerife turística que nos tinha passado um pouco ao lado, no norte mais industrial. Aumentou a confusão e a construção à medida que as praias se tornavam mais apetecíveis. Sem tempo para ver tudo, fomos parando em alguns pontos seleccionados que nos permitissem ter uma ideia do que é Tenerife ao Sul.”

“A vista não era límpida, devido às nuvens baixas, mas lá está-se no topo do mundo, com 360 graus de visão. Mesmo a esta altitude, encontrámos umas lagartixas, aqui sem falcões que as cacem. Talvez por isso sejam menos medrosas e já se tenham habituado a que no meio de tanto bicho de duas patas, lhes calhe sempre algo que se coma.”

“Entre os “shows” de “loros”, orcas, golfinhos e leões marinhos, foi preciso andar depressa para conseguir ver ainda o parque no topo das árvores, lontras, tigres, pantera e onça (nas suas sestas de 20 horas, para pena nossa), gorilas, chimpanzés, aquário (com um belo túnel submarino), preguiça, papa-formigas”

“O cenário é delirante.

Tão bom que quase nem o conseguíamos ver de perto devido às filmagens de um videoclip de um concerto de Xilofone (a sério, um xilofone dos grandes…).”

“Os cerca de 8kms são temperados com uns 780m de subidas e outro tanto de descidas. Para a nossa curta preparação física, já dói! Claro que isso torna o desafio ainda mais interessante. Pelo meio, as paisagens são deslumbrantes. Verde vegetação, azul mar e todas as cores da rocha vulcânica que poucas vezes se faz rogada no uso da palette.”

“Satisfeitos, fomos dali visitar um ancião, o Dragoneiro Milenar. Acima de tudo, uma árvore que impressiona pela idade, dada a sua fragilidade. Foi também a nossa primeira oportunidade para um passeio a pé por uma vila e almoçar uma refeição típica Canarense, que nos trouxe mais uma pequena surpresa imprevisível.”

“Como descrever a sensação de pequenez que se tem perante uma paisagem vulcânica tão evidente? Tudo parece fútil perante os despojos de um poder que roça os limites da nossa compreensão. Por isso, apreciámos. O colorido das rochas que aqui jorraram, as planícies que já foram tão fluídas como rios,[…]”